Não há finais felizes
Espalhadas pelo chão, fotografias do seu casamento trazem à memória de Susana todas as memórias felizes que ela não permite que sejam novamente sentidas. Com raiva usa uma faca, corta uma por uma, pela metade. Precisa de vingar o seu marido e toda essa felicidade que jamais se permitirá sentir.
Com o seu ar fingido e sensual dirige-se ao pub mais próximo enamorando o primeiro homem que a atrai, travam conversa plena, até que o convite para algo mais íntimo surge.
Oferece a si mesma o direito ao prazer, mas depois de uma noite longa, o seu parceiro sexual é violentamente por ela incendiado.
Fazia isso consecutivamente todas as sextas-feiras, o crime fazia-a sentir-se em paz, sentia que vingava o marido falecido num incêndio de fogo posto. Susana adquiriu uma psicose pós-traumática e depois de presa nunca mostrou arrependimento, só saudade.
No crime nunca há finais felizes, para ninguém.