08
Abr17
8 # Existirá destino sem os sonhos?
Carolina Cruz
A vinda a Portugal chegara num instante, Sara estava bastante ansiosa e John bastante feliz por partilhar com ela este regresso cheio de emoções.
John falava pouco português, tudo o que sabia, tinha aprendido com Sara. No entanto, não se importava pois a sua amiga sabia suficientemente bem inglês para traduzir o que quer que fosse à sua família ou amigos.
Aquele abraço apertado entre filha e mãe dissera tudo, quanta saudade cabia naquele abraço. Saudade, amor, valores e felicidade, felicidade que corria em lágrimas pelos olhos de ambas.
- Mãe, este é o John.
- Ólá! – Dizia simpático John no seu sotaque português cómico e envergonhado.
- Que bonito filha. – Segredou-lhe a mãe. – Prazer, meu querido!
- É apenas um amigo especial. – Esclareceu Sara de imediato.
- Yes, I am! – Disse John entre gargalhadas que choravam um querer mais.
No entretanto, chegara o pai de Sara, com os olhos rasgados de lágrimas. A cumplicidade de Sara com o pai era, desde que se lembra, muito cúmplice. Não esqueceram nunca como Sara tinha sido o seu suporte com os outros irmãos e a construir uma nova felicidade após todas as desilusões da vida (a morte do pequeno irmão).
Por falar em irmãos, Filipe e Joel estavam enormes, catorze anos tinham passado por eles. Filipe tinha vinte e quatro e Joel vinte. Já não eram mais os seus miúdos pequenos, mimados ou travessos. Eram homens grandes, quase de barba rija e sorriso no rosto, adultos e responsáveis. Bonitos, simpáticos.
Gostaram imediatamente do feeling positivo de John e as suas conversas eram longas. Sendo Natal, estavam ambos de férias, tinham grande disponibilidade e interesse em apresentar os novos cafés da marginal ou os bares onde havia música ao vivo.
Tudo estava a ser perfeito, Sara começara a olhar John com outros olhos, olhos que transmitiam orgulho, seria amor?
Tudo estava a ser perfeito, até ao dia em que a sua mãe, sem nunca ter sabido de nada, mexera com a sua alma, com o seu passado e com o seu coração.
- Sabes quem é que eu vi no outro dia? Diz que está de volta à cidade e que abriu o seu próprio negócio de marketing e relações públicas… O teu professor de teatro, o Manuel.
O Manuel, o apaixonado Manel, estava tão perto de si. Um “a sério?” foi dito, carregado de uma adrenalina entusiasmante e nostálgica. Que faria ela com aquela informação?
John falava pouco português, tudo o que sabia, tinha aprendido com Sara. No entanto, não se importava pois a sua amiga sabia suficientemente bem inglês para traduzir o que quer que fosse à sua família ou amigos.
Aquele abraço apertado entre filha e mãe dissera tudo, quanta saudade cabia naquele abraço. Saudade, amor, valores e felicidade, felicidade que corria em lágrimas pelos olhos de ambas.
- Mãe, este é o John.
- Ólá! – Dizia simpático John no seu sotaque português cómico e envergonhado.
- Que bonito filha. – Segredou-lhe a mãe. – Prazer, meu querido!
- É apenas um amigo especial. – Esclareceu Sara de imediato.
- Yes, I am! – Disse John entre gargalhadas que choravam um querer mais.
No entretanto, chegara o pai de Sara, com os olhos rasgados de lágrimas. A cumplicidade de Sara com o pai era, desde que se lembra, muito cúmplice. Não esqueceram nunca como Sara tinha sido o seu suporte com os outros irmãos e a construir uma nova felicidade após todas as desilusões da vida (a morte do pequeno irmão).
Por falar em irmãos, Filipe e Joel estavam enormes, catorze anos tinham passado por eles. Filipe tinha vinte e quatro e Joel vinte. Já não eram mais os seus miúdos pequenos, mimados ou travessos. Eram homens grandes, quase de barba rija e sorriso no rosto, adultos e responsáveis. Bonitos, simpáticos.
Gostaram imediatamente do feeling positivo de John e as suas conversas eram longas. Sendo Natal, estavam ambos de férias, tinham grande disponibilidade e interesse em apresentar os novos cafés da marginal ou os bares onde havia música ao vivo.
Tudo estava a ser perfeito, Sara começara a olhar John com outros olhos, olhos que transmitiam orgulho, seria amor?
Tudo estava a ser perfeito, até ao dia em que a sua mãe, sem nunca ter sabido de nada, mexera com a sua alma, com o seu passado e com o seu coração.
- Sabes quem é que eu vi no outro dia? Diz que está de volta à cidade e que abriu o seu próprio negócio de marketing e relações públicas… O teu professor de teatro, o Manuel.
O Manuel, o apaixonado Manel, estava tão perto de si. Um “a sério?” foi dito, carregado de uma adrenalina entusiasmante e nostálgica. Que faria ela com aquela informação?
(Continua...)