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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

27
Ago17

[Resenha Literária] Fazes-me falta

Carolina Cruz

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Só me apetece dizer isto: Que livro brilhante de Inês Pedrosa!
Pois é, mas não posso ficar-me apenas por estas palavras, porque tenho mesmo de falar-vos sobre este livro que nos dá tanto que pensar, sobretudo o seguinte...
O ser humano vive tão agitadamente, leva a vida a um ritmo tão acelerado que não paramos para pensar.
A vida muda, as circunstâncias mudam, temos atitudes que nos mudam, que mudam os outros perante nós, nasce ciúme onde não notamos, afastamo-nos das pessoas que amavamos, criamos amores platónicos, discutimos com o verdadeiro amor da nossa vida, mas só quando a morte nos bate à porta, às vezes de forma imprevísivel tomamos conta de tudo isso.
Após a morte de alguém querido, o que somos? Que memórias ficam? Quantas palavras por dizer?
Momentos por viver, gargalhadas por soltar.
Quem somos nós depois da nossa morte? O que resta de nós? O que fica?
"Fazes-me falta" é um livro "contada em duas vezes" - uma mulher que acaba de morrer e uma amigo seu que a vê partir.
Neste livro, estes velhos amigos que permanecem-no após qualquer distância, até a da morte, desvendam o que vai nos seus corações, a desilusão, a amizade, os remorsos, a perda, a falta e o amor, desvendado assim todas as questões feitas anteriormente.
Um livro com uma escrita incrível, simples e tão brilhantemente complexa, com jogos de palavras sentimentos literariamente belos.
Um verdadeiro tesoure este livro!
15
Mai17

O amor virá

Carolina Cruz

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Já em tempos dizia que a vida é um lugar estranho, mas bom. Um emaranhado de forças e formas que nos fazem pensar. Não há forma de encontrar ou tomar o amor como uma chávena de café. Acontece e, quando acontece, e é para sempre, tu irás provar do seu veneno. Um veneno que te mata por dentro de forma ardente e que te mantém vivo, ainda que queiras morrer de paixão.
O amor não se procura, não se mendiga, não se impõe. Vai sempre existir alguém que te vai fazer sofrer, desanimar, desgostar de ti, vai deixar de te amar e te deixar na merda. No entanto, quem te quer realmente, com o coração inteiro e não porque sim, vai dar-te o mundo, e quando digo “o mundo”, quero dizer que vai fazer o impossível para permanecer do teu lado, vai amar-te sem regras, vai ser tua parceira, vai aceitar o teu passado, os teus erros, os teus defeitos, a tua maneira de ser. Vai ser contigo, vai torna-te num ser não perfeito, mas completo.
Por isso, esquece e segue a tua vida, que o amor virá.

 

 

12
Mai17

[Ficção] Tu não me dás amor

Carolina Cruz

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Tu não me dás amor.
Mudaste e partiste como se o teu corpo tivesse morrido, mas quem partiu foi a tua alma.
Não dá mais amar-te. Não dá mais te querer sem me quereres a mim.
Amar não é mentir, omitir, ou esquecer todo o bem que fiz por ti, tudo aquilo que deixei de fazer por mim, para fazer para ti.
Quando todos não te entendiam e não te estendiam os braços, eu estava cá. Ainda assim foste ingrata, esqueceste o passado antes mesmo de eu o fazer. Pediste-me um tempo e não arriscaste magoar-me dizendo que era comum, que era alma do destino a nossa separação. O tanas! Tu simplesmente não quiseste tentar conquistar-me. Não mereces a minha amizade, muito menos isto, todo o amor que sinto por ti.
Magoo-me de todas as vezes que voltas a dizer-me que estás aí para mim, que vens e que ficas, mas sem ficares. Que corriges os teus erros, quando acabas por me culpar por todos eles.
É inquieta essa tua forma de ser, mas se tivesses querido, acontecia... E o nosso rumo mudava. Porém, só nos resta o tempo, esse engano onde sempre voltamos a cair.

 

 

27
Abr17

[Ficção] Amanhã.

