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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

14
Abr18

[Ficção] Oh, Margarida!

Carolina Cruz

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Margarida diz-me: de que te serve dizeres-me que não resultamos por sermos diferentes? Caramba! Achas que não é isso que torna o amor especial? O sentimento maior e a paixão intensa?
Achas que não resulta, porque nunca te dás ao esforço de lutar pelo que se viveu, pelo que sentimos, por aquilo que podemos ser um dia, se quiseres.
Não são as diferenças que nos separam, Margarida. Entende isso. És tu, tu e essa mania que és diferente ou que somos tão longínquos que nunca nos chegamos a amar. E tu sabes, e também sabes que eu sei, que esse amor é tão forte, que só te estás a comprimir nessa dor que te forças a sentir. És tu que complicas esta diferença de estatutos. Qual é o problema de teres menos dinheiro? Qual é o problema se eu vivo melhor ou com mais condições? Que importa tudo o que é material, se o amor é a nossa casa, se o amor é onde pura e simplesmente devemos viver? Amamos e pronto, amamos e vemos o que virá. Amamos, sem medo de sofrer as consequências, amamos sem olharmos a diferenças. Amamos porque gostamos de nos amar. Por que é que não pode ser assim tão simples?
Ama-me e não compliques, Margarida. 
Ama-me que eu espero-te sempre, como espero depois de todas as discussões que temos: de braços abertos e com um olhar desejoso de te beijar!

06
Nov17

Um mundo diferente

Carolina Cruz

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Olho o rosto da pobre menina que não brinca. Inquieta-se sem saber porquê. Dói-me vê-la, sem saber chorar, repugnada ao olhar indiferente por ser diferente. 
Não devia ser assim pois não? A diferença devia ser encarada como algo tão natural como nascer e morrer.
Olha para mim. Eu não sou igual a ti, pois não? Eu sou diferente de ti. Sou diferente e gosto de sê-lo.
Se fôssemos iguais tu não aprenderias comigo, eu não aprenderia contigo, não nos completávamos, seríamos somente isso: iguais. E deixa-me que te diga que seria uma seca. 
Era uma seca se por ventura o mundo fosse todo igual. E se pensássemos todos da mesma forma? Se agissemos todos da mesma maneira? O mundo seria o caos. 
Não é a diferença que é o caos, é a indiferença do teu olhar, que julga a diferença com estranheza, que repugna e discrimina. 
Aquela criança, que vês, no recreio sentada, não é mais nem menos que as outras crianças, é diferente sim, todas o são. Ensina a tua criança a encará-la como igual a todos os colegas, eles fazem escolhas que diferem, não gostam das mesmas coisas. A Catarina não gosta de falar. A Catarina, a menina ali sentada, há-de gostar dos mesmos desenhos animados que as outras crianças, mas comenta-os para si, brinca consigo, porque o seu pensar é diferente, o pensar e o agir, mas isso não define quem ela é. 
A Catarina, a menina que vês naquele canto, tem nome, vai buscá-la, sorri-lhe. Essa menina que vês, também sonha, também gosta de se vestir de azul e olhar o céu, gosta da sua mãe e do pai, mas não gosta que os pais dos outros meninos a olhem porque dizem ser diferente. Ela implora, no seu olhar, para a incluíres, e isso é tão simples. Começa na aceitação, começa aí na tua mente. Porque o mundo todo ele é diferente, por isso aceita e sê consciente, tudo será mais feliz e meninos como a Catarina também.

14
Out17

De coração

Carolina Cruz

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Permitam-me que escreva sobre nós. Nunca o fiz, sinto essa necessidade.
Três amigas, três personalidades diferentes, três diferentes percursos de vida, três diferentes formas de olhar o mundo.
Nunca essas diferenças de ser, de estar ou de distância se impuseram no nosso caminho, nada disso, muito pelo contrário, é ela que nos torna mais especiais. 
Com a distância e com o tempo, a nossa amizade adensou-se e a alegria que brota em cada encontro torna tudo (ainda mais) mágico.
Especial é aquilo que nos une, somos uma família além da própria família. Sinto que o que nos une é inteiramente de coração.
As conversas, os segredos, o à-vontade, a partilha, a emoção, é algo que dou valor, sei que damos todas, e é isso que nos liga, num elo para toda a vida.
Permitam-me que sonhe e que diga que quero que seja para sempre assim, até sermos velhinhas. Pode ser?
Porque o amor mais bonito e infinito é o de amizade. 
E eu adoro-vos, de coração.

