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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

30
Nov17

[Ficção] Não queiras saber de mim

Carolina Cruz

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Não queiras saber de mim. Não venhas agora com desculpas, com perdões ou certezas.
Esquece. Aliás, esquece-me.
Há coisas que o meu coração mole aprendeu a não perdoar. Ele não ficou frio, apenas se cansou de se aquecer ou vibrar pelas pessoas que são constantemente indiferentes para com ele. 
Acabou o coração que vive para todos, incluindo os ingratos. Acabou a alma que abraça ainda que magoada. Não dá mais. 
Não queiras saber de mim, porque vens agora, que estás só, sem mais ninguém.
Podes dizer à vontade que mudei, não vou interessar-me pelo que tu pensas, não tenho tempo para isso. 
Mudei sim, mudei e sinto-me bem com isso, estou mais calma, importo-me mais comigo mesma, estou em primeiro lugar na minha vida.
Pergunto-me a mim mesma: Queres sofrer por quem não merece? 
Nada disso. 
Quero amar, amar-me, sentir a vida. Sorrir, sorrir muito, sorrisos mil
Tu não mo permitias, contigo já não me conhecia, e é nos ombros de um amigo que devemos ser tudo, inteiramente. E se não me recebes como sou, se só queres a minha companhia quando estás só. Esquece, esquece-me.
Não queiras saber de mim, que eu já esqueci, esqueci-te, já não quero saber de ti.

02
Nov17

Leve.

Carolina Cruz

Hoje sou leve, breve nas confianças e confissões, direta nas ações, escolho bem as amizades. Poucas, certas, em quem confio.
Digo "vamos" e estamos lá. Entregamos o que somos de coração, abraçamos o momento com gratidão.
Desde que aceitei o facto de que não agrado a todos, nem mesmo àqueles que amo, comecei a sentir-me melhor, em paz comigo mesma. Sinto que não preciso de correr atrás, comecei sim a caminhar ao lado de alguém e não há nada mais bonito do que partilhar a vida com quem também gosta de nós. 
É quando crescemos que o amor-próprio é valorizado e é quando o valorizamos realmente que entendemos que nem todos aqueles que falamos querem o nosso bem, que nem todos os que chamamos de amigos, o são realmente. Por isso decidi abraçar quem quer está comigo. São poucos? Que importa se existem neles a qualidade que sempre procurei? 
Aprendi com o tempo, que estar sozinha não significa solidão, por vezes significa conforto, ausência de dor. 
Porém, resisti às batalhas e a essas mesmas dores, vou continuar a entregar-me de coração, porque é essa a minha essência.
Abraço quem quero e para eles desejo o mundo. 
Estou bem comigo, estarei bem com quem me acompanha.
Estou bem comigo, entenderei quem não me quer do seu lado.
Estar bem comigo significa que só o que enche o meu coração importa.
Não guardo rancor, não guardo tristeza, guardo sorrisos, isso é o melhor passo para seguir em frente.

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19
Out17

[Ficção] Gosto sim.

Carolina Cruz

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Posso amar-te?
Por favor, deixa-me, nem que seja no meu segredo mais intimo. Não quero muito, só quero que saibas o meu nome, que lhe dês valor, que me dês a mão, nem que seja apenas com o coração. É o que fazem os amigos. Certo?
Admiro-te, admiro-te de coração, pudesse eu arranjar palavras que descrevessem o tão puro sentimento que me invade.
És especial e é tão simples gostar de ti, apenas quando te abraço com o olhar.
Dizem que os olhos são o espelho da alma, por isso sente-te abraçado por completo.
Não sei, sinceramente, o que sinto, porque o sinto, mas gosto de o sentir, gosto do sorriso que provocas em mim. Gosto de gostar do sorriso que provocas em mim. Gosto de gostar de ti, mesmo que não saibas o meu nome, ainda que não conheças quem sou, os meus sonhos.
Gosto simplesmente.
E gostar é bom, não é? Gosto de ti, gosto sim.

