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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

26
Fev19

[Ficção] Desculpa, meu amor

Carolina Cruz

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Desculpa, meu amor.
Todas as noites mal dormidas que te dei…
Todos os pedaços imaturos da minha essência e também da minha ausência.
Não soube o que era amar até perder. O ser humano é mesmo assim, não é?
Antes de partir nunca dá valor.
E eu fui embora e deixei-te aí, ao abrigo de lágrimas, sem entender que não foi certo o que fiz, que merecias mais e melhor.
Ainda guardo uma fotografia nossa e quando olho para o teu sorriso não me consigo perdoar. Quem é que eu queria enganar? Não sei viver sem ti, mas agora vivo com esse castigo por te ter feito sofrer. É (tão) bem feito, pelo menos aprendi.
Depois de um ano espero que recordes o que de melhor ficou e que encontres noutro coração o sossego que mereces. Que sejas feliz e amada, como eu nunca te soube amar! Mas nunca duvides que o que sinto, não vou esquecer nunca mais, deixaste marca em mim para sempre.
 
 
 
 
14
Nov17

[Ficção] Desapego

Carolina Cruz

 

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Permito, finalmente, ao meu corpo, libertar-me de ti. A mente, a pele, o coração, o olhar, tudo em mim se esqueceu de ti e é tão bom.
Não há nada melhor que sentir esta (tua) ausência sem dor. 
Já não sinto a necessidade de saber como estás, com quem andas, se já me esqueceste, se tens outro alguém.
Olho para ti e não passas de um mero conhecido. 
É tão bom este desapego. Esta porta que se abre. Esta liberdade que sinto em já não sentir rigorosamente nada mais por ti, nem um pingo de raiva.
Sou livre, estou livre para amar, não me mudaste nem um bocado. Não tenho medo do amor, não tenho medo de me entregar. Sei ser, sei estar e sei que, algures e algum dia, alguém estará de coração aberto para me viver e me sentir, por inteiro.

29
Set17

[Ficção] Desculpa.

Carolina Cruz

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Não me obrigues. Eu não preciso de dizer o que sinto. Eu não quero dizer o que sinto.
Tu sabes, se me amas entender-me-ás através dos meus olhos, que embora estejamos juntos, temos de terminar.
Não me perguntes porquê, não quero dizer-te, sei que a verdade magoa menos que esta ausência de justificações mas por te amar é que insisto em não querer dizer-to. Desculpa, sei que estou a ser injusto e injusto é uma palavra pequena demais para a cobardia que estou a sentir. 
Estou a ser egoísta, estou a pensar apenas e só em mim, mas fica a saber que é para tua proteção. Sei que a verdade seria melhor, que estarmos juntos era o que seria certo, mas não posso. 
Omito tudo o que fui, mas não me esqueço no que me tornei quando estive contigo, nunca me vou esquecer. 
Podes crer que é real este amor, mas há segredos que não posso desvendar, há segredos que são maiores do que a minha verdade.
Acredito que, quando tudo assentar, podemos voltar a ter um “nós” nas nossas vidas, quebrar os nós que deixarei na tua garganta, colar de novo o teu coração. 
Se não pudermos, se não quiseres, se não me perdoares, crê num amor melhor, que não o meu, porque tudo o que desejo é a tua felicidade, mais do que a minha.
 
 

 

02
Set17

O que somos após tudo terminar?

Carolina Cruz

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Somos lume aceso pronto a arder. 
Somos prato servido para ser pó e além da nossa alma que fica no coração dos outros, daqueles que nos amam, nada seremos após a nossa morte. 
Vimos ao mundo para ser, para ousar ser livre, no entanto há sempre algo que nos prende: a ansiedade, o medo, o tempo finito. 
Não há ninguém que não tema a morte, não existe, usamo-la como segurança dos nossos erros ou um escape para quando já não conseguimos viver com as consequências deles. 
Somos nada que é um tudo para alguém. Amamos, profundamente, loucamente, fazemos coisas impensáveis em busca de nos tornarmos eternos para alguém. 
Mas será essa eternidade executável? Verdadeira? Exata? 
Será que não nos esquecerão quando nada restará se não as memórias, se não o tempo da nossa ausência?
Quem somos depois de partirmos? Qual é a definição do amor após só nos restar a alma? É a alma que ama ou o corpo por inteiro?
Há dias em que viver não me basta, por isso vou à procura de razões a perguntas que nunca serão respondidas... 
Nunca? Será? Eu não deixo de pensar, enquanto não tiver respostas! 
O que somos após tudo terminar?
 
