Corre
És inquieto.
Pareces uma criança, olhas-me com intensidade, com brilho no olhar, quase que te leio por dentro, creio que vejo um toque de emotividade na tua alma.
Dou-te a mão e a nossa infância volta!
É isso o amor, não é?
Ter a inocência e sabedoria de que sonhar é preciso para se construir um novo dia, reinventar cada momento, aceitar cada defeito e cada desafio, acreditar que os erros fazem parte, e aos pequenos atritos rirmo-nos com eles. Discutir, bater, brigar e fazer as pazes no minuto a seguir.
É isso mesmo, contigo quero ser criança toda a vida, correr o mundo, contigo a limpar-me as lágrimas quando caio, comigo a dar-te uma palmadinha nas costas quando vences.
Viver um para o outro, um com o outro, sem mau perder, mas sim com um orgulho próprio de quem se ama: «ela é minha namorada», «eu e ele existimos como um nós».
É confiar, sem medos, mas não cegamente. É confiar que podemos construir uma relação de amizade infinita e ainda assim amarmo-nos ainda mais.
Vamos ser crianças toda a vida, pois saberemos dar valor à essência da palavra «amor».
Vamos?
Dá-me a mão!
Corre!