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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

08
Dez17

[Cinema] O fim da inocência

Carolina Cruz

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"O fim da inocência" é um filme de Joaquim Leitão, baseado no livro com o mesmo nome, da autoria de Francisco Salgueiro. 
É aqui que começa a minha primeira crítica na frase "baseado no livro de..." 
É baseado, sim... mas um pouco (ou ligeiramente) baseado. Porque quem leu o livro sabe do que estou a falar. 
Não quero com isto dizer que o filme está péssimo, não... nada disso! Porém, quem conhece a verdadeira história da Inês, escrita na primeira pessoa (baseada em factos verídicos), por Francisco Salgueiro, sabe que a Inês não é inicialmente tão inocente como a do filme.
Pode ser a Inês do filme onde a sua primeira vez não é (de todo) um sonho, mas por aí a diante, há muitas falhas em contar, no filme, a verdadeira história real de Inês.
O fim da inocência, tanto o livro como o filme abordam o viver no limite do risco dos jovens portugueses. Falam-nos de Inês, a menina perfeita, filha de gente rica, da linha, mas que de certinha não tem nada, pois vive intensamente num mundo do sexo, alcóol e drogas que os pais nem tão pouco imaginam existir na vida dos filhos. 
E é enquanto, não mãe, mas educadora, que denoto aqui a minha opinião de que enquanto o livro educa no sentido de alertar para o cuidado a ter, por exemplo com as doenças sexualmente transmissiveis ou os efeitos a longo prazo das drogas, o filme parece-me adverter pouco nesse sentido.
O livro adverte muito mais para esse facto e não querendo entrar com spoilers, ao contrário do livro, o final do filme é um pouco ou bastante mais leve do que o final verdadeiro de Inês. 


Mais uma vez não quero com isto dizer que não gostei do filme, mas a certo ponto desliguei-me um pouco do que tinha lido há uns anos e pensei para comigo "estou a assistir a outra história, embora idêntica" e o filme está bom.
Está bom, no sentido que não nos poupa a mostrar a crueza das cenas, começa por chocar, de forma forte e feia, e isso é bom, e também um alerta. 
Tem uma boa caracterização, um bom elenco e descreve de forma pura e dura, a nudez, não só a nudez dos corpos mas a nudez de mente pela qual se caracteriza a maioria (não generalizando é claro) da sociedade e dos nossos jovens de hoje em dia. 

Quero terminar dizendo, para verem o filme, se suscitar interesse da vossa parte, mas muito mais importante que isso, continuo a dizer, é lerem o livro. 

 

 

 

21
Dez16

[Completas-me] com a Marina

Carolina Cruz

É com todo o prazer que hoje trago a simpática Marina, do blog "O olhar da Marina" para comigo contar uma história sobre amor verdadeiro. Espero que gostem do texto tanto como eu gosto da Marina (ainda não visitaram o blog? Tratem disso!).
Aqui vai o nosso texto a duas mãos. 

