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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

27
Mai19

[Ficção] Que o acaso nos junte!

Carolina Cruz

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Que o acaso nos junte! Por tamanha brincadeira, por mera solução. 
Que o acaso nos junte, que o destino nos encontre, porque eu já não tenho forças para lutar.
Desculpa não ser eu a procurar-te. Não duvides que sinto tanto por ti e que quero amar-te todos os dias, mas parte de mim esqueceu-se de viver e de acreditar plenamente no amor.
Tropeço diariamente no medo, penso para mim mesma que és bom demais para quem sou, para o que dou. Sei que assim nunca iremos a bom porto, que afundaremos tão rapidamente como o Titanic... Eu simplesmente tenho o corpo dorido da saudade e o coração quebrado que ainda ninguém colou, só queria que encontrasses essa metade de mim onde está o meu sorriso e o amor que tenho para te dar.
Escrevo porque as palavras fazem a alma doer menos e trazem-me a pequena esperança que mesmo sendo eu tão esquisita me queiras encontrar na minha mais profunda doçura.

 

26
Mai19

Sobre abraços

Carolina Cruz

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É sobre abraços que te quero falar. Daqueles que curam, que interpretam a alma quando as palavras não dizem nada. Aqueles abraços que matam as saudades que o tempo traz, mas a distância não afasta!
Um abraço quente, um abraço de gratidão, de amizade, um abraço que diz tudo aquilo que se lê no coração.
Se amas, abraça. 
Se perdoas, abraça. 
Se a tua alma, por qualquer razão, te dói, abraça! 
Abraça, com o coração. 
Dizem que os abraços são melhores que qualquer medicamento e eu não duvido. Quando o faço a quem amo o meu mundo sorri e o meu dia torna-se logo melhor!

25
Mai19

[Ficção] O amor (que ainda) sinto por ti

Carolina Cruz

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Falas baixinho com a minha alma. Fecho os olhos e és só tu que estás, que permanece no meu pensamento. Na minha imaginação, andamos de mãos dadas, percorrendo o pequeno jardim que o mundo é e onde tanta falta tu lhe fazes.
Ainda consigo ouvir a tua voz, conhecê-la, como se tivesse sido ontem que a ouvi pela última vez e tantos anos se passaram.
Eu sei que te prometi que seguiria em frente, que a morte não é, nem pode ser o fim, mas a tua, foi a minha também.
Desculpa, sei que tudo muda, que tu se transforma, como dizias, mas não sei amar mais ninguém... Nem tão pouco, em momento algum fiz esse esforço porque não me sais do coração, pior da alma, e a alma é o que somos, como posso amar outro alguém assim?
É impossível. Há dias em que olho o céu e só te queria dizer (eu sei que me ouves), que ele é imenso, mas tão pequeno, para o amor (que ainda) sinto por ti.

 
 
 
 
24
Mai19

[Resenha Literária] Deve ser Primavera algures”, de Pedro Rodrigues.

Carolina Cruz

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“Deve ser Primavera algures” é um livro de Pedro Rodrigues, um autor da nova geração, que conhecemos pela sua escrita cativante e recheada de sentimentos.
O Pedro tem um toque intenso nas suas palavras, mas não tira a sua simplicidade ao texto, neste livro não é exceção. 
Este livro conta a história de Joaninha, desde a sua infância até à idade adulta. 
Uma criança inteligente, mas limitada pela família e pobreza em que nasceu, porém nem sempre se resigna, mas na adolescência alguma muda e compromete o seu futuro. 
A seu lado, Joana traz o seu irmão, Manuel, que tem um atraso de desenvolvimento a mãe, Maria, uma mulher abandonada pelo marido entregue ao álcool e à frustração.
Entre outras personagens não menos importantes e que se encontram neste trama, o autor traz-nos milhares de vidas que se ligam pela dor, pelas vivências duras, mas também pela esperança de que por mais invernos que existam na nossa alma, há sempre uma “Primavera algures”.
Um livro intenso, cru, inteiramente real, onde vivemos na pele o sentimento profundo de cada personagem e sua personalidade.
Li e recomendo vivamente!

23
Mai19

[Resenha Literária] “Eu hei-de amar uma puta” de Pedro Rodrigues

Carolina Cruz

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O primeiro livro de Pedro Rodrigues, um dos novos autores com um maior número de seguidores nas redes sociais e de grande talento, foi publicado em 2014 através da Capital Books.
Este é um livro pequenino de leitura simples. 
O Pedro tem uma escrita que nos encanta e nos prende, com o uso de sátira, ironia e com um jogo de palavras e sons tão bem caracterizados e integrados nos capítulos e na história em si.
Esta sua obra é, como o próprio autor declara, um desabafo, um diário de uma solidão que magoa e que fere.
Pedro, personagem com o nome do próprio autor é também ele um escritor, marcado pela dor da perda e por opção ou destino vive sozinho até apaixonar-se perdidamente por Alice, uma rapariga interessante que muda a sua vida. Mas até que ponto?
É um livro que nos mostra que amar nem sempre basta, que o amor não pode ser somente “amor” se for apenas isso, sem partilha, sem confiança, mas que, com pilares fortes, o sonho poderá vencer.
É, como disse anteriormente, um livro de leitura fácil e encantador! O começo de uma carreira que trouxe frutos, um início de um sonho que é feito de palavras.
Gostei muito!

