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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

24
Jul19

[Resenha Literária] “Demência” de Célia Correia Loureiro,

Carolina Cruz

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“Demência” de Célia Correia Loureiro, que conta a história de duas mulheres de gerações diferentes, mas marcadas por um passado macabro de dor e de angústia, é um livro que debate temas pertinentes que ainda são tabu nos dias de hoje e não deveria.
Quantas mulheres são maltratadas pelos seus companheiros? Quantas são vítimas de violência, física e psicológica? Quantas chegam a ser assassinadas em nome de uma relação doentia e de posse? Ou que ficam resignadas toda uma vida, morrendo por dentro?
Letícia, mãe de duas filhas, que vive com os fantasmas do passado, vem para a terra do marido ajudar a sogra, Olímpia, que de dia para dia demonstra sinais de demência. É nessa pequena aldeia que Letícia vive ostracizada pelos seus atos cometidos e tenta acima de tudo uma vida melhor, procurando esquecer o que a liga ao passado, embora o presente e a comunidade lhe prendam para sempre ao que de macabro que foi obrigada a cometer.
É muito fácil afeiçoarmo-nos a estas personagens que são tão pessoas quanto nós, porque são ser humanos palpáveis, cheias de defeitos, feitas de dor, de angústia, de sobressaltos, de vida e de medo que as prende.
Este livro é forte, cru, bonito e verdadeiro. Cruelmente real e bonito. Foi um livro que me fez sorrir, que fez o meu coração bater a mil, como se estivesse a existir exatamente ali, no meio daquela história, a viver intensamente cada momento, cada dor, cada impasse, cada fuga.
Foi um livro onde me quis demorar, pois não queria que terminasse e que na verdade, não poderia terminar da melhor forma. 
É uma história sem clichés, é uma história que podia ser do vizinho do lado, da nossa prima, da nossa própria realidade. E é isso que adoro nos livros, foi isso que adorei no livro da Célia.
Já dei os parabéns e agradeci à autora por esta publicação e volto a dá-los desta forma: façam-me um favor, leiam este livro, não se vão arrepender.
Já eu fico a aguardar o segundo livro da autora!

23
Jul19

[Resenha Literária] After - livro 1

Carolina Cruz

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“After” foi um livro no qual me demorei e sobre o qual demorei a escrever sobre ele. Porque, de certa forma, criou-me uma dúvida imensa, pois não consegui ter uma opinião final imediata. 
Gostei, mas posso dizer que não foi um livro que me encantou, embora o meu interesse em saber como terminava foi algum ao longo do livro. Porém, não o achei extraordinário. 
Ri com ele, mas não me prendeu ao ponto de chorar também. 
Gostei do facto de ser escrito na primeira pessoa e ser juvenil (sou fã assumida de livros do género young adult), ainda assim achei-o repetitivo por causa das personagens principais estarem sempre a zangarem-se, achei-as um pouco exageradas, embora tenha compreendido igualmente que para o final (que confesso que gostei) ser assim, talvez tivesse de ser assim mesmo a trama.
Proporcionou-me alguns momentos divertidos como disse anteriormente, mas sinceramente não me rendi de todo e o interesse em ler os seguintes não é de uma sangria desatada, isto é se me fizerem spoiler e resumo, não me importo!
E vocês? Já leram? Qual a vossa opinião?

22
Jul19

[Resenha Literária] "Nó da culpa", de Filipe Batista

Carolina Cruz

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Um livro publicado pela CoolBooks que mais uma vez nos prende e nos agarra.
"Nó da culpa" do autor Filipe Batista, fala-nos de um homem atormentado pela culpa de ter assistido a uma violação seguida de outro crime grave e não ter feito nada para impedir o violador ou de salvar a vítima. Desde esse dia que Roberto nunca mais é o mesmo e domado pelos sentimentos de opressão e obsessão parte em busca do violador e assassino, de quem não conhece o rosto, vendo em todos aqueles que se cruzam no seu caminho o seu alvo a bater.
Um livro perturbador que nos faz sentir na pele o viver intenso deste homem que bastou uma atitude ou a falta dela para mudar a sua vida.
Aconselho vivamente a leitura!

21
Jul19

[Resenha Literária] "Uma Mãe de F.I.R.E.S." de Carla Sofia Dias

Carolina Cruz

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Falar deste livro é diferente de falar de qualquer outro livro que tenha feito uma resenha anteriormente, porque não há aqui sequer questão de ser bem escrito ou de ter uma história que arrebata corações. Não é que não seja o caso, mas é mais delicado falar deste livro, pelo facto de que se está a descrever uma situação e uma história reais de uma mãe que é uma força da natureza. Uma mulher e uma mãe com M grande, uma heroína sem capa.
Isa, a filha de Carla, nasceu uma menina perfeita, mas aos 2 anos de idade tudo mudou, quando foi diagnosticada com FIRES, uma epilepsia bastante rara. Isa foi quase tida como um caso clínico perdido, mas esta mãe não baixou os braços procurando os impossiveis e o melhor para sua filha. Não cessou, não se limitou a ouvir nãos, e jamais o devemos fazer é o conselho desta mãe que estudou, que procurou incessantemente todos os estudos, métodos, médicos, medicamentos... Mesmo sabendo que não há cura, há um sorriso de esperança. 
Hoje a Isa é um caso de sucesso com o uso do Canibidiol medicinal, as mudanças positivas estão à vista. Porém, todos os tratamentos são dolorosamente caros e toda a ajuda é pouca. Em Março e Abril ajudámos esta causa.

E alerto a todos os que queiram ajudar, que o podem fazer através da compra deste livro (que todos os royalties serão para a Isa) ou através da conta solidária: PT50 0010 0000 5666 2270 0018 3

04
Jul19

[Ficção] Diz-me

Carolina Cruz

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Diz que me odeias para que este torpor que invade o meu peito me diga que estou enganada sobre tudo o que sinto e penso sobre ti.
Caramba, ninguém pode entrar assim na vida de alguém depois de ela nos levar tudo e oferecer-nos todos os sonhos de uma só vez. 
Não posso, não quero. Não quero aceitar que és verdade, quando toda a minha vida foi uma mentira pegada.
Ouve, porque é que achas que sou bonita? Interessante? Por que razão me dás a mão quando choro por dentro e ninguém vê? Só tu pareceste ler a minha alma em toda a história da minha vida e, como estúpida que sou, não aceito que seja verdade.
Não pode ser verdade, não consigo entender nada do que sente o meu coração, não consigo entender os meus pensamentos… e esses sempre estiveram tão longe! Hoje estão perto, muito perto de ti.
Diz-me que me odeias para poder ter a certeza que longe do que sinto é um lugar melhor. Não tentes entender estas palavras, até eu estou a milhas de perceber… Só queria deixar de pensar demais. Queimo tudo o que sou ao pensar, sobretudo a minha sanidade mental.
Diz que me odeias, bate com a porta, resmunga, diz que não sou uma pessoa ideal para ninguém, ofende-me. 
Caramba, és perfeito demais para ser verdade.
Diz-me tudo isso porque mereço, mas se depois quiseres, volta. O que sou precisa de sarar, o que sou precisa de ti.

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