De volta a casa
Amo-te, sabes disso.
Amo-te, como se esse amor me viesse inteiramente das entranhas, loucamente da minha alma, que é zero e nada sem ti.
Amo-te. Estupidamente. Tanto que choro todos os dias com medo de te perder.
Como pode um sentimento destes caber no nosso coração?
És quem faz o meu sangue correr, os meus lábios sorrir e o meu corpo viver. Mais do que prazer, a tua sábia forma de me amar deixa-me inquieta, faz-me querer mais, faz-me desejar mais, alcançar todos os sonhos e voar.
Vamos voar?
Sim, sem medos.
E sabes porque voo sem medos? Porque és o meu chão.
Se cairmos, vamos juntos.
Contigo, não tenho receios, porque infinitas vezes trocámos de roupa, de alma, de rosto, mas não trocámos o nosso amor e ainda que estejamos separados, sei que o destino vai trazer-nos sempre de volta a casa.
E essa casa é o que sentimos.