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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

05
Jun16

Viver.

Carolina Cruz

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Viver é tudo o que preciso neste momento.
Procurar-me e encontrar-me no mais secreto de mim, na realidade e na felicidade que eu entendo por vontade própria merecer. 
Preciso de fugir dos meus princípios, começar mesmo pelo fim, encontrar a serenidade na estrada da vida e partir indo ao encontro de tudo o que é essencial em mim. 
Procuro a riqueza dos afetos, a paz interior sem me confundir com a saudade de tudo o que deixei para trás. Preciso de voar mais longe, de me desapegar deste apego angustiante que não me deixa lembrar nem chegar mais alto, sonho e invento, sinto-me perdida de sentidos, de recordações felizes que deixam mágoa, preciso de abrir a janela e saltar para o outro lado onde mora o meu futuro.

04
Jun16

Há dias.

Carolina Cruz

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Há dias em que só o teu respirar me chega. 
É como sentir que as nossas almas se unem numa só e a paz de espírito é tudo o que temos por segundos, e nesse instante é como se a vida se eternizasse sob uma infinidade de pluralidades e sensações que nos fazem sentir que a tudo está nas nossas mãos e que o futuro é nosso, se quisermos.
E, nesse dia o mundo sorri porque me deito e acordo, sentindo e respirando o teu ar, porque onde estás, eu estarei, serás o meu lar.

03
Jun16

Quando a ansiedade toma conta de mim..

Carolina Cruz

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Quando a ansiedade toma conta de mim, não há nada mais perfeito que olhar nos teus olhos e sentir a minha alma mais completa e tranquila. Há uma dor que termina quando os meus braços se enrolam nos teus e quando a minha boca nos aquece na sua ternura. 
És toda a certeza num mar de incertezas que vive em mim, quando não conheço o meu futuro. Mas sonhar, contigo a meu lado, torna tudo mais feliz, mais presente e capaz de realizar o impossível, fecho os olhos e tudo parece magia, amo-te de uma forma em que nem eu própria encontro palavras, só sei falar por gestos e a simplicidade do que somos faz com que nada tema e tudo brilhe.

 

Foto: Um refúgio para a vida (filme)

02
Jun16

[Resenha Literária] Viver depois de ti, de Jojo Moyes

Carolina Cruz

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Caramba! Tenho de começar assim, é impossível começar a crítica deste livro de outra maneira. Custou-me abandonar esta história, este livro, porque como diz a crítica do New York Times, apeteceu-me lê-lo de novo assim que o terminei.
"Viver depois de ti" é um livro cru, que envolve a magia da vida e o mais escuro que ela nos pode oferecer.
Este best seller discute de forma perfeito os direitos de cada ser humano.
Todas as escolhas que fazemos há sempre alguém que sai magoado, especialmente quando se trata de pôr termo à vida.
Will Traynor, um homem de sucesso, sofre um acidente que o coloca numa cadeira de rodas para o resto da sua vida.
Homem de correr riscos e bom vivã vê-se como nunca se sonhou, repugnando o ser em que se tornou. Frio, mal humorado e desleixando-se, conseguirá aos 35 anos voltar a ser feliz? Será que essa felicidade suficiente?
Tudo mudará quando Louisa Clark entra na sua vida. Divertida, descontraída e com gostos peculiares, muda a sua forma de se entregar ao tempo e à rotina que tem.
Aventuras, aprendizagens, momentos nunca antes experienciados até então surgirão, o que cria entre ambos uma cumplicidade infinita.
Um livro incrivelmente maravilhoso é assim que o posso definir, um livro que nos deixa preponderantes ao debate de sentimentos como o livre-arbítrio e a capacidade de amar e de saber quando devemos deixar alguém partir... mas como isso nos parte o coração.
"Viver depois de ti" faz-nos soltar gargalhadas impulsivas e chorar como se da nossa própria vida se tratasse. Leva-nos sempre a pensar "E se fosse comigo?"
Resta-me agora aguardar ansiosamente pela estreia do filme, e até lá leiam também este livro tão especial!

02
Jun16

É impossível

Carolina Cruz

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É impossível não te querer, não querer que os teus olhos sorriem ao olhar os meus.
És a parte de mim que me toca, que me torna, que me vive porque me ama num amor sem fim.
Pedes-me a verdade, é isso que te dou, a certeza de estar a teu lado olhando os teus olhos, segurando a tua mão num sorriso infinito, num abraço eterno.

