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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

22
Fev18

Esse buraquinho

Carolina Cruz

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Estás a ver esse buraquinho no teu coração? 
Vai fechar, tenho a certeza.
Não chores, querida.
Eu sei como dói, já passei por isso.
Todos morremos por amor ou matamos as alegrias do nosso coração por sentir tristeza e dor por amar alguém que não nos ama de volta.
O amor é tão bonito quando é correspondido, quando não o é, é feio, doloroso, cru e cruel. 
Hoje o teu coração dói, eu sei, não queres mais ninguém, mas por favor, deixa-me dizer-te que será passageiro. Sei que esse vazio irá encontrar alguém que o preencha e não vai doer mais, nunca mais. Vai palpitar a mil, vai sorrir como se outrora tudo tivera uma razão de ser, para te fazer olhar o mundo com outros olhos, para te fazer amar ainda mais esse amor que não tem fim.
Sei que sou sonhadora, amante louca e romântica nata. Sei que sonho demais, mas foi sonhar que me fez curar esse sopro que me batia no peito.
Ter esperança limpa as lágrimas de chuva e dá ao teu rosto um sorriso de sol.
Por favor, vamos experimentar?

 

______

 

Photo: Filme "Tengo ganas de ti"

15
Set17

Que mundo este.

Carolina Cruz

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As mãos pesam-me.
O cansaço aprisiona-me o corpo.
Dizem que escrever é gritar em silêncio, que as palavras são alma em fervor.
Não é justo, não é justo que o mundo esteja virado do avesso.
Este não é um lugar feliz, está a ser tomado por bárbaros, Deus leva os bons.
Onde está Ele nestas pequenas coisas?
Permaneço cética, perdoe-me quem acredita.
Estou em silêncio, medito e sussurro para apenas os meus pensamentos me ouvirem…
Se Ele existisse porque é que leva os que mais gostamos?
Porque morrem inocentes diariamente nas mãos de quem deveria ir para o inferno?
Sento-me e sinto que não está certo.
Quem somos afinal? Quem trazemos connosco? O que levamos de tudo isto?
De que nos vale sermos bons se partir é o nosso destino?
O mundo não é feito para aqueles que fazem o bem.
É para aqueles que a ruindade amplifica, é para aqueles que vivem de futilidades, de intrigas, de morte, de crime.
Lamento viver neste mundo.
Lamento tanto.
Ainda assim creio em fazer a diferença, creio que um simples sorriso muda um pequeno segundo na vida de alguém.
Eu não vou mudar, porque o mundo muda.
Eu não vou virar costas ao outro e à solidariedade se for em vão.
Se for, vira aprendizagem.
O mundo não é feito para aqueles que fazem o bem.
Ainda assim, eu escolho fazê-lo.

03
Jun17

[Resenha Literária] Nos braços do Vagabundo

Carolina Cruz

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O amor cura, mas também dói. O amor fere mas é o primeiro passo para o tratamento da alma.
Quando perdemos alguém nunca julgamos que essa pessoa leva consigo o nosso mundo, sentimo-nos vazios, moribundos, doentes, procurando um destino fatal.
Estas palavras e pensamentos reveem-se no papel de Sofia, a protagonista deste livro – “Nos braços do vagabundo” de Letícia Brito.
Sofia é uma jovem carismática, no entanto a perda do seu verdadeiro amor irá consumi-la, desejando até a sua própria morte. Sofia adquire depois de perder o seu Francisco, uma depressão pós traumática, pois antes já havia perdido o pai e afeiçoando-se ao seu primeiro amor viu nele um escape e uma cura para a ferida incurável que é a morte de um pai. Ora, perdendo Francisco, Sofia perdera o rumo, e é aqui que o enredo valente desta história brilhante começa.
Letícia (a autora) consegue ter o tato fantástico de saber como se pôr na pele de Sofia, faz-nos sentir de forma intensa o que a sua personagem sente. Porque embora esta seja uma rapariga cheia de sonhos, o passado infeliz, de bullying, de um amor perdido, fere-a mais do que qualquer ponto positivo: um novo amor, um trabalho de sonho.
Este é um livro que nos ensina muito, que tem o objetivo de marcar e de levar à consciência de cada um que o lê que ainda há muito por fazer quando questionamos ou falamos de doenças do foro psicológico, a nossa sociedade ainda está muito aquém, ainda os chama de loucos, ainda acha que não existe razão para tamanha tristeza, que não passam de lamentações. Mas não, as doenças como estas são delicadas, precisam de cuidados, de serem lidas, de terem atenção por parte de todos os nós.
Leiam este livro porque vale mesmo a pena, tem uma mensagem importante e marca, marca mesmo.

