Cada toque seu (parte I)
Eu amava-o, sempre soube. No entanto, odiava-o completamente, aquele jeito rude e convencido quebrava-me por completo.
Eu não sabia estar na sua presença, não me reconhecia e por isso odiava-me a mim própria também. Não me continha, o coração palpitava, os nervos sempre surgiam à flor da pele.
Porque é que ele era tão irritante quanto encantador? Ele sabia ao certo como mexer comigo.
Naquele dia, o ar animado em casa de uma amiga parecia sufocar-me sempre que ele decidia puxar dois dedos de de conversa com qualquer outra rapariga que não eu.
Levantei-me e fui pensar para longe - no consolo de um quarto rosa de padrão floral - estava seriamente irritada comigo mesma.
Fechei os olhos e respirei fundo quando senti uma porta a bater silenciosamente...
(Continua...)