14
Out17

De coração

Carolina Cruz

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Permitam-me que escreva sobre nós. Nunca o fiz, sinto essa necessidade.
Três amigas, três personalidades diferentes, três diferentes percursos de vida, três diferentes formas de olhar o mundo.
Nunca essas diferenças de ser, de estar ou de distância se impuseram no nosso caminho, nada disso, muito pelo contrário, é ela que nos torna mais especiais. 
Com a distância e com o tempo, a nossa amizade adensou-se e a alegria que brota em cada encontro torna tudo (ainda mais) mágico.
Especial é aquilo que nos une, somos uma família além da própria família. Sinto que o que nos une é inteiramente de coração.
As conversas, os segredos, o à-vontade, a partilha, a emoção, é algo que dou valor, sei que damos todas, e é isso que nos liga, num elo para toda a vida.
Permitam-me que sonhe e que diga que quero que seja para sempre assim, até sermos velhinhas. Pode ser?
Porque o amor mais bonito e infinito é o de amizade. 
E eu adoro-vos, de coração.

05
Out17

[Séries] Gossip Girl

Carolina Cruz

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O que fica depois de todas as discussões? O amor.

Quem fica do nosso lado depois de falarem mal de nós? Aqueles que nos amam.
O que nos salva da hipocrisia e maldade do mundo? A amizade.
Foi este pensamento e esta lição que trouxe da série “Gossip Girl”, de 2007. 
Uma série de drama adolescente, que é passada em Manhattan, New York e retrata a história dos jovens estudantes das mais prestigiadas escolas de Upper East Side, onde é criado um site intitulado Gossip Girl (que narra a história) e sabe tudo sobre eles. 
A personagem principal é Serena (a vitima principal de Gossip Girl) que regressa após uns tempos fora, mas o que fez esta rapariga partir? Por que é que é rejeitada pela melhor amiga? Por que é falada por todos?
É aqui, neste ponto da história, que começa esta série de seis temporadas. À qual, sem estar à espera, me rendi completamente. 
Primeiramente, comecei por me render à simplicidade de Dan Humpfrey, que se encontrava à parte de todo o luxo e de todas as mentiras. A sua humildade e o seu amor fez com que me apaixonasse pela série. 
Mais tarde, rendi-me à personagem de Chuck Bass e ao papel fantástico e tão genuinamente bem interpretado por Ed Westwick. 
Depois a série aproximou-me verdadeiramente de todas as personagens e é impossível fugir ao suspense e enredo que cada episódio traz consigo. 
Tenho a certeza que quem gosta de um bom romance, de uma história de suspense e vingança, vai gostar, sem dúvida alguma, desta série.
Mais não posso revelar. 
Vejam e criem a vossa opinião.
 

 

 

 
04
Out17

Sê.

Carolina Cruz

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Sê autêntico. Sê tu, sem máscaras, sem filtros. Sê para que te sintas bem contigo mesmo.
Dá, sem pedir nada em troca.
Dá(-te) de coração. Porque dar nem sempre significa receber. Dá porque te sentes bem com isso. Dá porque amas, porque queres ver alguém feliz. Não hesites. Faz de coração.
E não esperes nunca que façam o mesmo por ti, podes cair no erro das expectativas e por essa ordem saires magoado.
Não esperes dos outros tudo de bom, tudo o que dás, eles também têm defeitos, os outros também erram, também têm esse direito, tu tens, certo?
Ora por tempo, por indisponibilidade, às vezes magoamos sem dar conta ou atenção, isso não significa que não gostemos de alguém.
Por isso, sê autêntico.
Vive de coração e dá o melhor de ti, a quem tu sentes que vale a pena, porque o que surge, sem expectativas e com surpresa, traz-nos mais felicidade.
Sê, autêntico.
Sê, de coração. 

30
Set17

O que é o amor?

Carolina Cruz

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O que é o amor?
É o respeito, o companheirismo, a certeza, a amizade…
É a ausência de arrogância, de agressão, de autoritarismo, de segredos.
O amor é simplesmente isso. O querer alguém do nosso lado, se possível para toda a vida. Amor é acreditar que essa pessoa é o melhor de nós e que damos também o melhor a essa pessoa.
É sentirmos que estamos realizados, é acordar de manhã e sorrir, pensar: é um novo dia para amar, olharmos para quem está ao nosso lado e sorrirmos. 
Amar é mostrarmos quem somos sem rodeios, quem nos ama, amar-nos-á por essa razão: sermos quem somos.
O amor não tem rosto, não tem forma, feitio ou idade. Porque haveria de ser apenas entre homem e mulher?
Chega de hipocrisias, chega de mãos que se levantam, bocas que condenam, venham mais corações para amar, para sentir, para estar, para ser, para ficar.
O amor é tão simples, o ser humano é que o condena, faz dele uma sentença, complica, amarra-o.
O amor é livre. Assim sendo… nada mais há a fazer se não amar. 
Amar, inteiramente, completamente, sem medos, quem está ao nosso lado.