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“Ele olhou para mim e de repente o meu sorriso desapareceu pois eu notava que aquele olhar estava cheio de perguntas, cheio de sentimentos, ele parou nesse instante analisando o meu rosto e eu virei a cara para ele não perceber, reagindo friamente.
Ele aproximou-se de mim como que em câmara lenta “porque é que não o viste antes assim?! agora tudo está perdido, não vale a pena”, e sem querer uma lágrima escorreu me pelo rosto.
Ele olhando me nos olhos acariciou-me o rosto limpando a lágrima que me caia, eu baixei a cabeça e ele gentilmente pegou no meu queixo com suavidade e aproximando-se de mim beijou-me lentamente os lábios, quase que podia sentir a minha cabeça a explodir de tanta paixão, sentimentos escondidos e reservados que naquele momento
ganharam vida.
O beijo foi cada vez mais ganhando vida, e passou de um beijo lento e suave a um beijo mais desesperado e intenso. Eu correspondia, pois nesse momento ambos descobrimos que apesar de todos os obstáculos, apesar de tantos erros, apesar de a vida por vezes querer que nos afastássemos, nós estávamos completamente apaixonados e nada poderia nos separar naquele momento, porém…” ainda eramos o típico casal “Romeu e Julieta”, ainda que apaixonados e jurando amor eterno, tínhamos de o fazer em segredo, porque se o meu pai descobrisse e o dele estávamos bem lixados, tínhamos de, tal como num filme, morrer por amor.
- Receio perder-te de novo. – Disse-lhe.
- Isso não vai acontecer, não agora, nunca! – Respondeu-me. – Se eu tiver de dizer ao mundo que te amo, nada me poderá impedir de o fazer, nem os nossos pais.
Júlio era indiano, e fugira ao seu casamento prometido pela sua cultura e eu, portuguesa de gema, de uma família endinheirada, devia estar casada com um empresário ou um médico de eleição, mas não, em plenos 34 anos permaneço aqui, a escolher o amor, mesmo depois de todas vezes em que neguei a mim mesma, gostar de alguém como ele. Como ele? O que ele tinha a menos que um médico de sucesso? Talvez dinheiro, mas isso não era nada comparado com as horas de amor a mais que podia ter comigo, do tempo que dispensaria a amar-me e não a ter-me como apenas mais uma medalha na sua vida tão conceituada. Não, mesmo que me dissessem que morreria se escolhesse com ele ficar, eu continuava a querê-lo, sem sombra de dúvidas. Mas eu não iria morrer. Eu iria amar o homem a quem prometi, sem saber outrora, anos da minha vida e, então, sendo amor, amor verdadeiro, essa força sobre-humana, ninguém podia (de)terminá-lo, nem mesmo a morte.
Por isso após recear, recomecei uma nova vida fora da minha zona de conforto, a zona de outrora, porque junto de quem menos julgaram estar junta o meu conforto renasceu e, hoje eu sei ver no amor, o caminho para a felicidade.

 

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12
Dez16

[Por aí] "Amanhã? Talvez. Quem sabe?"

Carolina Cruz

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Para quem me lê diaramente sabe, concerteza, que adoro inspirar cultura na minha vida. O teatro não é excepção, adoro teatro e gostava realmente de poder vê-lo com maior regularidade. No entanto, nem sempre isso é possivel. Este sábado foi possível, e é sobre ele que vos venho falar.

 

"Amanhã? Talvez. Quem sabe?" é uma peça bastante divertida! Que tem um elenco talentoso e fenomenal e, mais fenomenal ainda é que, de entre risadas e uma cumplicidade bastante visivel em palco, este grupo de teatro de Taveiro "Loucomotiva" fala-nos sobre a diferença, trabalhando-a em palco, sem medos, sem receios, sem barreiras, e o protagonista desta realidade é o ator Paulo Azevedo, que se apresenta claramente como é, sem as suas próteses, em pleno palco, onde, na verdade, parece ter nascido.

Este teatro tem uma história bastante divertida, que conta que "esta companhia foi destacada pelo presidente da Republica, atribuindo-lhe um único subsídio destinado ao teatro por parte do Ministério da Cultura." O que é que será que eles irão fazer? Faltam 12 meses, 12 meses que passam a correr, tanto que parecem caber numa hora. 

A peça esteve em cena este sábado, dia 10, mas continuará nos dias 17 e 18 de dezembro na "Loucomotiva" em Taveiro.
É, na minha opinião, uma peça que serve não só para soltar gargalhadas, rir até não poder mais, mas também para aprendermos a olhar a diferença como algo natural à vida do ser humano. Porque afinal somos todos diferentes e especiais à nossa maneira, não é verdade?

Vou deixar-vos com um video promocional da peça, para perceber o quão divertido poderá ser o vosso serão, se escolherem assistir à mesma! Sobretudo, malta de Coimbra, não percam esta oportunidade!

