O amor faz-nos dementes, transcende o imaginário, assola-nos. O amor é o motor da nossa vida, do nosso corpo, da alma, daquilo que somos. Porém, nem todos compreendem o caminho que o amor nos faz seguir, não há passado, presente, nem futuro que os façam entender. O amor abraça-nos, torna-nos mais leves, mas também nos mata… “Pedro e Inês” é um filme poderoso, que tal como o amor nos transcende, nos movimenta, nos apega e nos aprisiona! Baseado no romance de Rosa Lobato Faria intitulado “A trança de Inês” (o qual ainda não li, mas tenho bastante curiosidade), realizado e produzido por António Ferreira, é carregado de poesia e alguns talvez não entenderão a sua complexidade bonita. Continuo a dizer que temos muito boa produção em Portugal, que devíamos dar-lhe mais valor! Eu adorei e vocês já viram?
Netflix, obrigada por existires! Mais um filme cliché talvez, mas que adorei imenso, porque tem uma mensagem poderosa!
"Sierra Burgess Is a Loser" é um filme original da Netflix, que nos fala sobre estereótipos, amor e beleza interior. Um rapaz bonito e interessante quer conhecer a rapariga mais popular da escola e pede-lhe pessoalmente o seu número só que esta engana-o, dando-lhe outro número que não o dela. De quem será esse número? O que irá acontecer? Jamey engana-se diariamente e apaixona-se por alguém que julga que conhece, a pessoa com quem troca mensagens é bonita, inteligente, com quem conversa horas a fio sem se cansar, ela é apaixonante... Mas quem será? E quando ele souber a verdade? Um filme divertido e comovente, que nos fala ao coração sobre a amizade e a forma de ser de cada um, demonstrando-nos que somos importantes à nossa maneira.
Curiosos? É só procurarem na Netflix, que vão adorar!
“A todos os rapazes que amei” chegou finalmente à Netflix e o filme está estupendo, bastante fiel ao livro, sem tirar nem pôr. As personagens são divertidas, bem caracterizadas e deixam-nos a suspirar! O filme está tão bem feito, divertido e tão cheio de emoção, que mesmo quem leu os três livros ficará ansioso com a história e quer ver se o final bate certo. A nossa querida Lara Jean é interpretada por Lana Condor, que é doce, doce, doce, caracterizando maravilhosamente bem a nossa personagem principal, o Josh também e o Kavinsky ainda melhor. Após ler os três livros, senti uma necessidade de ver o filme mal ele saiu, tamanhas eram as saudades. Nunca vos aconteceu? Afeiçoarem-se tanto a uma trilogia que sintam falta das personagens como se elas fossem pessoas na vossa vida? Pois bem, é o que sinto! Adorei o filme e não tenho nenhum ponto negativo a apontar! E espero que venha a continuação… não pode ficar assim! Para quem gosta de filmes românticos e igualmente divertidos não deixem de ver este! Como mencionado em cima, encontra-se disponível na Netflix.
Dizem que o amor salva, que o amor cura, que o amor é vida. Pode ser realmente, se o virmos como tal. Porém a mente humana, deturpa-o, torna-o obsessivo, doentio, soberbo... e quando julgamos amar intensamente, podemos enganar-nos, vivendo em absoluto um amor que não é saudável. "Abzurdah" fala-nos de uma história real, sobre Cielo, uma jovem bonita, que se apaixona por um homem mais velho, que conhece na internet. Alejo é um homem dez anos mais velho que a sabe seduzir, mas o amor que Cielo sente por ele não é totalmente correspondido. Achando que esse amor não é correspondido pela sua forma de ser, do seu fisico, Cielo deixa de comer, e tenta assim, pondo a comida de lado, chamar a atenção de uma vida perfeita e de Alejo. O que será que irá acontecer à sua vida? Uma história verdadeira que nos deixa inquietos, que nos magoa, que nos deixa a pensar. Um filme que nos prende do início ao fim. Disponível no Netflix.
Mais uma leitura indispensável e um filme maravilhoso! Baseado no livro com o mesmo nome (“Amar-te à meia-noite” em português), este filme tem um toque juvenil e divertido, enquanto se fala de algo bastante sério. Kate sofre de XP, uma doença que a impede de estar exposta ao mais pequeno raio de sol, sofrendo queimaduras graves e consequências fatais. Kate vive com o pai, viúvo, que dá a vida por ela, é um pai dedicado e com quem ela tem uma relação bastante próxima. Porém, ela tem um sonho, o mesmo sonho que a fez ultrapassar os anos a fio passados em casa – a música. E Charlie, o rapaz dos seus sonhos. Tudo muda no dia em que terminam o secundário. Convencendo o pai, Kate consegue ir tocar guitarra à noite para a estação de comboios, onde o destino cruza o seu caminho com o de Charlie. Um amor livre, juvenil, poderoso, que nasce entre os dois, o que nos prova que o amor e aquilo que sentimos é muito maior e mais importante que a nossa condição. Uma história maravilhosa, de superação, amor e amizade. Aconselho vivamente o filme, mas é claro, aconselho que leiam o livro primeiro!
Uma das coisas que eu não perco por nada, fiquem a saber, são os filmes dos livros que li, há quem diga que não gosta de ver, nem de comparar, mas eu tenho de o fazer impretivelmente. Gosto de comparar as personagens que crio na minha cabeça com as do filme, gosto de ver o que leio, interpretado. Porém e é claro, há filmes que nos desiludem, que perdem a clareza do livro e alguns detalhes importantes da sua história. Mas... "A cada dia" foi um filme extraordinariamente bom e que soube homenagear de forma maravilhosa o livro de David Levithan no qual é baseado, a prova disso é que durante o filme senti-me ansiosa como se não conhecesse o final e emocionei-me como se fosse a primeira vez que conhecia a história. A história fala-nos de A. uma alma que acorda num corpo diferente todos os dias, tenta não se afeiçoar às pessoas que o rodeiam, conformando-se com a sua vida, até ao dia em que acorda no corpo de Justin e conhece a sua namorada - Rhiannon - e tudo muda. Uma história belíssima, um romance incomum que nos mostra que o amor não é uma questão física, mas de olhar e coração. Um filme que nos prende ao ecrã!
