07
Abr16
Abracei-o
Carolina Cruz
Abracei-o, sem deixá-lo partir, abracei-o como se abraça o tempo e se pede para ficar, ficar no quarto fechado onde só o amor tem espaço e verdade para se habitar.
Era tudo aquilo que queria, mais nada, precisava do seu alento, da sua paz, porque a sua pacatez acalmava a minha energia que teimava em não adormecer.
Eu queria realmente adormecer nos seus braços e sobre um instante de profundo silêncio, dormi de mansinho, aconcheguei-me sobre o seu leito e pude agradecer-lhe toda a eternidade em que existimos, num momento simples e especial, de amor.