01
Jun16

[Completas-me] Com Ana Ribeiro

Carolina Cruz

Hoje dou-vos a conhecer uma nova rúbrica que se irá realizar às quartas-feiras, aqui no blog.
Em "Completas-me" convido um/a blogger para escrever comigo um texto, o/a convidado/a é desafiado/a a escrever uma história sem fim para que eu a termine.


Tenho todo o prazer de anunciar que a estreia desta rúbrica será com a simpática e talentosa Ana Ribeiro, do blog "Escreviver". 
Não vos vou mais empatar e vou sim, dar-vos a conhecer o nosso texto em comum:

 

Carta à saudade.jpg

 

Querida saudade,
Há dias em que as palavras não chegam, as lágrimas cobrem-nos o rosto e parecem intermináveis, esmigalhando os poucos fragmentos de felicidade de que somos feitos. A dor da ausência, do vazio e da falta daqueles que mais amamos e que precisamos de ter perto derrotam-nos em pouco tempo. O aperto no peito torna-se tão intenso e profundo que é impossível de descrever e explicar, o desassossego que sentimos no coração e que nos consome à medida que o tempo passa, tortura-nos e despedaça-nos.
Estou aqui sentada nesta mesa fria, áspera e descolorida e o comboio que me leva para longe, obriga-me a partir, os carris deslocam-se pelas linhas férreas, e o comboio move-se em sentido oposto à minha vontade, à minha necessidade e ao meu pensamento. 
Não te consigo compreender, não sei o que faz de ti um sentimento tão especial e tão único como muita gente parece estar habituada a dizer. Dizem que só os portugueses é que te sentem e te conhecem, que é algo indescritível. Como eu os compreendo, és indescritível pelos piores motivos, pelos motivos mais tristes, dolorosos e inóspitos.
Não percebo a tua utilidade, não sei de que és feita, para que serves, o que fazes, por onde andas, o que pretendes de mim. Não quero estar aqui. Não quero perder a pessoa que mais amo, não quero estar longe.
Há uma semana atrás, querida saudade, eu não te conhecia, nem tão pouco sabia que existias. Era a pessoa mais feliz do mundo, a mais realizada, a mais preenchida, a pessoa com mais amor que poderia existir. O Pedro, era o meu amor de longe e de sempre, conhecemo-nos no secundário, andamos sempre juntos, entramos na faculdade juntos. Tiramos o mesmo curso e depois o amor entre nós acabou por ser o resultado de todos aqueles anos de amizade e convivência quase diária, o Pedro sempre fora o melhor amigo, o melhor companheiro, o melhor ouvinte e o melhor a fazer-me rir, sempre me conheceu melhor que ninguém e quando eu estava triste ou tinha algum problema ele apercebia-se logo e disponibilizava-se para me ajudar e para estar incondicionalmente ao meu lado.
Vivemos um amor assolapado como poucos terão vivido, como eu e o Pedro. Um amor intenso, digno de um verdadeiro conto de fadas. O Pedro mimava-me muito, amava-me loucamente, tinha a brilhante capacidade de me surpreender todos os dias de uma forma inimaginável. Fazia-me as mais loucas declarações de amor; por isso, no espaço de seis meses estávamos a casar-nos e a vivermos juntos.
No entanto, a família de Pedro – de um dia para o outro – começou a intrometer-se naquilo que nos unia. Nunca percebi bem porquê, nunca soube se era por não gostarem de mim, se era por eu não lhes encher as medidas; a mãe de Pedro via em Liliana a namorada perfeita para o filho. A nora ideal.
 A Liliana estudou com o Pedro no último ano do secundário e era filha de um casal amigo dos pais do Pedro. Raquel – a mãe de Pedro – desde muito cedo que engraçou com ela e fez de tudo para que ela e Pedro se enamorassem. Mas o que nos unia falou sempre mais alto e Raquel ficou sempre frustrada com isso, transformando a nossa relação num autêntico inferno.
Eu e o Pedro começamos a discutir quase diariamente, a amizade que nos unia foi-se desvanecendo e o amor que sentíamos um pelo outro esmoreceu, deixou automaticamente de ser o que era antes. O Pedro nunca mais foi o mesmo cortando relações com a família e ficando assim incondicionalmente ao meu lado.
Mas foram as palavras de Raquel que me fizeram deixar tudo para trás; infelizmente, sem pensar duas vezes. Pela amizade que me une ao Pedro, pelo amor que sentimos um pelo outro e pela nossa felicidade que há muito tempo que se encontra comprometida.

