Sento-me e sinto.
Sento-me, carrego comigo toda a mágoa que invade o ser humano e questiono-me sobre tudo o que vai na sua alma.
Hoje cansei-me dele, das suas intrigas, hoje tomei o partido da sensatez e sentei-me, onde o sol se põe e a tranquilidade aflora o simples som do mar, flutuante e calmo, constante, mesmo ali à minha altura.
Canso-me demasiado e inspiro como se morresse hoje arrastada pelas ondas, talvez fosse levada para o paraíso, talvez lá a humanidade não cairia no desumano, não falava em tudo e nada, não comentava e não empinava o nariz com autoritarismo.
Estaremos nós loucos? Que se passa? O que aconteceu ao nosso “eu”? À nossa união que fazia a força nem que fosse por um segundo? Que é feito do conceito de “Família”? Mudámos o nosso vocabulário, mudámos as coisas simples para futilidades, em mesquinhices e rancores, expiro, morri…este não é o meu mundo não é, enfim…
Sento-me e sinto-me, sensata.