18
Fev17

[Ficção] Ela mudou-o, para sempre

Carolina Cruz

 

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 (Foto do filme "Bravetown")

 

Ele era um verdadeiro galã, gostava de ser conhecido como Don Juan, de seu nome do meio – cavalheiro.
Era bonito, alto, sedutor, todas as raparigas caíam a seus pés, não era muito difícil conseguir uma em cada noite, até ao dia… em que ela apareceu. Ela que era diferente de todas as outras, na sua personalidade, no gosto e na sua inteligência.
Ele nunca a tinha tido, nem conquistado, mas ela sabia como tê-lo na mão. Ao contrário de todas as outras vezes, era ele que se deixava derreter.
Continuava a ter todas as outras a acordarem ao seu lado, mas o sabor da ausência dela mudara toda a sua vida.
Era hora de dizer para si mesmo que não queria aquela sensação, aquele viver, e que ela era a razão para assentar.
Mas como dizer-lhe? Ele sabia que as suas conversas eram cúmplices, que os seus olhares divagavam e que os lábios sorriam.
Ela gostava dele, mas achava que ele gostava de todas… como mudar isso? Não queria amar alguém que a qualquer momento a trocasse por outra ou que pudesse ver como um caso de uma noite.
Ele amava-a mas não dizia. Ela era perdida de amores por ele mas permanecia calada.
Até ao dia… em que numa discussão disseram tudo aquilo que sentiam e em vez de seguirem caminhos diferentes, entrelaçaram as complicações num abraço apertado, com mil segredos num beijo e numa noite que jamais teve fim.
Se era tão certo, porquê complicar o amor que sentiam?

 

 

12
Dez16

[Por aí] "Amanhã? Talvez. Quem sabe?"

Carolina Cruz

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Para quem me lê diaramente sabe, concerteza, que adoro inspirar cultura na minha vida. O teatro não é excepção, adoro teatro e gostava realmente de poder vê-lo com maior regularidade. No entanto, nem sempre isso é possivel. Este sábado foi possível, e é sobre ele que vos venho falar.

 

"Amanhã? Talvez. Quem sabe?" é uma peça bastante divertida! Que tem um elenco talentoso e fenomenal e, mais fenomenal ainda é que, de entre risadas e uma cumplicidade bastante visivel em palco, este grupo de teatro de Taveiro "Loucomotiva" fala-nos sobre a diferença, trabalhando-a em palco, sem medos, sem receios, sem barreiras, e o protagonista desta realidade é o ator Paulo Azevedo, que se apresenta claramente como é, sem as suas próteses, em pleno palco, onde, na verdade, parece ter nascido.

Este teatro tem uma história bastante divertida, que conta que "esta companhia foi destacada pelo presidente da Republica, atribuindo-lhe um único subsídio destinado ao teatro por parte do Ministério da Cultura." O que é que será que eles irão fazer? Faltam 12 meses, 12 meses que passam a correr, tanto que parecem caber numa hora. 

A peça esteve em cena este sábado, dia 10, mas continuará nos dias 17 e 18 de dezembro na "Loucomotiva" em Taveiro.
É, na minha opinião, uma peça que serve não só para soltar gargalhadas, rir até não poder mais, mas também para aprendermos a olhar a diferença como algo natural à vida do ser humano. Porque afinal somos todos diferentes e especiais à nossa maneira, não é verdade?

Vou deixar-vos com um video promocional da peça, para perceber o quão divertido poderá ser o vosso serão, se escolherem assistir à mesma! Sobretudo, malta de Coimbra, não percam esta oportunidade!