 

 

25
Mar17

[Ficção] Dentro da minha cabeça

Carolina Cruz

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Armo-me em forte quando passas por mim, sinto-me altiva, despreocupada, indiferente. No entanto, quando viras costas é quando tudo em mim desaba. Sabes que dentro dessa forma despreocupada o meu corpo treme ao olhar-te, toda eu estremeço ao querer-te de volta, nem que fosse apenas como amigo.
Dentro da minha cabeça tudo acontece, milhares de coisas se movem e na tua ausência choro, choro muito. E ainda que não queira, apetece-me dizer-te que, apesar de tudo, de toda a parvoíce, a irresponsabilidade, a tua indiferença e para mim desapontamento, desilusão, eu ainda te amo, ainda te quero, talvez ainda da mesma forma que queria quando estava sob o teu abraço. É isso que me faz falta. O teu abraço. Dói-me ver-te por aí, com esse teu ar descontraído, feliz, como se não precisasses mais de mim para viver. Será que, tal como eu, isso é apenas uma defesa? Uma máscara onde escondes as tuas lágrimas? Não quero omitir-te mais, magoaste-me sim, mas o amor é mesmo isto, não é? Perdoar, se me quiseres de volta.
Merda, que se lixe o mundo, quero mesmo o teu sorriso de volta, a beijar o meu.

 

 

01
Mar17

Este amor que por ti tenho.

Carolina Cruz

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Este amor que por ti tenho pode não ser a única certeza que me agarra à vida, mas é uma das maiores.
Sei e sinto, que te amo todos os dias e é nesses dias em que eu sou mais feliz, mesma na tua ausência, quero com isto agradecer-te por existires em mim, por ti tenho todos as horas, uma alma contente.
Nunca o coração bateu tão certo e tão forte, nunca o sexo fez tanto sentido, como hoje, como contigo.
Por isso te digo também que não preciso, nem quero, conquistar o coração de mais ninguém com a intenção de o amar. Porque quero e devo, não como obrigação mas como compromisso e amor, de conquistar-te para todo o sempre. É a ti que eu quero conquistar todos os minutos, desejando ser conquistada por esse mesmo tempo, deixar que seja o sorriso mais bonito o que nos contamine de paixão até as nossas mãos dadas estejam envelhecidas, e as rugas atravessarem esse olhar que sorri como na primeira vez, exatamente como na primavera da vida, em que este amor nos torna e nos faz ser.

 

28
Fev17

Eterna

Carolina Cruz

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Sob os olhos chovem lágrimas, que esborratam a cara e sujam a boca.
Não dá mais, não agora. Às vezes precisas de deitar tudo cá para fora, de seres tu, mais ninguém.
Desabafa contigo mesma, porque só tu sentes essa ausência que mais ninguém compreende, essa vontade de ser feliz e que não vem, essa fome de consumir todas as saudades que morrem no peito.
Chora, porque não podes ser forte a vida inteira. Não dá mais. Não agora.
Não deixes que ninguém queime o teu corpo, desejando matar o teu sonho. Tu não estás sozinha, tu és forte, mas precisas de uma pausa. Não dá mais. Não agora.
Mas amanhã, amanhã tudo volta. Amanhã volta essa sede de viver, por ti, mais ninguém.
De lutares por esse sonho que é só teu, de mais ninguém. Não ouças as vozes que, com relutância, te dizem para parar, que não consegues. Eu sei que hoje só as consegues ouvir, que hoje não consegues lutar. Não dá mais. Não agora.
No entanto, diz que as palavras que escreves são o mote para seres feliz, que é esse o teu sonho, que mesmo quando toda a gente te tenta deitar abaixo, tu levantas a cabeça após caíres e lhes dizes que as palavras que dás o mundo também são a tua forma de agradecer e dar alguém essa alma forte que tens, mas que hoje não dá mais. Não agora.
Não precisas de ser forte todos os dias da tua vida, também precisas de cair para te segurares, também precisas de perder para ganhar, de chorar para amanhã mostrares que esse teu sorriso valeu todas as lágrimas.
Não chores mais. Não agora. Levanta, voa, vive essas palavras, que são quem tu és, a simplicidade de um lugar melhor, de um coração que sangra por viver e amar demais.
Não te lamentes por ele ser tão sentimental e tem a noção que é isso que te torna especial, eterna.