(Foto: Pinterest)

16
Set17

[O teu olhar] Deixa-me ser o teu jardim

Carolina Cruz

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Minha flor deixa-me ser o teu jardim, a tua primavera, o teu sol.
Nunca hei-de aprisionar-te ou colher-te, sei que o mundo pode ser cruel e eu quero proteger-te, mas sem controlo demasiado.
Vou conquistar-te e demorar-me nessa conquista, vou cativar-te como o Principezinho fez com a sua rosa. Concedes-me assim tamanho tesouro? O da tua amizade? 
Minha flor, a amizade é o nosso amor mais delicado,é o sentimento mais precioso da vida, é a base de tudo, sem amigos nada somos, nem uma verdadeira relação amorosa poderemos viver.
Por isso, peço-te que aceites, ninguém pode ter ou ser um amigo se não estiver disponível para dar o melhor de si, não se pode ser pela metade. Se se é amigo, tem de se ser complemente. Não há meias laranjas, não gosto de nada que não seja por inteiro.
A amizade sem compromisso, sem reciprocidade, é uma flor que murcha e eu quero que o mundo floresça, seja feliz. 
Quero-te do meu lado, mas se me concederes esse gosto, esse prazer que é tão simples, que é o de gostarmos de alguém.

 

Fotografia de Ana Ribeiro do blog "EscreViver", autora do seu mais recente livro "Ao Teu Lado

27
Ago17

[Resenha Literária] Fazes-me falta

Carolina Cruz

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Só me apetece dizer isto: Que livro brilhante de Inês Pedrosa!
Pois é, mas não posso ficar-me apenas por estas palavras, porque tenho mesmo de falar-vos sobre este livro que nos dá tanto que pensar, sobretudo o seguinte...
O ser humano vive tão agitadamente, leva a vida a um ritmo tão acelerado que não paramos para pensar.
A vida muda, as circunstâncias mudam, temos atitudes que nos mudam, que mudam os outros perante nós, nasce ciúme onde não notamos, afastamo-nos das pessoas que amavamos, criamos amores platónicos, discutimos com o verdadeiro amor da nossa vida, mas só quando a morte nos bate à porta, às vezes de forma imprevísivel tomamos conta de tudo isso.
Após a morte de alguém querido, o que somos? Que memórias ficam? Quantas palavras por dizer?
Momentos por viver, gargalhadas por soltar.
Quem somos nós depois da nossa morte? O que resta de nós? O que fica?
"Fazes-me falta" é um livro "contada em duas vezes" - uma mulher que acaba de morrer e uma amigo seu que a vê partir.
Neste livro, estes velhos amigos que permanecem-no após qualquer distância, até a da morte, desvendam o que vai nos seus corações, a desilusão, a amizade, os remorsos, a perda, a falta e o amor, desvendado assim todas as questões feitas anteriormente.
Um livro com uma escrita incrível, simples e tão brilhantemente complexa, com jogos de palavras sentimentos literariamente belos.
Um verdadeiro tesoure este livro!
23
Ago17

[Ficção] Esquece

Carolina Cruz

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É agora. É desta. Não há volta a dar. Já chega. Basta!
Para mim bastou! Não há mais desculpas sem precisar de pedi-las.
Não há mais coração a bater de medo. 
Não há mais alma sofrida ou lágrimas de desilusão.
Não há mais mensagens a dizer que te adoro. 
Não existem mais textos escritos em vão, sem que o lesses.
Não dá mais.
Não posso, não quero, não devo! 
Chega.
Quantos dias perdi à tua procura?
Quantos dias perdi à tua custa?
Sei que nunca se perde por fazer o bem, mas quantos minutos perdi a dar-te valor.
Esquece, não me terás nunca mais de mão beijada, ao serviço do teu beicinho.
Dei tudo de mim, sem receber.
Dei tudo de mim, em vão.
Dei tudo de mim e o que tu me deste?
Hipocrisia, ilusão desmedida, ingratidão. 
Não, não precisas mais de mim. 
Nem eu de ti. 
Sem ti serei melhor.
Um corpo livre, longe do enfado da tua presença. 
Só me querias a teu favor, 
Porém nem de longe nem de perto, isso é amizade ou amor.
 
 

 

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