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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

29
Abr17

[Ficção] Trouxeste o inverno à minha alma.

Carolina Cruz

Neve Caindo Blog Tumblr.jpg

 

Neste momento, se não te tenho, então não quero mais ninguém.
Envolvo-me entre a roupa, debaixo dos meus cobertores quentes, porque o frio do inverno arrefeceu o meu corpo e, a tua ausência, arrefeceu a minha alma.
Trouxeste o inverno à minha alma.
É impossível não entristecer quando era contigo que me imaginava aqui debaixo, de mãos entrelaçadas até elas ficarem repletas de sabedoria, enrugadas e cheias de amor.
No entanto, naquela manhã tu partiste sem querer me dar satisfações, sem dizeres porque foste. Todo esse amor que anotaste na carta escrita e perdida no passado, não passou de uma mentira e, o amor que hoje sinto, não passa de uma desilusão.
Por isso, relembro tudo como se de um sonho passado se tratasse, como se todos aqueles lugares em que estivemos, todas as conversas partilhadas, todos os beijos ou todo o sexo não passaram de um prazer decidido do meu inconsciente, que acordou esta manhã.
Quero. Juro que quero mesmo levantar-me daqui, sair, seguir em frente. No entanto, uma parte de mim sabe que tudo foi verdade, e é essa consciência que me resiste e que me faz render. Apetecia-me acordar noutro lugar e acreditar que a vida ainda vale a pena, que o meu sorriso encontrará alegria em outro olhar. Será?

 

 

18
Abr17

18 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

“Pois merecemos. E termos um final feliz é aceitar que não temos mais nada a ver um com outro a não ser nas memórias. Iludi-me sim, sonhei muito alto, perdi-me no teu corpo, soube-me bem, senti prazer. No entanto, tenho maior prazer ainda em dizer que me desiludiste, o tempo muda as pessoas. Já não és o meu Manel do passado. Perdoo-te sim, ao fechar os olhos e lembrar que o que passou não passou de uma história terminada. Se eu tinha dúvidas hoje não as tenho mais. Tu adoras a sensação de me teres a teus pés, não a minha pessoa propriamente. Não nego nem duvido que me tenhas amado, mas mudaste. E não é a tua pessoa que eu quero na minha vida. Poderei cumprimentar-te, tomar café quando regressar a Portugal, somente isso. Amizade, nada mais. Perdoo-te sim e agradeço-te por teres-me ajudado a virar a página.
Sê feliz, beijinhos”

Casal-se-beijando.jpg

 

Bloqueou o telemóvel e dirigiu-se à cozinha. John que se encontrava a escorrer a massa, recebeu um abraço. Sara abraçou-lhe as costas. Ele virou-se num repente delicioso.
- Vou dar o meu melhor. Virei a página. Agora, serás a única pessoa que eu hei-de querer ler. Vou fazer por merecer o teu amor. Por inteiro. Sei que dói, mas vamos fazer por isso?
John sorriu, olhou-a e só conseguiu beijá-la.
- I love you. – disse ele.
- Me too.
Sara voltou a Londres, aos recitais de Shakespeare, à enfermagem e nos braços de John manteve o seu sonho. Não há destino se não seguirmos os nossos sonhos, não há destino se os sonhos dos outros mudaram e só um fala de paixão, de amor, ou de futuro. Só existe destino, se ambos quiserem. Sonhos morrem e nascem todos os dias. Os verdadeiros, os nossos, permanecerão.

 

(fim.)

01
Jul16

Quero o sol.

Carolina Cruz

17.jpg

 

 

Quero o sol, os banhos de calor, os beijos salgados e os momentos que nascem para jamais morrerem.
Tenho saudades de partir, de viajar, de lutar pela liberdade e conhecer novos caminhos para ser feliz.
As noites são sonhos e o calor aquece os corações, as mãos dadas e os sorrisos cantam.
Os lugares parecem ter uma maior beleza e os sentidos que lhe damos é maior.
No Verão a esperança muda e os dias parecem não ter fim.