28
Mai17

[Cinema] A estranha vida de Timothy Green

Carolina Cruz

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Um filme simples, encantador e cheio de fantasia que nos emociona.
Embora estranha, a vida de Timothy Green, é uma história que tem uma mensagem incrível.
Afinal de contas, se sonharmos, se escrevermos, se desejarmos muito e lutarmos ainda mais, conseguimos concretizar todos os sonhos que tinhamos por cumprir.
Cindy e Jim são um casal unido, cheio de cumplicidade, que deseja somar o seu amor, mas para sua tristeza não poderão ter filhos. Como sonhar depois disto? Como vencer depois de todas as derrotas? As suas vitórias depois de todos os deslizes terá um nome - Timothy, a sua força da natureza marcará até o coração mais intocável.
Um filme interessante e comovente para toda a família.

 

13
Mai17

[Cinema] Death Clique

Carolina Cruz

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A amizade é dos sentimentos mais puros, como é que alguém consegue pensar em condená-la?
As condições, horas, e a adrenalina do dia-a-dia fazem com que façamos coisas sem pensar com sensatez e, por vezes, confiar em pessoas às cegas. É verdade. Porém, há erros imperdoáveis, e consequências que nos marcam para toda a vida.
Jade e Sara são as melhores amigas e prometem amizade eterna. No entanto, tudo muda com a chegada de Ashley, uma miúda calculista, mal-intencionada e fria, que trava uma amizade demasiado íntima com Jade. Deixando que esta deixe para trás uma amizade verdadeira de anos.
“Amizade fatal” é um thriller que eu considerei brutal e horrível.
Brutal porque nos agarra do início ao fim, por causa da crueldade da história e da frieza da personagem principal.
Considero horrível, tendo em conta que é um filme baseado numa história verídica. Mas afinal que história horrível é esta?
Vejam e deixem-se surpreender.

 

 

15
Fev17

Rapariga, tu tens o teu mundo!

Carolina Cruz

rapariga, tu tens o teu mundo - por carolina cruz.

 

Hey! Acorda! Levanta-te!
Tu não estás caída no chão por tua culpa, não é por tua culpa que ele discutiu contigo. Deixa de pensar que és a culpada, só porque ele diz que o és. Diz-lhe sim – basta!
Basta de acreditares que a relação é a partilha de tudo, de palavras passe, de contas abertas e amigos selecionados.
Chega! Não te agarres a isso, não é verdade. Rapariga, tu tens o teu mundo, tens de ter os teus amigos, a tua privacidade, isso não significa que tens algo a esconder, mas sim que tens de ser tu e se numa relação tu não és tu por inteiro, por favor esquece-a, não é saudável e então não é amor.
“Não saias à rua com essa saia”, “não uses esse vestido, todos os homens vão olhar”, “és uma merda”, “amor desculpa-me, eu amo-te.”.
Desta vez não desculpes, não te rebaixes, não te deixes vitimizar. Isso não é amor, nem cuidado, é machismo, violência.
Desta vez diz “basta”, bate a porta, agarra uma nova vida, tu és forte e não dependes de ninguém para ser feliz, o bichinho da alegria vive dentro de ti, apenas se completa com outro alguém. Mas não alguém como ele, alguém que ame a mulher que tu és, sem controlos desmedidos e quebra de privacidade, mas sim que te conheça no teu todo, que te corrija os erros, mas que os aceite como uma parte de ti, afinal tu és um ser igual a ele, não inferior.
E quando bateres essa porta, procura o melhor de ti, não te deixes ir a baixo, tu és do mundo, és uma mulher e só por isso tens a tua garra, a tua força maior e percebe que quando o amor chegar também vai ser o melhor de ti, vais viver e namorar sem receios de dizer o que sentes, de vestir o teu mais sensual vestido, porque quem te ama não te prende, mas respeita-te como és e que tem orgulho em dizer – “Aquela mulher ali é minha namorada. Linda não é?”

