Lembra-te…
Ouve-me.
Sei que sou tua.
Dou-te o mundo e o outro. Para mim os meus braços são nuvens grandes onde podes descansar o teu corpo e a tua alma. Estarei sempre que precises de mim, de um ombro amigo, de um sorriso ou de chorar todas as lágrimas, mas por favor, faço-te um pedido, dois, três, talvez…
Não me tomes como garantida, não fiques a achar que serei sempre tua, ou boa a vida inteira, se me tomares por garantida e não regares o nosso amor.
Sim, se assim não for de que vale sermos namorados se não formos amigos, loucos como dois irmãos?
Sou da opinião que nunca devemos tomar nada por garantido, tudo nos foge das mãos se não lutarmos!... Até a vida!
Olha para mim.
Não quero presentes caros, não preciso de ir todos os dias jantar fora, não quero que deixes de ter o teu tempo, para o ocupares sempre comigo, não é isso.
É dedicares-te, como o Principezinho dedica à sua rosa, é preciso amar todos os dias, como se não houvesse amanhã, como se todos os defeitos não importassem no dia-a-dia, o amor pode superar tudo isso.
Não supera apenas se achares que o nosso amor é eterno só porque o destino quer! Não! És tu, sou eu, que temos de querer, hoje e todos os dias em que fomos, somos e seremos, duas pessoas que fazem os possíveis e os impossíveis para o amor resultar.
É isso que devemos fazer em todas as coisas da nossa vida, dedicarmo-nos aos amigos, à família, ao emprego, a tudo o que amamos, porque se não amarmos cada gota do nosso sangue, cada pequeno pedaço de um momento a que dedicamos o nosso tempo, então tudo isso será tempo perdido.
Não sou tua, de todo, se não me prenderes em ti e se não te apaixonares por mim todos os dias, se não me conquistares em todos os segundos em que estamos juntos. Lembra-te disso. Lembra-te que não sou eterna, não sou uma garantia ou medalha.
Sou humana… tenho sentimentos, gosto de me sentir bem, amada, de ter retorno no sentimento que em nós nasceu, mas que pode um dia morrer…
Lembra-te…
Ouve-me…
Olha para mim…
Sei que sou tua, mas…
Tu sabes!