 

“Um dia vais provar o verdadeiro sabor da saudade, vais perceber que o teu lugar não é aqui, que nunca o foi.”

 

Li as suas palavras numa carta que cobardemente me escrevera, porque a senhora nunca mo conseguira dizer na cara todas aquelas palavras que me magoaram cruelmente. Não podia ser verdade, precisava de contar a alguém, mas sobretudo precisava de dizer ao Pedro o que ela nunca fora capaz de dizer na minha cara, apenas me fez assinar os papéis do divórcio após uma valente discussão que fez Pedro voltar a estar do lado da sua família. Enquanto tudo isso me passava pela lembrança, continuei a ler…

Esquece o Pedro, que dizes ser o amor da tua vida, pessoas como tu, conheço a léguas minha querida, tu queres é o que ele te pode dar, aquilo que a tua vida medíocre nunca comprou. O casamento está marcado, estou contentíssima por não te ter como nora.
Adeus, minha querida!”

 Eu não podia estar a ler aquilo, não podia ter descido tão baixo, ela podia quebrar o meu coração mas não o meu amor pelo Pedro. Apeteceu-me saltar daquele comboio para fora, queria saber a data e a hora marcada para acabar com a fachada daquele casamento patético, eu sabia o quanto ele ainda me amava, não podia ser idiota o suficiente para deprimir e tratar as coisas como Raquel desejara, não, eu não me iria resignar-me à ideia de ter sido trocada por alguém que ele não amava.
Mais algumas semanas se passaram e eu não descansei enquanto não descobri, e estava lá eu naquele dia, no dia mais “feliz” da minha querida “sogra”, não esperei que o padre perguntasse quem se opunha, porque o próprio noivo o faria, o seu rosto brilhou quando me viu entrar de surpresa na receção aos convidados. Pegou-me no braço e arrastou-me até à sala perto dos arrumos.
- O que estás a fazer? O que é que fazes aqui?
E sem que eu deixasse a minha boca responder por palavras, um beijo disse tudo. Depois de terminar e de eu sentir que era cúmplice, então todas as dúvidas mínimas despareceram.
- Deixa de ser idiota, tu não és isto, tu não queres isto, é a tua mãe e tu não és o apêndice dela, pensa por ti, deixa de te agarrar às escolhas que fazes para não a fazeres sofrer. – Disse, entregando-lhe a carta que ela me escrevera. – Porque ela não tem qualquer problema em fazê-lo.
Sem palavras ficou, abraçou-me num gesto de pena por ter sido tão influenciável.
- Qual é a solução?!
- Partir!
- Partir? Para onde?
- Longe.
E fomos, partimos à deriva, quebrando a saudade dos dias longos, que mostrou que o amor que nos une é maior que tudo aquilo que o tenta despedaçar.

01
Jun16

Ser criança é saber amar.

Carolina Cruz

ser criança é saber amar.jpg

 

A vida é um mistério, magoada pela saudade que transborda do peito.
Os sentimentos contraem-me o olhar e salvam-me da pele salgada do teu rosto.
Tenho a esperança pintada de cores vivas tão fortes, tão alegres, mas o passado magoou-me e largou-me da infância erguida num sorriso a salvo de uma luz que me cega.
O futuro é tão cruel e assusta-me imenso, mas quero vivê-lo, quero vivê-lo em pleno contigo!
Hoje creio na realidade, hoje esqueci a saudade e voltei a ser criança, aquela com um sorriso, com um olhar feliz.
Esqueço-me de tudo o que me fez sofrer outrora, a inocência que foi, hoje voltou ao meu rosto, deixou-me um rasto forte e luzidio como se a vida não tivesse um fim.
Corro pela relva fresca, mergulho no fundo do mar, dou rodopios na areia, não sei nem como te amar, isso não importa pois vejo hoje tudo de outra forma, basta fechar os olhos e sonhar.
Quero ver o mundo assim, com esperança. No presente acredito, afinal que ser criança é saber amar.

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