Carolina Cruz

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Amanhã encontrar-me-ás diferente. Amanhã serei outra. Não acreditas? Bem podes acreditar. Porque eu acredito. Aliás, acredito mesmo. Acredito realmente que, na verdade, mudamos todos os dias. Aprimoramos as nossas defesas. Amanhã não será diferente. Amanhã eu serei melhor, serei mais forte não só por causa dos meus erros, mas também pelos teus.
Sim, se pensas que me senti ofendida ou desiludida, talvez tenhas tido razão, mas isso foi ontem, hoje eu fiz dos nossos erros, certezas de que eu encontrarei alguém melhor, alguém que me complete, que me faça feliz.
A vida é uma constante mudança, e eu gosto de acreditar nisso, que, sim, as coisas sempre acontecem por uma razão, quanto mais não seja para crescermos e eu, podes ver e crer, que cresci.
Tudo passou, na memória ficou. Eu sei e, tu sabes, que não esqueci, é uma marca na minha vida e na tua, é impossível que o esquecimento aconteça.
Não vou ser dramática como acontece nas novelas, nem vou implorar o teu amor como nos filmes, nem apagar todas as histórias ou fotografias como muita gente faz na vida real. Não, nem pensar, nada disso.
Sempre fui uma pessoa muito bem entendida com as minhas escolhas, com os meus erros ou com as minhas batalhas, o que vivemos foi apenas algo que faz parte da minha história e do meu passado, mas não é isso que me define, não é isso que diz quem sou.
Por isso digo a mim mesma, de consciência limpa, que amanhã serei melhor, que amanhã será diferente.

 

 

 

30
Mar17

[Cinema] The light between oceans

Carolina Cruz

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“The light between oceans” é, como tenho vindo a dizer, um filme incrível, forte, soberbo.
Fala com a nossa consciência e a sua moral é simples, num filme tão intenso e complexo.
A verdade é que existem erros que mudam toda a história de uma vida, os erros principais desta trama mudam o rumo da vida de meia dúzia de pessoas, todas elas, claramente ligadas entre si.
Erros esses que são tidos como imperdoáveis, mas é aqui que podemos falar sobre a moral deste filme e também sobre o perdão.
Jamais conseguiremos viver em paz e com um sorriso, felizes connosco mesmos sem nos perdoarmos a nós mesmos e aos outros.
Este é um filme não só de reflexão, mas que nos deixa intrigados – afinal, podemos nós fazemos juízos de valor perante o sofrimento de alguém?
Uma história dramática, de amor intenso, que entrou diretamente para o meu top de filmes.
Vejam, na minha opinião vale realmente a pena.

 

 

26
Mar17

[Ficção] Não quero saber

Carolina Cruz

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Podes vir dizer o que bem quiseres do passado dele, de quem ele foi, de como foi. Mesmo que queiras omitir o que tu foste, quem ou como foste para ele. O que passou passou. Não quero saber. Eu recebi-o de braços abertos, com feridas abertas também, conheci o passado que ele me contou. O teu eu não quero saber, ou melhor – o vosso. Passou. Sei que ele saiu magoado, que tu também, que tens o teu lado, ele também. Eu permaneço ao lado dele, do lado dele, e ainda que possas querer-me dizer algo para me alertar, eu não vou querer ouvir. Eu sei que ele permanece comigo, que é ele quem eu quero, que sou eu quem ele quer, e então queremos mais nada, nada mais importa.
Eu recebi-o, com o teu passado ainda por fechar, mas houve algo que em mim o marcou, sem rodeios eu tornei-me na sua melhor amiga, muito antes de ser sua namorada, permaneci a sê-lo e só assim vale a pena. Foi isto que não preservaste, esse lado (tão) bom, a sua amizade, o seu jeito genuíno de ser. Apenas soubeste idolatrá-lo, querer dele tanto o quanto ele não te podia dar, encheste-o de seduções e ciúmes e o que lhe faltava realmente era um ombro amigo, uma verdadeira amiga. Só assim as relações valem a pena e só assim é que elas duram, porque não é o sexo que as mantém mas a amizade.

 

 

26
Out16

[Cinema] Leo

Carolina Cruz

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O que fazes com o teu passado é tu que escolhes, mas essa escolha pode ser determinante na tua vida e na vida dos outros.
Por vezes um erro grave de um momento pode durar uma vida inteira, em sentimentos de culpa, frustração e dor que nos consomem e nos fazem julgar os que estão à nossa volta, repugna-los, interpretá-los mal, acusá-los, pois a culpa só em nós é que pode viver, mas quando não se transborda em lágrimas, a raiva surge.
Por vezes duvidamos de quem mais amamos e a vida surpreende-nos, mostra-nos que podemos ser melhores do que aquilo que fomos, mas o passado esse não podemos mudar, mas podemos escrevê-lo para ser explicado, compreendido, arrumado.
Leo escreveu quem era, sem rodeios, sem medos, pois o seu silêncio foi a sua defesa e o seu escape. No entanto todo o mal que sentiu, aquele que nunca disse, o que sempre omitiu em voz, escreveu-o, tornando-o alguém mais forte.
“Leo” é um filme pouco conhecido, mas que eu me atrevo a dizer que é dos melhores filmes de suspense e drama que vi até então, porque nos apega e nos entristece como se na história entrássemos. Entristecer não é no mau sentido, é no sentido em que nos prova ser uma boa produção.

Vejam, vale a pena.

 

 

03
Set16

[Cinema] 3 filmes com histórias fortes.

