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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

04
Jul19

[Ficção] Diz-me

Carolina Cruz

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Diz que me odeias para que este torpor que invade o meu peito me diga que estou enganada sobre tudo o que sinto e penso sobre ti.
Caramba, ninguém pode entrar assim na vida de alguém depois de ela nos levar tudo e oferecer-nos todos os sonhos de uma só vez. 
Não posso, não quero. Não quero aceitar que és verdade, quando toda a minha vida foi uma mentira pegada.
Ouve, porque é que achas que sou bonita? Interessante? Por que razão me dás a mão quando choro por dentro e ninguém vê? Só tu pareceste ler a minha alma em toda a história da minha vida e, como estúpida que sou, não aceito que seja verdade.
Não pode ser verdade, não consigo entender nada do que sente o meu coração, não consigo entender os meus pensamentos… e esses sempre estiveram tão longe! Hoje estão perto, muito perto de ti.
Diz-me que me odeias para poder ter a certeza que longe do que sinto é um lugar melhor. Não tentes entender estas palavras, até eu estou a milhas de perceber… Só queria deixar de pensar demais. Queimo tudo o que sou ao pensar, sobretudo a minha sanidade mental.
Diz que me odeias, bate com a porta, resmunga, diz que não sou uma pessoa ideal para ninguém, ofende-me. 
Caramba, és perfeito demais para ser verdade.
Diz-me tudo isso porque mereço, mas se depois quiseres, volta. O que sou precisa de sarar, o que sou precisa de ti.

27
Mai19

[Ficção] Que o acaso nos junte!

Carolina Cruz

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Que o acaso nos junte! Por tamanha brincadeira, por mera solução. 
Que o acaso nos junte, que o destino nos encontre, porque eu já não tenho forças para lutar.
Desculpa não ser eu a procurar-te. Não duvides que sinto tanto por ti e que quero amar-te todos os dias, mas parte de mim esqueceu-se de viver e de acreditar plenamente no amor.
Tropeço diariamente no medo, penso para mim mesma que és bom demais para quem sou, para o que dou. Sei que assim nunca iremos a bom porto, que afundaremos tão rapidamente como o Titanic... Eu simplesmente tenho o corpo dorido da saudade e o coração quebrado que ainda ninguém colou, só queria que encontrasses essa metade de mim onde está o meu sorriso e o amor que tenho para te dar.
Escrevo porque as palavras fazem a alma doer menos e trazem-me a pequena esperança que mesmo sendo eu tão esquisita me queiras encontrar na minha mais profunda doçura.

 

25
Mai19

[Ficção] O amor (que ainda) sinto por ti

Carolina Cruz

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Falas baixinho com a minha alma. Fecho os olhos e és só tu que estás, que permanece no meu pensamento. Na minha imaginação, andamos de mãos dadas, percorrendo o pequeno jardim que o mundo é e onde tanta falta tu lhe fazes.
Ainda consigo ouvir a tua voz, conhecê-la, como se tivesse sido ontem que a ouvi pela última vez e tantos anos se passaram.
Eu sei que te prometi que seguiria em frente, que a morte não é, nem pode ser o fim, mas a tua, foi a minha também.
Desculpa, sei que tudo muda, que tu se transforma, como dizias, mas não sei amar mais ninguém... Nem tão pouco, em momento algum fiz esse esforço porque não me sais do coração, pior da alma, e a alma é o que somos, como posso amar outro alguém assim?
É impossível. Há dias em que olho o céu e só te queria dizer (eu sei que me ouves), que ele é imenso, mas tão pequeno, para o amor (que ainda) sinto por ti.

 
 
 
 
20
Mai19

Porque choras?

