7 anos de blog… 7 anos de tantas alegrias, de tanto conhecimento, de amizade, de partilhas, de aprendizagens.
7 anos de blog, meus e vossos.
É verdade, sou eu que construo este cantinho, mas ele nunca teria tido um verdadeiro nome e um crescimento tão grande nestes 7 anos se não fossem vocês!
Por isso hoje é dia de vos agradecer e de festejar convosco!
Dizem que o número 7 é o número da sorte, não sei se é ou não, mas é dos meus números preferidos, associo-o a anos de luta, de coragem e de amor, lá está de sorte!
Quero hoje partilhar convosco uma das razões, se não a razão maior, que me faz hoje em dia agarrar a vida tão fortemente e traduzi-la para as palavras que escrevo.
Curiosamente, foi com 7 anos que o meu crescer perante a vida foi repentino, mais incomum e mais cedo que outra criança daquela idade.
Com 7 anos fui operada ao coração, pois um sopro fazia com que a válvula tricúspide deixasse passar o sangue para não devia… e esse sopro que em alguns caso fecha e passa, no meu caso não passou e aos 7 anos eu soube o que era ser operada, não da melhor maneira, mas sempre com uma coragem que ainda hoje me surpreendo com ela!
Fui acompanhada pela equipa do Hospital da Universidade de Coimbra, como se de uma verdadeira senhora se tratasse, e sei que embora não fosse ali tornei-me numa verdadeira mulher.
A minha mãe foi o meu maior suporte a todas as horas, lembro-me de ela me esconder a sua ausência à noite, em que eu passava sem ela, e embora soubesse disso e sentisse falta, só mais tarde lhe perguntei porque é que ela me mentira…
Foi um ano que fez com que o orgulho que tenho por ela, aumentasse ainda mais, porque foi uma guerreira sem cessar, ela e quem com ela permanecia, dando-me força.
Porque muito embora só tivesse tido noção da gravidade muito mais tarde, eu senti-o na pele e sentir na pele, creio, que é saber tudo e ter a certeza que aquilo não é o melhor que conseguimos ser.
Posso dizer que hoje poderia não estar aqui, quando nesse mesmo ano, após a operação fiz uma pericardite, uma infeção rara, em que o pericárdio se enche de um líquido e pode ter complicações graves, como a morte.
Não gosto de dar negatividade a este episódio da minha vida, nem me lembrar dos traumas que me trouxeram anos mais tarde, mas sim agradecer à força maior que sei que existe.
E essa força maior deu-me coragem para não me agarrar às coisas menos positivas, mas sim a viver cada dia como se fosse o último, a apaixonar-me pela vida, pelas pessoas, pelas suas histórias, por cada momento, por cada segundo que respiro.
Estas vitórias todas neste pensamento meu pouco derrotista e sim lutador por ver cada marca minha daquele lugar como a história do que sou, deram-me esse lado bom, de transformar tristezas em aprendizagens.
Em cada lado mau, eu vejo um lugar para aprender. Em cada momento bom ou mau, uma razão para escrever.
E tenho a certeza que já não irei largar nunca mais as palavras, viverão para sempre comigo, por isso quero acreditar que estes 7 anos são apenas um começo!
Obrigada por tudo, por darem cor às minhas palavras, por nunca abandonar este lugar e dar sentido a esta minha segunda casa.
Parabéns ao blog, a mim e a vocês, sou grata por vos ter desse lado!