22
Mai19

A ti que me ouves...

Carolina Cruz

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A ti que me ouves, que estás sempre aqui para me compreenderes, sem me julgar, mesmo pensando que não farias igual... E mesmo pensando isso estás lá, de abraço apertado e de sorriso no rosto, de ombro encostado ao meu, mesmo que a distância se imponha entre nós , mesmo que o tempo nos mude.
A ti, que acreditas em mim, que estás lá para me apanhar quando caio, para me segurar e dizer que estou errada.
A ti, a quem o meu sucesso e a minha felicidade são também a tua alegria, sem meias medidas, nem invejas.
Sabes que sinto o mesmo, que te desejo o mundo e o que desejo para mim mesma, de coração.
Obrigada por existires, por dares sentido à minha vida, por me fazeres mais feliz.

21
Mai19

[Resenha Literária] "O tempo nos teus olhos", de José Rodrigues

Carolina Cruz

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O terceiro livro de José Rodrigues é, tal como são os outros, de uma intensidade bonita e igualmente de uma grande simplicidade!
O José tem a capacidade de fazer com que nos afeiçoemos às personagens, a querer ler e saber mais. Convida-nos a entrar nas suas vidas, nos seus sorrisos e nas suas tristezas.
Encontramos  estas personagens tão especiais nos nossos dias também, a história de um vizinho, da prima, da mãe ou de uma pessoa que passa por nós... Sentimo-nos próximos delas pelo facto de o enredo ser intenso, mas simples!
Este livro é um romance diferente dos anteriores, falando-nos de um amor na terceira idade. Fala-nos de solidão, de recomeços, de escolhas que muitas vezes são consideradas quase como que proibidas nesta etapa da vida.
A personagem principal deste livro é um septuagenário viúvo com três filhos, determinado e um bom vivã. Porém, não deixa de se entristecer ao ver-se confrontado com questões como a ganância e o orgulho, tentando superar sempre os seus problemas com um sorriso. 
Mais um livro em que a leitura é leve, com pensamentos pertinentes e que nos fazem refletir. 
Ler José Rodrigues é deixar que a vida nos abrace com delicadeza, olhando nas pequenas coisas a nossa felicidade, um espelho da personalidade deste autor!
Recomendo vivamente!

20
Mai19

Porque choras?

Carolina Cruz

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Porque choras? - perguntas-me
E eu não consigo responder-te, porque as lágrimas correm em catadupa.
Estou cansada, dizem os meus pensamentos, há dias que não gosto de mim, do que sou e do que faço, parece que faço tudo errado e não dou uma para a caixa. Mas depois olho para ti e o meu coração ensina-me que o lugar que guardo para ti é melhor que toda a tristeza que possa existir em mim. Contigo sinto-me bem e talvez eu esteja a ser ingrata com a vida, o facto de te ter comigo é a melhor razão para te sorrir.
Porém, hoje eu não consigo. Só quero o teu conforto, o teu amor mais quente. Não me perguntes porquê, mas abraça-me, olha-me com esses olhos de quem vê em mim o que eu não acredito e não vejo na minha pessoa. Sorri-me que o meu dia será melhor e mesmo que eu tropece e te magoe, faz desse sorriso teu a minha vida inteira.

19
Mai19

[Resenha Literária] "Não há longe, nem distância" de Richard Bach

Carolina Cruz

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Um livro que é, na minha opinião, uma verdadeira obra-prima, porque cada coração pode obter dela, uma diferente interpretação. Esta é a minha:
Richard Bach apresenta-nos neste livro um hino às pequenas coisas, que têm tanto significado. Mais importante que as coisas materiais, são os amigos, os sentimentos pelas pessoas de quem gostamos, as emoções que os momentos nos oferecem. Mesmo que ninguém entenda, o importante é que nos sintamos presentes e amados. Estar presente, nem sempre significa estar junto. Como tenho lido em muitos lugares, para se ser um amigo não é preciso estar, é preciso ser. E ser-se é a coisa mais bonita que existe, só o coração pode contemplar, porque se somos importantes para alguém estaremos constantemente presentes no seu ser, mesmo que naquele dia não estejamos fisicamente. A amizade é um anel fino que só os amigos conseguirão ver e que é infinito, "não há longe, nem distância" que possa pôr em causa uma amizade verdadeira e esse valor é mais importante que qualquer pedaço de ouro!
Aconselho vivamente a leitura deste livro tão pequenino, mas tão grande e tão completo! 

18
Mai19

[Resenha Literária] Vem à quinta-feira

Carolina Cruz

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Que escrita esta! Que pensamentos íntegros e de uma tamanha inteligência! Chegou-me a faltar o ar de tão bom! 
Uma poetisa contemporânea com muita garra nas palavras, que nos faz querer ler e chorar por mais! Com poemas e sentidos que me deixaram a pensar "que jogo maravilhoso de palavras"!
Este livro é uma compilação de vários poemas de Filipa Leal e aconselho vivamente aos fãs de poesia e a todos em geral!

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