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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

09
Mai18

[Ficção] Sem ti.

Carolina Cruz

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Estou cansada, esgotada, amedrontada, ansiosa.
Fervilho, fervo em pouca água, rebento, choro.
Há tempestade no meu corpo, há tensão, há dor por antecipação, há morte.
Sinto o meu corpo a desfalecer, sinto um cansaço extremo, uma dor no peito, um aperto que transborda de amargura.
Não aguento mais, preciso de um sítio seguro, de um porto de abrigo, de conforto, sensatez, tranquilidade.
Porém eu sei que o espaço onde eu queria estar, o lugar que eu queria habitar era nos teus braços, dentro do teu peito, no calor do teu corpo, nas entranhas do teu coração.
Mas eu também sei que é isso que me desgasta, que me cobre com uma mágoa tremenda que quase me mata. E é isso que me mata realmente, é por isso que o meu corpo anda cansado – saber que te amo e saber igualmente que já não me amas de volta! Porquê? Porque é que estava escrito? Porque é que esta dor não podia ser carregada por outro peito? Apetece-me morrer já do que abandonar o meu corpo aos poucos, tudo seria mais tranquilo, menos doloroso, mas fazer o quê se a minha ambiguidade me diz que, apesar de tudo, eu gosto de viver? Tenho apenas de aprender a viver sem ti, mas não sei se consigo, na verdade ainda nem sequer tentei.
Vou tentar, acredita. Mas se não conseguir ficará gravado na minha pele que tentei lutar sem ti e se o meu corpo se perder e a minha alma te olhar por aí, poderás dizer também que nunca desisti dos meus sonhos e que, na verdade, talvez tenha nascido para te amar e pela mesma razão tenha morrido (por ti).

04
Jun17

[Séries] 13 reasons why

Carolina Cruz

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Já aqui falei sobre o livro, hoje vou falar da série do Netflix baseada em "Por treze razões".
Na minha opinião, tal como tinha vindo a ouvir das outras pessoas, a série, é sem dúvida, melhor que o livro. Vou passar a explicar porquê.
Enquanto o livro se centra mais em Clay e na descoberta deste sobre as treze razões que levaram a rapariga que amava a acabar com a vida. Na série, conseguimos compreender melhor a envolvência das treze pessoas a quem pertencem as cassetes.
Quero dizer que, durante estes treze episódios conhecemos mais detalhadamente as personagens.
Porém algumas diferenças são visíveis. Na minha opinião, o livro apresenta um Clay que é mais reservado ainda e que, a meu ver, tem muito menos ligação com a Hannah do que o Clay da série.
As razões da Hannah, tal como no livro, começam a ter maior intensidade a meio e conseguimos sentir o seu declínio, porque tal como disse anteriormente conhecemos melhor a forma como ela se relaciona com as outras personagens e como elas são.
É uma série com conteúdo forte e susceptivel e, como o livro, creio que não deve ser visto por todos os jovens. Pode ser um certo despoletar para quem, tal como Hannah, pensa nesse fim.
Também por isso, penso que mais importante do que ser vista pelos jovens, deve ser vista pelos pais e educadores, surgindo como um alerta, para que casos como o de Hannah não aconteçam nas suas vidas.

 

 

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