Mais um filme pouco conhecido, daqueles que vocês sabem que eu adoro falar-vos e comentar convosco. “Aşk tesadüfleri sever”, com tradução em português de “O amor gosta de coincidências” é um filme turco, de 2011, que nos fala sobre o amor, a família e as coincidências da vida e do destino, pelos quais também somos um pouco (ou muito) responsáveis. E somos responsáveis sim, pelas nossas atitudes, não basta apenas amar, amar somente não interessa, interessa as atitudes, as ações, as palavras ditas com o coração, o sentir mas sobretudo o demonstrar que sentimos. Acredito que as pessoas não aparecem nas nossas vidas por acaso e não é ao acaso que tudo acontece, mas acontece também porque desejamos que aconteça e por deixarmos que aconteça. Porém também acredito em coincidências e no que toca ao amor podem ser e são muitas vezes surpreendentes. “O amor gosta de coincidências” fala-nos ao coração, leva-nos a questionar muita coisa, sobretudo a nossa existência e o seu valor, as relações pessoais e amorosas, o perdão e a dor. Deixa-nos questões fundamentais quando se ama alguém:
“Quando foi a última vez que tremeste por dentro ao tocares em mim? Algum lugar te pareceu mais bonito só porque eu estava lá? Já te sentiste realmente feliz só, e apenas só, porque eu estava contigo? Um momento fugaz juntos alguma vez significou tudo para ti?”
Refletindo assim, o que é verdade, nem sempre amar basta, precisamos de intensificar e cuidar do nosso amor diariamente. Se nada é para sempre, porque não fazer durar e conquistar todos os dias quem amamos e o que desejamos? Vejam, porque se gostam de filmes que vos fazem pensar, chorar e sorrir de emoção, este é um deles!
"Butterfly dreams" é um filme baseado numa história verídica e é dedicado a todos os poetas esquecidos. Este filme conta a história de dois jovens que, na segunda guerra mundial, são obrigados a trabalhar nas minas. Tudo parece demasiado pesado, o trabalho ardúo, as doenças, mas é o amor que torna mais leve a vida malvada destes dois amigos. Ao apaixonarem-se pela mesma rapariga competem entre si qual lhe escreve o melhor poema, por qual é que ela se apaixona primeiro através da poesia. Uma história arrebatadora, crua, dolorosa, poética misturada com sorrisos, gargalhadas e uma dose elegante de amor e amizade. Um hino e uma homenagem a todos aqueles que lutaram para serem poetas numa época em que a educação era apenas para ricos e a alfabetização era escassa. Um filme pouco falado (como os que eu gosto de ver e de vos apresentar) que nos arrebate. Está disponível no Netflix Portugal e acho que não deviam perder!
"Até aos ossos" é mais uma criação estupenda do Netflix. Um filme original com Lily Collins como protagonista brilhante e poderosa. Este filme aborda um tema, infelizmente, muito comum nos nossos dias - a anorexia. Ellen é anorética e vê a sua doença cada vez mais avançada, quem a rodeia está completamente alarmada, mas Ellen não tem esperanças de melhorar até encontrar um médico pouco convencional que a procura ajudar. Esta passa a fazer parte de um grupo e a viver com outras pessoas que vivem com o mesmo tipo de doenças e é aqui que a sua vida parece mudar. Surgem novas amizade, uma muito especial. Porém, Ellen, não sabe lidar muito bem com os seus sentimentos e isso não a ajuda a melhorar o ambiente que a rodeia. Conseguirá Ellen mudar como se sente? Vencer os seus medos e fantasmas mais dolorosos? A sua doença? Aconselho-vos vivamente a verem este filme. É um filme que nos faz pensar e refletir sobre a nossa autoestima, sobre o nosso valor e amor-próprio que é tão importante para darmos também importância à vida.
Já há alguns dias que vi este filme e ainda não tinha comentado convosco a minha opinião sobre ele. É um filme bastante falado e premiado este ano e que, na minha opinião, é bem merecido. É um filme aberto, sem receios, sem dramas, despido e completo, na nudez do ser humano e do amor. Porque o amor é mesmo isso não é? A nudez da alma, o coração por inteiro. Não importa se é entre homem e mulher ou dois homens. O amor não tem cor, não tem idade, nem sexo. O amor é um sentimento simples, bonito e não deixa de ser bonito por ser dito diferente. E é feio dizer-se que um amor é diferente. Porquê? Se o que sentimos transborda no peito? Para quê nos magoarmos ou escondermos o que sentimos com medo do que a sociedade pode pensar? Foi este pensamento que "Call me by your name" me trouxe. Aquilo que une dois seres humanos ninguém tem que crer ou querer saber, é simplesmente seu e único, bonito, belo e feliz. O primeiro amor marca-nos para sempre e o primeiro amor de Elio será o seu amor para a vida toda, quanto mais não seja na lembrança, pois Oliver mudou a sua vida e a sua forma de pensar. Uma longa-metragem que nos faz debater sobre temas importantes e ainda tabus na nossa sociedade fechada. Fala-nos também sobre o apoio parental e a amizade. Eu adorei e recomendo.