 

 

 

(Fotografia retirada da página do ator Paulo Azevedo e video da página da companhia, mencionada anteriormente)

02
Nov16

[Cinema] 3 filmes sobre a deficiência

Carolina Cruz

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 Nome de código: Mercúrio

Ele transporta o dom consigo, é especial, apresenta disfunções ao nível social e da comunicação, não é um atrasado, é autista. Tem uma inteligência tão sua e tão cobiçada.
Não o entendo como inferior e sim inteligente, num saber tão precoce, tão intuitivo. 
Foi essa inteligência que o levou a estar em constante perigo, mas igualmente a criar ligações importantes para a sua vida.
É necessário nunca descuidar aqueles que cativamos e que, mutuamente nos cativam. Simon soube disso, não esqueceu Art, nunca.
"Nome de código: Mercúrio" leva-nos numa adrenalina constante, a aprender sobre mil e um sentimentos que a vida nos prega e nos traz, que a diferença não é inferioridade, mas sim algo que torna tudo mais especial neste mundo cruel!

 Abraços Partidos

“Abrazos rotos”, nome original do filme “abraços partidos” de Pedro Almodóvar, que p17.jpgconta a história de um cineasta, que perdeu a visão num trágico acidente e que mesmo assim não se vê a parar de escrever e deixar de fazer o seu trabalho, muito pelo contrário.
Este filme relata o reencontro deste cineasta com o passado, a amores que tiveram uma intensidade imensa e um fim precoce, mas no presente esse tempo que não volta mais ajuda a desvendar mistérios e segredos que outrora nunca tinham sido entendidos.
Entra na magia e no suspense desta película do famoso e único Almodóvar e descobre a preciosidade do tempo no agora e do que somos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Like stars on heart 

 

“Somos todos diferentes” é um filme indiano que nos mostra, exatamente, o que o seu próprio titulo indica. Ninguém precisa de ser igual ao outro, cada um é como é, na sua essência e cada um marca da sua forma, naquilo que é melhor.
Tantas crianças há que, tal como Ishaan têm problemas de aprendizagem,p18.jpg como a dislexia por exemplo e ler e escrever para essas crianças é um tremendo pesadelo, porque não compreendem o que é escrito e para saber ler e escrever é preciso compreender para saber como interpretar.
Não estou a dizer que estas crianças nunca chegam a ler ou a escrever. MUITO pelo contrário, são fabulosos artistas, tantos conhecidos há que se deparavam erradamente com as palavras, falo por exemplo de Albert Einstein, Leonardo Da Vinci e incrivelmente até Agatha Christie, escritora de tantas palavras bonitas e se virmos bem são pessoas que marcaram o mundo, são “pedras preciosas”.
“Pedras preciosas” que precisam de ser respeitadas e amadas, de serem compreendidas e animadas apostando nas suas potencialidades porque o seu crescimento e evolução é diferente de todos os outros, e se formos a ver nenhum de nós aprende da mesma forma ou ao mesmo tempo.
Cada criança é uma criança com o seu dom, que precisa ser valorizado, porque cada um nasce para ser diferente de todos os outros, todos somos especiais, cada um é um ser e tem o direito a crescer e a viver com dignidade.
O filme conta a história que reflete tantas outras histórias destas crianças pelo mundo e leva-nos a refletir que de cada um podemos tirar o melhor e que unidos a nossa causa será maior e mais felizes seremos se respeitarmos e acreditarmos naqueles que admiramos e que tanto amamos.

 

 

15
Jul16

[Cinema] 3 filmes sobre a deficiência.

Carolina Cruz

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Beyond Silence

“Beyond Silence” (um filme de 1996) demonstra-nos a importância que existe em ouvirmos o nosso coração e sobretudo não termos vergonha nem pena de nós mesmos.
Este filme conta-nos a história de Lara, filha de pais surdos-mudos, que sempre se mostraram desconfortáveis com as suas limitações, mas sempre apoiados por esta filha que desde cedo aprendera linguagem gestual, comunica com eles, traduz-lhes os programas de televisão e que os incentivava a levar uma vida normal, dentro dos seus possíveis.
O sonho de Lara sempre foi ter uma carreira musical tocando clarinete, sonho esse que os pais de Lara nunca aceitaram da melhor maneira por nunca terem tido o prazer de a poder ouvir, mas podem escutá-la se observarem bem o seu coração e sentirem as vibrações da música que é tocada, pois não é vergonha ver o mundo de forma diferente. É isso que nos desperta e nos faz pensar em “Beyond Silence”, deparamo-nos também sobre tantas curiosidades sobre a audição, a sua importância e ao invés, consequências da falta dela.
Nem sempre precisamos de falar por palavras, pois as coisas verdadeiras sentem-se sem, obrigatoriamente nos expressarmos por palavras, no fundo o mais importante é ouvirmos o nosso coração.

