[Por aí] Manoel de Oliveira: o espírito jovem partiu.
Colocando os gostos e preferências de lado, pois aquilo que se gosta realmente ou não, não muda pelo facto de as pessoas partirem. A verdade é que Portugal ficou mais pobre ontem com a morte de Manoel de Oliveira, o mestre e cineasta português que para nós é um grande exemplo de que a verdadeira idade não conta, mas sim a idade da alma.
É também a prova que nos tornamos mais jovens quando vivemos de coração e fazemos aquilo que realmente importa, aquilo que na verdade mais gostamos e que fazemos com amor. Também por isso, Manoel de Oliveira soube, com tanta sabedoria, não apenas existir mas viver (no sentido da experiência intensa e interessante) durante estes seus belíssimos 106 anos.
O seu segredo sempre disse: “Parar é morrer e isto é aplicável hoje. O pior de tudo é parar, quer dizer, não se fazerem coisas, não se fazer nada, ficar com medo, retrair-se”.
Por isso, para aqueles que gostavam ou para aqueles que não gostavam do seu trabalho, o mestre Manoel deixou uma mensagem a todos eles, e independentemente de sermos fãs ou não dos seus filmes, ficamos fãs da sua pessoa, com uma alma tão grande e um espírito tão jovem.
Bem-haja Manoel de Oliveira, por ser português e dar a conhecer ao mundo que o seu país também tem grandes lendas, como foi e será o seu caso.
Fonte da imagem: http://estadosentido.blogs.sapo.pt/