“In America” é um filme cru, narrado por alguém que se esconde num corpo de criança que já não é, angustiada pela força de suportar uma família, a sua perda, mas também as conquistas vividas diariamente.
Este filme fala-nos da crueldade dos estereótipos, dos preconceitos e de como cada um tem o direito a amar, e amar no sentido puro do seu conceito, amar por amar, sem pedir nada em troca, apenas fé e felicidade.
Por vezes, precisamos de uma mudança na nossa vida que nos faça crer que o passado não é uma história por contar, mas sim a nossa história que precisa de ser aceite, por mais que doa.
A perda de alguém é uma ferida que nunca sara, mas à qual precisamos de estar cientes, porque a vida continua, nós continuamos a ser os mesmos, e com essa ferida sempre aberta o que somos perde-se, apenas nos tornamos num fantasma que não sente, apenas se movimenta.
“In America” fala-nos sobre o obscuro mundo da clandestinidade, da toxicodependência e da sobrevivência, mas faz-nos ver, a chorar e a rir, que neste mundo o amor também existe e é muito mesmo belo do que se julga.
Dos meus filmes preferidos, daqueles que deixa uma mensagem para ficar guardada em nós, para jamais se esquecer. Um filme brilhante. Vale a pena.
Fonte da imagem: http://cinema.sapo.pt/filme/in-america