 

 

Soul Surfer – Coragem de viver

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As barreiras são, na maioria das vezes, criadas pela nossa mente, chamando-as de medo, medo de seguir em frente. 
“Soul Surfer – Coragem de viver” mostra exatamente como precisamos de acreditar que somos capazes de fazer o que outrora fizemos, marcando e amando ainda mais. 
Este filme conta-nos a história verídica de Bethany Hamilton, campeã de surf e da coragem, que se viu obrigada a mudar a sua rotina desde que perdeu um braço, mas não mudou nem deixou de realizar a sua grande paixão: surfar. E ainda bem que o fez, pois deixa em nós uma mensagem de nos fazer lutar contra o possível e o impossível, de nos fazer lutar pelo prazer que é estarmos vivos e de nos mostrar que o amor é acima de tudo, a força para conseguirmos. 

 

 

 

Temple Grandin

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Temple Grandin começa o filme por se apresentar: "(...) eu não sou como as outras pessoas. Penso com imagens e conecto-as.", mas miss Grandin não é diferente, ou é porque somos todos diferentes, a sua mente é especial, é muito além do que qualquer mente comum, é interessante, inteligente e sensível. Sim, também sensível ao toque, Templen Grandin tem autismo, diagnosticado aos quatro anos, com um futuro nada promissor, os médicos não davam esperanças que pudesse vir sequer a falar e que o melhor seria o internamento e aí entra a história de todo este filme tremendamente encantador e real. 
A sua mãe com toda a coragem e amor lutou por ela e hoje Temple é doutorada e aprendeu em todas as suas fases da sua vida a evoluir à sua maneira e a conhecer a sabedoria e a amizade. Esta conta que embora os autistas sejam sensíveis ao toque quando se encontram mais agitados eles também necessitam de um abraço e por isso criou um máquina de abraçar com a sua gentil inteligência criativa. 
Vale a pena assistir e conhecer esta mulher que, na realidade completa 66 anos, e é conhecida por grandes palestras e crónicas em grandes magazines. Porque não é o transtorno que nos faz mas sim a nossa luta!

 

 

27
Jun16

Sou eu e estou diferente.

Carolina Cruz

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Recordo-me, sou eu e estou diferente. 
Vivi um passado, o amanhã é o mundo, mas isso agora não importa, porque o que conta é o presente! 
As memórias são como o ser humano talvez por isso o destino as construa. 
Algumas memórias só nos cumprimentam de vez em quando, algumas ignoramos, outras sabem tão bem recordar, que trazem consigo um baú cheio de histórias e quando partem deixam imensa saudade. 
Outras ainda achamos estranhas, como foi possível viver aquilo, sentir o que se sentiu. 
Se me perguntasse a mim mesma se voltava a fazer o mesmo, eu diria que sim, afinal, tudo tem uma razão de ser, o tempo é apenas invenção do nosso consciente, simplesmente porque tem que ser e não há volta a dar. 
Definimos tempo demais quando devíamos chamá-lo de dádiva, acho que é isso que falta em alguns seres humanos: a falta de uma dádiva, a falta de agarrar um presente. 
Vive-se preso ao passado, porquê se tudo fez parte? Porquê se tudo já acabou? Se não tivemos o tempo certo ele não volta. Que importa? Vamos hoje fazer diferente, melhorar o que foi bom e remediar o que se tornou mau, só assim conseguimos viver com os pés assentes na Terra, só assim podemos ser alguém que, simplesmente vive, de alma e coração. A mudança é precisa, nós temos de estar cá para aceitá-la.

.