Carolina Cruz

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Porque choras? - perguntas-me
E eu não consigo responder-te, porque as lágrimas correm em catadupa.
Estou cansada, dizem os meus pensamentos, há dias que não gosto de mim, do que sou e do que faço, parece que faço tudo errado e não dou uma para a caixa. Mas depois olho para ti e o meu coração ensina-me que o lugar que guardo para ti é melhor que toda a tristeza que possa existir em mim. Contigo sinto-me bem e talvez eu esteja a ser ingrata com a vida, o facto de te ter comigo é a melhor razão para te sorrir.
Porém, hoje eu não consigo. Só quero o teu conforto, o teu amor mais quente. Não me perguntes porquê, mas abraça-me, olha-me com esses olhos de quem vê em mim o que eu não acredito e não vejo na minha pessoa. Sorri-me que o meu dia será melhor e mesmo que eu tropece e te magoe, faz desse sorriso teu a minha vida inteira.

01
Mar19

[Ficção] Não dá para adiar este amor

Carolina Cruz

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Não dá para adiar este amor.
Não há como guardá-lo para amanhã.
É urgente o que sinto por ti, é urgente amar-te como se isso cumprisse a minha vida.
Não posso deixar para depois porque, embora te escondas, sentes o mesmo que eu.
Porque teimas em destruir-te se é paixão ardente aquilo que me queres dar?
Sê impulsivo, para de pensar, o nosso amor é tão certo na minha pulsação que nada pode ser errado!
Do que estás à espera para te lançares nos meus braços? 
Ama-me, beija-me a pele, os lábios, enamora-me por completo!
Corrompe-me, abraça-me e deseja-me ainda mais.
Prende-me em ti, faz do que sou um ser inquieto e assume essa paixão dentro de mim, despe-me a alma, que o meu corpo já é teu. 
Vens?
 
 
 
 
28
Fev19

[Ficção] Não resultamos, mas...

Carolina Cruz
Só penso em ti, nos teus olhos verdes e na tua sede de me teres contigo. Mas nós não resultamos, Simão. Não passamos de bons amigos e, sinceramente, prefiro assim, não estragar o que tínhamos, sem esquecer esta dose de loucura boa enquanto nos amámos.
Prepara-te, meu amor (posso continuar a chamar-te assim, não posso? Vá até encontrares uma miúda que te irá chamar também!)… Prepara-te para o que as pessoas vão pensar, para o que elas vão pensar sobre nós, sobre o que nos faltou e na coragem que tivemos para manter tudo aquilo que nos une além do amor.
O universo humano não entende que há muito amor para além de todas as relações que possam existir, não compreende elos que se ligam para todo o sempre, mesmo que não resultem de uma outra forma. As pessoas não acreditam na amizade depois do amor, acham que as pessoas devem afastar-se e a raiva deve apoderar-se delas por não resultar. Devem acreditar que apenas os maus momentos ficam e os bons não podem prosperar e permanecer. 
Não te importes e faz orelhas moucas, o importante é somente o que sentimos e como nos sentimos bem com aquilo que temos. Nada é mais precioso que esse laço vermelho eterno que unirá para sempre as nossas vidas, aconteça o que acontecer.
Abraça-me, dá-me a mão, não importa o que dizem, ama-me mais um pouco e eu amar-te-ei toda a vida!
 

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Fotografia: Riverdale
 
 
 
 
14
Fev19

[Ficção] Sentir-te

Carolina Cruz

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És eterno. Sempre to disse, mas a verdade é que a presença física cuida de quem está e a falta dela corrói quem fica. 
Fazes-me falta e por mais que eu diga que sou forte e que saiba que olhas por mim… Sabes que não é a mesma coisa, preciso de tocar-te, de sentir a tua pele de seda, os teus cabelos ríspidos e rapados, o teu sorriso que sempre preservaste.
Mas sabes do que é que preciso realmente? De um abraço teu, pois só tu conseguias curar-me as pequenas dores do dia-a-dia. Vinhas com os braços abertos e todos os dissabores eram passageiros por mais graves que pudessem ser. 
É isso que me faz falta. Por mais que eu saiba ou queira acreditar que estás bem e a sorrir daí como sorrias comigo, eu sou uma pequena fracassada sem ti, tudo o que tenho lutado e conquistado é por te ter no pensamento. Porém, nenhum trabalho ou sonho importaria se pudesse trocá-lo pela oportunidade de olhar-te pela última vez e dizer-te que te quero, mesmo quando não me vês.
 