 

 

11
Fev17

[Cinema] 2 filmes sobre coragem

Carolina Cruz

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“Mary & Martha” é um filme genuíno que nos fala diretamente para o coração.
O que não fazemos por um filho? Quantos mundos mudam quando uma mãe luta pela vida de um filho? E se forem duas? E se uníssemos corações para lutar contra uma doença que mata milhares de crianças, filhas de alguém?
Mary e Martha, protagonistas deste filme e protagonistas também de uma coragem e corações enormes, têm algo em comum, algo que as liga, que as ligará para sempre numa amizade eterna.
São as suas tristezas que as unem as tornam mais fortes.
Um filme que nos vai fazer viajar às mais bonitas paisagens de África e acreditar que dentro de toda a maldade ainda existem pessoas que querem mudar o mundo para melhor.

 

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Aprender do início ao fim. Mentalmente, pessoal e profissionalmente. Nem sempre somos o ser humano para o qual nos educaram, nem sempre somos o que sonharam que fossemos. Muitas vezes somos uma verdadeira desilusão, para nós, para os outros. A vida é uma constante, de aprendizagem, de mudança, de ensinamentos.
Se não somos quem queremos, então porque não irmos à busca?
Após a morte da sua mãe, de um complicado divórcio, de tantos vícios e erros quase imperdoáveis, Cheryl (Reese Witherspoon) decide fazer um trilho de mais de mil milhas pela costa do Pacífico, em busca da paz de espírito, do seu próprio perdão e da mudança e já dizia Platão que “a paz do coração é o paraíso dos homens”.
Com paisagens lindíssimas, vivendo cada minuto como se fosse nosso, “livre” é um filme que todos deveriam ver…
Vale mesmo a pena ser assistido!

 

 

28
Jan17

[Ficção] Tu não me deixas viver

Carolina Cruz

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Não dás valor a nada do que faço, para ti sou e serei sempre aquele fracasso, aquele olhar perdido entristecido na presença do teu sorriso escasso, escondido.
No fundo, não paro de te amar, porque um dia sonho, sonho sempre que voltas ao mundo que eras, ao mundo em que ainda sabias o que era amar!
Não te julgo, nem te quero julgar, muito menos eu que não me canso de te amar. Mas o que sinto é tão puro, tão forte, mas encontro tudo tão escuro, tenho medo de um dia me encontrar com a morte.
Fala-me do que sentes, solta a mágoa que guardas dentro de ti. Eu sei que sentes, mas mentes, mentes sem fim, tentas ser forte, encorajar até a morte mas cada pedaço de ti se torna mais corda em vez de laço, e a mágoa invade o teu espaço.
Mudaste tanto o que há em ti, existe tanta história, tanta mágoa que eu já esqueci para não te fazer sofrer mas a cada passo, tu é que não me deixas viver.

 

 

18
Jan17

Por favor!

Carolina Cruz

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Se ele é tudo o que tu tens...
Quando ele é tudo o que tu tens...
O que é que te sobra?
Se o mundo dele ruir... Tu vais atrás sem temer?
Tantas perguntas aguçam o meu coração perdido. Tantas respostas dou sem ter evidências ou certezas.
Já não sei. Já não sou. Rigorosamente nada. Tu foste, eu fiquei. Rendida, às lágrimas, à dor.
O que quero? O que me falta?
O meu amor...
Amor próprio.
E eu não peço mais nada.
Por favor!

 

 

27
Dez16

Arrumar o passado

Carolina Cruz

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Arrumar o passado também dói, é como saber que tudo aquilo que foi bom não voltará, é saber que outras coisas virão, mas jamais iguais serão.
Limpo as lágrimas ao mesmo tempo que varro do presente todas as palavras vãs prometidas outrora.
Vive em mim um misto de sensações, sabedoria e pequenez, por vezes somos tão pequenos e tão grandes ao mesmo tempo.
Como podemos ser tão grandes para alguém e nodia seguinte tudo se evapora como se fossemos do tamanho de uma pequena formiga?
Aprendi que existem vários passados: os que magoam porque abriram feridas, os que magoam por terem sido felizes e não e os que ainda hoje nos fazem felizes.
Eu quero aqueles que me fazem felizes, vou abandonar todas as lágrimas de tristeza, dando-lhes emoções felizes, porque se tu não queres, também não quererei e por ti jamais chorarei.

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