20
Mar16

3 filmes que abordam a deficiência

Carolina Cruz

The Sessions

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Não é o nosso estatuto que nos faz alguém, mas sim a força de vontade. O nosso corpo não dita quem somos, mas sim, a alma é a nossa essência.
Está tudo dito em “The Sessions”, não é apenas um filme, é um filme que nos faz dar valor à vida, de que forma ela nos seja entregue.
Faz-nos dar valor ao que possuímos e à força que existe dentro de nós que nos torna alguém que vive, mesmo por vezes, morrendo por dentro.
Não nos podemos sentar no sofá e olhar para as paredes esperando que a vida passe por nós e não aproveitar tudo de bom e de belo que ela tem para nos oferecer, porque o dia de amanhã… O dia amanhã ninguém sabe…
Faz pensar, não faz?
A verdade é que seja de que forma for o amor, é ele que nos prende à vida, foi isso que prendeu Mark a “amar viver”. 

 Forrest Gump

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Somos seres humanos, somos todos diferentes, todos temos histórias para contar, piadas para dizer, relatos de momentos sofridos e de amor ou desamor, enfim, a história da nossa vida.
Todos temos direito a ter direitos, a sermos o que somos na nossa essência, a amar, a aprender, a crescer, a viver. Forrest Gump, não é exceção, lá por tem um atraso mental não é um idiota porque “idiota é aquele que faz uma idiotice” e ele, muito pelo contrário, fez muito bem ao mundo, na forma como ajuda os outros, como corre em frente pela sua vida e da vida daqueles de quem mais ama porque como ele diz, pode não ser inteligente (que o é!) mas sabe o que é o amor. Vale a pena assistir a este filme tão cheio de amor e de luta!

 Hasta la Vista

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"Hasta la vista" é um filme belga de 2011 que nos faz pensar sobre milhares de questões éticas e de direitos que todos nós, seres humanos, temos.
Todos temos uma pequena deficiência, por mais pequena que seja. Todos temos algo que nos paralisa, seja algo físico ou psicológico como o passado, mas tudo faz parte (seja o que for) daquilo que somos. E não é isso que nos torna incapazes mas sim o que fazemos com o que temos. 
É isso que Yoni (tetraplégico), Jozef (cego) e Lars (doente terminal) nos fazem pensar ao irem em busca de um sonho e de uma viagem sem nunca cessar, pois os sonhos não esperam por lamentações ou paragens de tempo, porque parar é morrer e estes três amigos procuraram da melhor forma sentirem-se vivos, e nada melhor que viajar para abrir asas à liberdade, de quem são também filhos por direito. Somos todos! Somos todos capazes de abrir asas à aprendizagem, à desilusão, ao amor, ao prazer e à realidade, nesta viagem que é também a vida.
Vale a pena assistir a este filme que nos faz chorar e sorrir, que nos enche de uma emoção interminável e de uma consciência sem fim.

 

14
Mar16

A rapariga dinamarquesa

Carolina Cruz

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“A rapariga dinamarquesa” é um filme que nos conta a história verídica de Einar, um pintor que nasceu no corpo errado, com desejos de um dia se tornar mulher.
Todo o decorrer da história centra-se neste pensamento e na sua relação com a esposa, Gerda - que desencadeia o demonstrar desse sentimento que sempre existiu, com o desejo de pintar algo diferente. No entanto, o que se torna inicialmente num jogo e numa brincadeira torna-se mais tarde, algo bastante real.
A primeira reação de Gerda é de negação, mas quando percebe que não está nas suas mãos o que o seu marido sente, a luta torna-se de ambos, o que mostra uma união única, intrigante, um amor puro que não cessa.
É um filme com uma mensagem inspiradora, pois Einar luta contra todos os preconceitos da sociedade, sendo o primeiro homem a submeter-se a uma cirurgia genital e ser Lili Elbe.
Uma história que aborda assuntos delicados, que não estamos habituados a ver no grande ecrã.
Neste filme, destaco a presença de Eddie Redmayne, que tem um papel não só fundamental mas a meu ver, arrebatador.
Gostei, no entanto pelo facto de as minhas expetativas terem sido desde início bastante elevadas, pois foi um filme desde há muito falado, achei, na minha opinião, que o filme poderia estar melhor, mas não é por isso que não devem deixar de ver, muito pelo contrário, aconselho a verem e a terem a vossa própria opinião.

 

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