 
 
11
Fev19

[Ficção] À minha sorte

Carolina Cruz

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Chorei durante muitos anos. Chorei até as minhas lágrimas secarem, chorei até mesmo quando não sabia o que era chorar, porém aliviava.
Hoje posso dar voz à tua ausência perpetuada na minha vida, agora tenho maturidade suficiente para dizer-te que mãe que é mãe não abandona, mãe que é mãe não faz o que tu fizeste.
Abandonaste-me naquela esquina, à mercê do tempo e da sorte, tinha dois anos, como podia eu sobreviver? Consigo sentir o coração pequeno e pesado desse dia, achas que eu não sentia? Nem a um animal isso se faz... quanto mais a uma criança!
Fui ali posto à minha sorte, à minha valentia natural, porque nada sabia fazer a não ser ficar ali. É preciso ter muita falta de amor ou muita fé para acreditar que um bebé ali no chão pudesse ter um futuro melhor do que com a própria mãe. 
Não sei se foi algum Deus que cuidou de mim, o certo é que conheci um anjo, uma verdadeira mãe, porque «mãe é quem cuida». Apareceu quando partiste, surgiu na minha vida e fez com que nunca desistisse dos meus sonhos e educou-me tão bem, sou tão feliz, que conhecer-te não é de todo um sonho para mim. 
Podes acreditar que escrevo para me libertar apenas, não guardo rancor, pois não me dizes nada. Simplesmente me puseste no mundo. Na verdade, foi ela quem me deu vida, porque vida é uma sucessão de etapas (onde tu nunca estiveste presente) e não apenas um nascimento.
Podes ter todas as razões do mundo, da mais verdadeiras às mais cruéis, mas a minha paz interior permite-me dizer-te que não quero saber, que esqueço tudo isso. 
Vivo em paz hoje, hoje já não dói, apenas sinto aquela dor no peito do miúdo da rua, nada mais.
Aprendi que sou filho de quem me dá amor.
Talvez um dia os nossos caminhos se cruzem, talvez até já nos tenhamos cruzado na rua.
É exatamente isso, somos meros desconhecidos, cada um na sua vida, abandonados desse amor que nunca existiu, bem longe, um do outro.

08
Fev19

[Ficção] Espero-te

Carolina Cruz

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Estou aqui, à tua espera como um ser errante. Espero-te, porque dói demasiado amar outro alguém e eu, para ser sincero, também não quero.
Prefiro abraçar as nossas memórias do que sofrer de novo e, embora o que guardo de ti e do que fomos também doa, eu sou masoquista o suficiente para me lembrar apenas do bom que vivemos, o pior eu já nem me lembro.
És poesia, foste o meu jardim, que eu não soube ler nem regar. Lembro os teus olhos enquanto choram os meus, numa saudade e sede de te ter.
Dizem que a esperança é a melhor forma de olhar o amor, não duvido, embora queira desistir, mas o que fazer se te amo?
Não há fórmulas perfeitas para o amor, não há amar menos nem mais, quem o conhece sabe, é indecifrável, mas define-nos tão bem.

07
Fev19

[Ficção] Quem diz que é tarde para amar, nunca amou realmente.

Carolina Cruz

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É tão certo o nosso amor, como a batida do meu coração: ritmado, feliz, melódico e sorri. 
É o desejo num mundo de almas frias, o sonho num lugar onde todos desacreditam, a luz no escuro, o meu caminho, a minha certeza em noites doces e em dias longos.
O meu corpo tem sede de ti, quanto mais te tenho, mais te quero, quanto mais te amo, mais a minha alma se sente em paz.
Deito-me todos os dias com gratidão. Mesmo quando a lua abandona os céus, eu sou feita de estrelas e tu és o meu sol.
És maresia nas tardes longas de verão, és o meu querer mais jovem e mais impuro, feito de impulso e certeza. O meu único verdadeiro amor. Quem diz que é tarde para amar, nunca amou realmente.

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