22
Jun16

Nós somos assim

Carolina Cruz

7.jpg

 

Nós somos assim: corremos mundo de mãos dadas, lutamos e não nos cansamos de envolver-nos no respeito, o nosso "sim" é à vida e àquilo que sentimos, que eu sinto ser eterno, a nossa loucura é o nosso amor.
Como desejo viver e envelhecer a teu lado. Há sonhos que permanecem para sempre, esse jamais poderá morrer enquanto a teu lado estiver e eu sei, sinto, que sempre estarei.
Meu amor não tem fim, envolve-se em sorrisos, em beijos, em doçura de ser.
Não preciso de mais nada quando tenho teu abraço, quando no teu ombro posso descansar minhas tristezas e contentar minhas alegrias.
Tornaste-te, és e serás o melhor de mim.

08
Jun16

[Completas-me] Com Titi

Carolina Cruz

Hoje a nossa convidada de "completas-me" é a Titi, do blog "Em nome do amor", que é uma pessoa com quem eu me identifico bastante, na forma de escrever e de sentir.. Passem no blog dela porque é maravilhoso o que ela escreve! Entretanto leiam o que escrevemos em conjunto:

 

Texto da titi.jpg

 

"Há muito que os nossos olhares se cruzaram. Naquele dia, embriagados pelas luzes de uma noite de festa e uma roda gigante de pessoas barulhentas. Abeiraste-te de mim e num inocente gesto, ajoelhado aos meus pés "queres casar comigo?". Nada aflita agarrei a tua mão e dançamos noite dentro. Como se aquilo significa-se "sim", e eu nem te conhecia. As estrelas estavam a conspirar a meu favor. E eu adorei. Detestava passear de mãos dadas contigo pela rua. Eram raras as vezes que te agarrava. E te beijava publicamente. Dificilmente declarava o meu amor por ti. Era livre. Espontânea. Divertida. Amarga. Estranha. Era no fundo estranhamente eu, fiel a mim, e à nossa perfeição. Não me preocupava que nos achassem estranhos de nós. Porque os estranhos eram eles. Invadiam o nosso café, com os seus beijos melosos e os abraços que não se descolavam. O meu olhar perplexo colava-se neles, e quase me distraía de ti. Como eu gostava do nosso amor livre. Eu saía com os meus amigos e tu com os teus. E no dia a seguir a saudade até parecia maior. Queria correr para te contar como senti a tua falta, como me senti incompleta sem estares ali. Era como se todos os dias te amasse de novo, mas melhor. Os castelos encantados. As noites quentes. O brilho no teu olhar. As saudades que eu tenho daquele amor, de nunca te disse, mas que era só nosso, que me deixa estranhamente apaixonada por ti. Até hoje. E até sempre. Porque te amo. E tu amas-me?"
Amas-me? Mesmo depois deste meu ar frio e cruel de te querer tanto sem te abraçar? Pareceu-me que a tua partida foi desmedida, sem pensares realmente que no meu jeito livre eu também tinha sentimentos, exatos, paralelos e imediatos, fortes, acolhedores, mas… caramba! Sempre foi a minha maneira de ser, porque haveria de mudar por ti? Se nem acolheste bem este meu jeito de ser, se não amaste os meus defeitos tanto quanto amaste as minhas virtudes. Eu sei que no fundo amaste, eu sei que amaste, mas deixaste-te levar pelos comentários baixos de quem dizia amar-te mais que eu, porque o provava em cada gesto exagerado.
Em todos os sorrisos cínicos que ela te lançava, em todos os abraços pouco sinceros, nos beijos exagerados que ela te deu, nada provou, ela não te amou mais que eu… Tanto que hoje estás sozinho. Porque ela só queria o que lhe podias dar, é essa a nossa grande diferença entre nós, eu só te queria a ti, só a tua presença bastava-me, fazia-me bem à alma, ao coração. Diferentes pessoas demonstram de forma diferente o seu amor, não que amem menos. Foi o meu caso.
Eu que não queria sofrer de amor, despedacei por completo todas as partículas do meu corpo, mas não me vou ajoelhar a teus pés, implorando que voltes, foste tu que partiste.

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