 

 

02
Fev17

[Ficção] Esta tua ausência

Carolina Cruz

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Esta tua ausência que me mata.
Esta tua ausência que vive numa saudade infinita, numa presença distante que não perdura.
Um amor que morre no meu peito mesmo antes de ter nascido.
Esta inconstância de te ter tido apenas numa noite não deixa o amor que sinto por ti terminar, há uma sede interminável de te ter.
Se ao menos eu te pudesse escrever, mas não tenho contacto nenhum teu, quero sonhar que te tenho e ter-te na realidade de um sonho teu,
Porque só uma noite não chega, pois um dia pode ser tarde demais.

 

 

22
Jan17

[Cinema] Bravetown

Carolina Cruz

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Há marcas de guerra e de saudade que deixam marcas para sempre, há pessoas que não voltam e outras que não conseguem refazer as suas vidas na sua ausência.
Outras há que estão presentes, mas ainda assim sempre ausentes, desejando a cada segundo a ausência ou a indiferença da presença de quem lhes deveria ser tão querido.
Tristezas há em todas as famílias, quanto mais não seja quando se chora a morte de alguém, mas há famílias que nem se deviam chamar como tal.
Toda a história que não se sabe contar é uma ferida aberta no peito, é por isso que custa traduzir por palavras, é uma dor que afinca o peito e traz um aperto na garganta. Nunca se sabe como reagir perante nós mesmos, muito menos com os outros.
Sabe-se bem que o segredo é confiar mas em quem? Um dia alguém surge para mudar essa maneira de ser, para ajudar a transformar essa dor em vitória, e pesadelos em boas formas de aprendizagem, aprendemos a partilhar com alguém a nossa dor e então tudo se torna mais leve, como se de uma dança se tratasse.
A mudança na vida de Josh muda, sem conta (mais tarde, de forma intencional) a vida de quem se cruza no seu caminho, acreditando sempre numa máxima muito conhecida de que “há males que vêm por bem”.
Um drama que levamos de um início ao fim, sempre com motivação!
Um filme com um bom ritmo para um passo de dança no sofá a um domingo à tarde!
Vejam, vale a pena!

 

13
Jan17

[Ficção] Uma fronteira que nos separa

Carolina Cruz

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Há uma fronteira que nos separa. No dia em que devíamos fazer cinco anos juntos. Podíamos estar unidos, mas não, nada disso. Eu simplesmente limitei-me a perder-te. Como pude descer tão baixo, não te querendo? Ter-te desrespeitado? E… mesmo depois de me teres perdoado, eu não te ter aceitado de volta?
É verdade, eu mereço, sim. Mereço toda esta ruína em que se tornou o meu mundo.
No fim de tudo, bati no fundo. Percebi que era contigo que queria e quero estar, mas não posso, não te mereço como antes, nunca te mereci, na verdade.
Passaram cinco anos desde o primeiro beijo, o melhor em toda a minha vida, sei-o, simplesmente porque o aperto do peito só se sabe recordar dele a cada momento em que bate.
Para além do teu sorriso que me paralisa para o qual olho todos as noites, em todas as fotografias que tirámos.
Hoje sei o quanto cresci com o sofrimento, com a tua ausência, já não sou o miúdo estupido que te deseja apenas, mas que te ama por inteiro.
No entanto, a vida quis assim, que me separasse de ti, que me fizesse perceber o quanto és bonita e o que eu perdi.
Só lamento isso, tudo isso.
 

 

 

 

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