Em silêncio
Apetece-me deitar sobre as nuvens, sentir-me em toda a minha plenitude e depois, devagarinho voar.
Não quero ir longe, quero ficar perto, voar apenas com o coração.
Não existe amanhã, pois o rio corre lentamente e pede apenas o descanso, descanso da vida que levou no passado, que trouxe consigo nas águas do seu leito. Talvez, talvez também ele gostaria de voar mas talvez não soubesse para onde iria, não tem asas nem pernas para andar, no entanto sabe como correr.
É preciso desligar do tempo que fere, do tempo que destrói, do tempo que mata, é preciso fechar os olhos e deixar cair o esquecimento, somente em silêncio.