[Cinema] 3 filmes sobre a deficiência.
Beyond Silence
“Beyond Silence” (um filme de 1996) demonstra-nos a importância que existe em ouvirmos o nosso coração e sobretudo não termos vergonha nem pena de nós mesmos.
Este filme conta-nos a história de Lara, filha de pais surdos-mudos, que sempre se mostraram desconfortáveis com as suas limitações, mas sempre apoiados por esta filha que desde cedo aprendera linguagem gestual, comunica com eles, traduz-lhes os programas de televisão e que os incentivava a levar uma vida normal, dentro dos seus possíveis.
O sonho de Lara sempre foi ter uma carreira musical tocando clarinete, sonho esse que os pais de Lara nunca aceitaram da melhor maneira por nunca terem tido o prazer de a poder ouvir, mas podem escutá-la se observarem bem o seu coração e sentirem as vibrações da música que é tocada, pois não é vergonha ver o mundo de forma diferente. É isso que nos desperta e nos faz pensar em “Beyond Silence”, deparamo-nos também sobre tantas curiosidades sobre a audição, a sua importância e ao invés, consequências da falta dela.
Nem sempre precisamos de falar por palavras, pois as coisas verdadeiras sentem-se sem, obrigatoriamente nos expressarmos por palavras, no fundo o mais importante é ouvirmos o nosso coração.
Soul Surfer – Coragem de viver
As barreiras são, na maioria das vezes, criadas pela nossa mente, chamando-as de medo, medo de seguir em frente.
“Soul Surfer – Coragem de viver” mostra exatamente como precisamos de acreditar que somos capazes de fazer o que outrora fizemos, marcando e amando ainda mais.
Este filme conta-nos a história verídica de Bethany Hamilton, campeã de surf e da coragem, que se viu obrigada a mudar a sua rotina desde que perdeu um braço, mas não mudou nem deixou de realizar a sua grande paixão: surfar. E ainda bem que o fez, pois deixa em nós uma mensagem de nos fazer lutar contra o possível e o impossível, de nos fazer lutar pelo prazer que é estarmos vivos e de nos mostrar que o amor é acima de tudo, a força para conseguirmos.
Temple Grandin
Temple Grandin começa o filme por se apresentar: "(...) eu não sou como as outras pessoas. Penso com imagens e conecto-as.", mas miss Grandin não é diferente, ou é porque somos todos diferentes, a sua mente é especial, é muito além do que qualquer mente comum, é interessante, inteligente e sensível. Sim, também sensível ao toque, Templen Grandin tem autismo, diagnosticado aos quatro anos, com um futuro nada promissor, os médicos não davam esperanças que pudesse vir sequer a falar e que o melhor seria o internamento e aí entra a história de todo este filme tremendamente encantador e real.
A sua mãe com toda a coragem e amor lutou por ela e hoje Temple é doutorada e aprendeu em todas as suas fases da sua vida a evoluir à sua maneira e a conhecer a sabedoria e a amizade. Esta conta que embora os autistas sejam sensíveis ao toque quando se encontram mais agitados eles também necessitam de um abraço e por isso criou um máquina de abraçar com a sua gentil inteligência criativa.
Vale a pena assistir e conhecer esta mulher que, na realidade completa 66 anos, e é conhecida por grandes palestras e crónicas em grandes magazines. Porque não é o transtorno que nos faz mas sim a nossa luta!