 

 

 

(Fotografia retirada da página do ator Paulo Azevedo e video da página da companhia, mencionada anteriormente)

09
Out15

[Por aí] Miguel Araújo no Conservatório de Coimbra

Carolina Cruz

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Não é novo que Miguel Araújo é o meu cantor de eleição. 
As suas letras são uma verdadeira obra-prima, a sua voz é inconfundível, o seu sentido de humor é irreverente e o seu talento move mundos, enche plateias dos 8 aos 80 anos. 
Miguel Araújo é, sem dúvida, um dos cantores mais aclamados de hoje e não é por acaso, tem provado de dia para dia ser um artista completo, por todo o trabalho que tem vindo a realizar. 
Continuo a dizer que os verdadeiros cantores provam-no apenas com uma guitarra e voz, sem qualquer outras edições e o concerto que assisti ontem no Conservatório de Coimbra só veio provar (ainda mais e como se fosse possível ainda não haver certezas disso!) que é incondicionalmente o melhor artista do momento, a meu ver e creio também ao olhar de muitos. Proporcionou uma noite memorável, enriquecendo quem o ouvira, sabendo sempre a pouco!

Continuo a felicitá-lo e a parabenizá-lo pela sua humildade e talento. Mil vénias a este senhor!

29
Ago15

[Resenha] Cidades de Papel - Livro e cinema

Carolina Cruz

"Cidades de papel" é um livro de John Green tão autêntico que nos leva a viajar.Cidades-de-Papel.jpg Viajar dentro da nossa própria consciência, do que somos e do que é a vida. 
Este best-seller de John Green conta-nos a história de Quentin, um jovem tímido desde sempre apaixonado pela sua vizinha Margo, uma aventureira misteriosa que o leva numa viagem pela autenticidade da vida e das suas raízes. Nesta viagem, Quentin aprende que é muito mais capaz do que julgava ser e Margo ensina-lhe não só o pode do amor mas que o nosso mundo é feito de fendas e que só o conhecemos verdadeiramente alguém quando as olhamos no seu interior, quando conhecemos as suas entranhas e as suas tristezas. 
Quentin aprende que a vida é uma passagem e que para partirmos é necessário planear não só a nossa viagem mas igualmente as marcas que deixamos nos outros se não, então não vale a pena partir.

"Cidades de papel" torna-se numa cidade onde sonhamos e onde também somos levados a conhecer o mais intenso da vida: uma viagem por amor, de amizade e tantos saberes.

Aconselho a sua leitura.

 

 

 

"Cidades de papel" no Cinema:

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Para os leitores do livro, a verdade é que o filme "cidades de papel" torna-se um pouco desilusão, pelo menos eu senti, porque é menos fiel ao livro que "A culpa é das estrelas".
No entanto e à parte das pequenas desilusões (o que se tornam normais para os leitores), "Cidades de Papel" é um filme que nos fala, tal como o livro, das coisas maravilhosas da vida: a juventude, o amor, a amizade, o sentido de liberdade. Faz-nos igualmente viajar e deixa-nos com uma mensagem de positivismo, pois é bastante divertido e tem partes muito cómicas, destacando Nat Wolff com um papel super carismático. 

Aconselho a sua visualização.

 

 

 

 

 

Bom fim-de-semana! :)

17
Jun15

[Cinema] A menina que roubava livros

Carolina Cruz

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Numa história assombrada, na própria história do mundo, durante a segunda guerra mundial, no tempo do velho Hitler em que a humanidade se escondia de medo e submissão, Liesel descobre que as palavras são aquilo que, em qualquer situação, boa ou má, nos dá vida.
Vida que tanto tememos e que com as palavras, tornamo-nos mais sábios e mais capazes de vencer qualquer dor ou qualquer sentido que não é o correto.
Liesel conta a história entre magia e dor e, num profundo silêncio percebemos que também as palavras nos salvam e nos prolongam na eternidade.
As suas palavras foram eternas e contaram as suas amarguras, desejos e certezas de que tudo aquilo que viveu a tornou nas mais sábias mulheres do mundo.
Um impressionante filme que nos deixa a chorar e a sorrir e, a refletir que temos de dar o melhor de nós sempre, aprender a sermos pessoas porque todos temos um destino, por aí.

 

Fonte da imagem: http://blogs.diariodonordeste.com.br/

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