Carolina Cruz

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Monsters Ball

"Monsters ball" é um filme pesado mas que nos vai deixando mais leves ao longo do mesmo. 
A sociedade acredita que aqueles que se suicidam são os que se sentem culpados ou mais usualmente dito fazem-nos por serem fracos. Não creio nisso e o filme prova-nos que por vezes (nem sempre) são as pessoas com maior coração e sentimentos que o fazem e que é preciso ter coragem para o fazer.
No entanto, a vida ao dar tantas voltas faz-nos repensar nesse assunto e pensar que algumas pessoas poderão mudar com as suas dores, refazendo a vida depois de tantos erros. E o amor... Esse amor que sempre faz milagres lembra-nos que todos somos seres humanos com sentimentos e emoções e que se não faltarmos ao respeito aos outros, também o merecemos, pois não é a nossa pele ou a nossa cor que nos define, mas a forma como olhamos a vida. "Depois do ódio": o amor!
Vejam!

 

 

 

 

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Misterious Skin

Ninguém pode viver o seu presente sem ter a mínima explicação do seu passado, da forma como foi educado, o que fez parte do que foi, o que responde às perguntas às quais se questiona hoje.
No olhar dele existia a vontade de alcançar o que foi, de sentir o que para ele não tinha explicação, ficou-lhe o desejo e a loucura, a frustração escondida de não ser de novo o MELHOR.
No outro olhar estava rasgado o pânico de não conhecer o passado tal e qual, verdadeiro, a vontade de seguir em frente mas o medo de o fazer, de se magoar, de viver.
Há um início mas não um fim, a melhoria das suas histórias não existe, há apenas marcas e um desejo de as apagar... para sempre.

 

 

 

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Serena

Quantas loucuras e crimes é o ser humano capaz de fazer por amor ou desilusão?
A raiva é o sentimento mais culpado, mais feroz e mais feio do mundo, acarreta ódio, quando podia ser o contrário: compreensão, retribuição, crença no outro, no seu amor.
Todos erramos, todos somos culpados pelos nossos erros, mais ninguém, mas nem sempre somos culpados pelos erros dos outros, e quando a vida de quem amamos está em perigo nós fazemos tudo para remediar aquilo que fizemos outrora mas por vezes pode ser tarde demais, mas nunca o é para aprendermos a pôr de lado certos sentimentos ou certas pessoas.
“Serena” é um filme impressionante, cru e cativante que nos deixa boquiabertos sem querer desligar desta história surpreendente, em que Jennifer Lawrence tem um papel espetacular ao lado de Bradley Cooper.
Vejam e deixem-me a vossa opinião!

 

08
Jul16

Tirar-te do coração

Carolina Cruz

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A vida tem destas coisas, olho à janela e refresco qualquer olhar sombrio de quem amou demais, não sou pura por isso, nunca fui.
O defeito pendente atropela o ontem, o hoje e atropelará qualquer amanhã, na noção, na certeza de te perder…hoje, para sempre.
Não, não sou normal, muito menos vulgar, sou uma pessoa original de sonhos e poeiras de marginal.
Nada vale a pena, não temos terra, nem somos mar, e eu agora? Só sei chorar.
A minha força tem contornos e é feita de ferro e aço, bem tento aproveitar o tempo que é escasso.
Tento acalmar o desejo e a palavra mas…a canção que me escreveste fala mais alto, o pecado e a dor derrubam-me o sorriso.
O esquecimento e a sorte são parceiros, vivo no azar e no pensamento, como é que poderia eu esquecer um puro sentimento?
Faço das minhas barreiras, vitórias, dos meus erros construção, quero ser apenas livre, quero apenas tirar-te do coração.

 

 

29
Mar16

Daydream Nation

Carolina Cruz

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Existem erros que podem ser considerados como o nosso pior. No entanto, se não forem erros fatais são erros que comandam a nossa vida, que nos fazem salvar o amanhã ou alguém, puxando-nos a viver o mais intensamente possível sem olhar para trás.
Nem sempre pensamos assim, é verdade, mas é também pelo facto de o que fomos faz parte da nossa história, aquela que escrevemos a cada dia. Bem ou mal, estamos lá, vivemos, acreditamos no nosso melhor, sem precisar de interpretar papéis imaginários do que não somos ou enfeitiçar os outros com aquilo que sonhámos ser um dia, mas que vendo bem não é o nosso fim, e a nossa meta é muito mais simples e mais feliz que o que pudemos imaginar.
Porque o que é verdadeiro sempre fica e não importa o tempo que dure, mesmo que não seja para sempre, é o melhor do que somos, vivendo o melhor do nosso dia.

"Day dream Nation" prova que os nossos erros têm sempre um lado bom, precisamos é de o ver, com olhos de sentir e viver a vida!

 

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