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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

29
Set17

[Ficção] Desculpa.

Carolina Cruz

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Não me obrigues. Eu não preciso de dizer o que sinto. Eu não quero dizer o que sinto.
Tu sabes, se me amas entender-me-ás através dos meus olhos, que embora estejamos juntos, temos de terminar.
Não me perguntes porquê, não quero dizer-te, sei que a verdade magoa menos que esta ausência de justificações mas por te amar é que insisto em não querer dizer-to. Desculpa, sei que estou a ser injusto e injusto é uma palavra pequena demais para a cobardia que estou a sentir. 
Estou a ser egoísta, estou a pensar apenas e só em mim, mas fica a saber que é para tua proteção. Sei que a verdade seria melhor, que estarmos juntos era o que seria certo, mas não posso. 
Omito tudo o que fui, mas não me esqueço no que me tornei quando estive contigo, nunca me vou esquecer. 
Podes crer que é real este amor, mas há segredos que não posso desvendar, há segredos que são maiores do que a minha verdade.
Acredito que, quando tudo assentar, podemos voltar a ter um “nós” nas nossas vidas, quebrar os nós que deixarei na tua garganta, colar de novo o teu coração. 
Se não pudermos, se não quiseres, se não me perdoares, crê num amor melhor, que não o meu, porque tudo o que desejo é a tua felicidade, mais do que a minha.
 
 

 

04
Mai17

[Ficção] Da minha história

Carolina Cruz

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É isso mesmo, o que o Diogo Piçarra já escreveu: “Sempre serás o fim e o início da minha história”.
És sim, sempre serás.
És o meu início porque sempre sonhei contigo. Mesmo sem te conhecer, era contigo que eu sonhava, como alguém como tu, para me viver, para me amar por completo.
Sim, também serás o meu fim, porque mesmo encobertos deste nojento orgulho perverso e autodestrutivo, sabemos que seremos sempre parte um do outro, da história pessoal de cada um, de cada coração que bate em nós.
Nunca te agradeci. Não. Fui cobarde em não ter gratidão suficiente para manter esse amor que construímos, essa mesma história que virou passado. Desculpa, em vez de me desculpar, devia agradecer-te. Eu nunca mereci cada pedaço de sonho que viveste do meu lado e agora eu vou morrer sozinho, sem ti.
Desculpa, peço-te, por não te agradecer. Mas é em vão. Neste orgulho que me invade eu nada sou sem ti. Morrerei incompleto.
Quem sabe noutra vida, renasceremos nesse amor que outrora foi nosso e nos apaixonaremos de novo, de mãos dadas e de gratidão amarrado ao peito.
Ainda assim aceito que se vieres estarei de braços abertos, sem nunca te abandonar. Errei mas nunca deixei de te amar.

 

 

20
Nov16

[Ficção] Não conheço a existência do amor

Carolina Cruz

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Segredaste-me ao ouvido. Um sorriso.
Tenho saudades desse segredinho. Prometeste não ficar mas ser, sentir.
Prometeste não ser igual, a ter uma razão e usar da simplicidade e com que sentido?
Nenhum, és cobarde e o que te peço é distância, afinal de contas somos diferentes… Percebi isso agora, hoje sim voltei a cair na realidade, como diz Alberto Caeiro "sei da verdade e sou feliz".
Prometi a mim mesma não voltar a verter nenhuma lágrima por amor algum, porque afinal de contas não conheço a sua existência.

 

 

(Fotografia do filme "Blue Valentine")

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