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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

30
Out18

[Ficção] Se me deixar ir?

Carolina Cruz

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Sento-me a olhar para o mar. Este ser que me limpa as lágrimas, que me liberta e me traz força. 
Como posso sentir-me assim ao olhá-lo com tanto respeito se foi ele que te levou de mim?
Quando olho para o mar sinto uma breve esperança de que ele te traga de volta.
Oh meu bom marinheiro, levaste contigo o meu coração. Porque não pode o mar levar-me também?
Talvez encontrar-te-ia, talvez além das nossas mortes pudéssemos agora viver, viver este amor, que o mar levou.
Por isso, choro. Porque embora quisesse que ele me levasse consigo, não tenho coragem de partir...
Mas se eu fechar os olhos e me deixar ir?

 
 
(Fotografia de Luiza Lopes)

 

 
05
Abr18

Chora.

Carolina Cruz

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Há dias em que tens de chorar rios para sorrir mares. Conheces a expressão, certo?
É isso que tens de fazer, rapariga!
Chega de te fazeres de forte, quando sabes que estás prestes a desabar.
Hey! Já aguentaste tanto calada, sem derramar uma lágrima... És humana, não obrigues o teu corpo a esmorecer só porque tens de chorar e não o queres fazer.
Por favor, chora. 
Não é que eu te queira ver chorar, mas sei que tu precisas e é tão necessário. 
Também conheces a expressão que é "preciso chuva para florir" não é?
Então chora, se sentes vontade disso, chora.
Não tenhas vergonha. Acredita que não és menos forte por isso, muito pelo contrário, esse teu choro é a prova que demoraste dias a concretizar, a lutar, a travar batalhas contra ti mesma.
Chora, porra!
Chora, que amanhã será melhor.
Acredita e só depois, então, sorri com leveza, apenas e só porque acordaste mais um dia. Não é tão bom?

15
Jan18

[Ficção] Calo-me

Carolina Cruz

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Hoje prefiro ser de poucas palavras.
Prefiro não falar tanto, escrever mais. 
Eu sei que tu não lês, por isso posso dizer aqui tudo aquilo que ao sair da minha boca magoar-te-ia. 
Sabes, eu amo-te e por te amar continuo a consentir e a aguentar, calado, essa tua mania patética de achares que és o centro do mundo.
Tens a mania que só tu tens histórias para contar, que o tempo da vida seja qual for é sempre o teu tempo de antena. Tens uma mania de nunca teres palavras que se gastam e o que te digo não é importante.
A tua alegria é sempre maior que a minha. A tua dor? Nem vamos falar disso...
E porque aturo tudo isto, embora deteste? Porque te amo e amar-te é a partilha, embora eu não partilhe nada do que é meu. Só fazemos o que queres, só te ouvimos a ti, sempre. 
Os meus amigos abrem-me os olhos todos os dias e eu sei disso, mas mantenho-me calado. Amo-te, mesmo que me diminuas para poder caber em ti essa grandiosidade extrema por baixo dessa obsessão de prenderes quem mais gostas. Leias ou não isto, só te quero dizer que isso não aproxima ninguém, só afasta. 
Sabes... ouvir os outros é tão importante e, por isso, daqui para a frente não vou mais partilhar contigo o que for, até que também tu nesse erro constante de seres mais, vais perguntar-me porquê e se a tua resposta for "e eu?" dir-te-ei "adeus".

14
Jan18

[Cinema] Breathe

Carolina Cruz

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Que filme, que história, que homenagem...
Uma história verdadeira, um homem de coragem, uma mulher muito à frente do seu tempo e um filho com amor e saudade no coração. 
Um filme que tem tudo para ser perfeito e o é. Excelente é pouco para descrever esta obra-prima.
"Breathe" é um filme que nos fala da história real de Robin, um homem aventureiro e divertido, com uma paixão enorme pela vida e por Diana. Robin, vê-se na sua idade jovem, prestes a ser pai, paralisado para a vida toda, como consequência da grave doença poliomielite. 
Diana desafia a sociedade da época de sessenta e consegue que o marido saia da prisão que era a medicina para pessoa com doenças e deficiências como a sua. 
Um amor poderoso que ajuda a que Robin, mesmo limitado, tenha uma vida inteiramente feliz, ajudando, com o seu comportamento positivo em relação à sua condição, a que se trabalhasse e se desafiasse a mobilidade, acessibilidade e vida com direitos para as pessoas com deficiência. 
Um filme forte, intenso e realmente poderoso, como a luta de Robin e Diana. 
Para quem gosta de dramas com mensagens motivacionais, que nos prendem à vida e nos queimam a alma na pressa e na vontade imensa de viver bem, este filme é ideal.
Cinco estrelas? Muito mais, com certeza. 
Vejam!

 

 

13
Nov17

[Cinema] A street cat named Bob

Carolina Cruz

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“A street cat named Bob” é um filme simplesmente maravilhoso.
Baseado numa história verídica, este filme fala-nos sobre o encontro de James, um ex-toxicodependente com Bob, um gato de rua.
Este filme é baseado no livro “A minha história com Bob”, que retrata a vida de James Bowen - o seu tratamento, a sua relação turbulenta com a família, o amor e a amizade.
Tocante, real e muito terra-a-terra, este filme emociona-nos do início ao fim, pois traz consigo mensagens bastante importantes, que só um coração bom consegue compreender.
Deixa sobretudo uma mensagem para aqueles que não acreditam na leveza, na bondade e no impacto que os animais têm na vida humana.
Se já não restavam dúvidas para mim, esta história faz-me crer que os animais são melhores que muitos humanos e têm sobre nós um poder e uma força profunda e ajudam-nos a procurar o melhor, a sermos melhores, exatamente como um verdadeiro amigo.
Bob ajudou James na pior fase da sua vida e mudou-o para sempre.
Os animais têm esse poder: amar sem fim. 
Uma história que não vou querer perder e o filme é tão bom que fiquei super curiosa para ler o livro.
Vejam e deixem-me a vossa opinião.

 

 

25
Jul17

[O teu olhar] Voa sem medos

Carolina Cruz

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Voa, sem medos… 
São os teus sonhos, intensifica-os, agarra-os, luta até ao tutano. Tu és forte, guerreira e amas aquilo que a vida te dá. Amanhã não será diferente, não poderá ser diferente… 
Vai e luta! Tu és capaz…
É nessa capacidade que tens de acreditar… Acreditar que, mesmo sem asas, tu és capaz de voar. 
Voa em frente… Não baixes os braços, não tombes a cabeça. És forte demais para te diminuíres, és grande e tens o mundo a teus pés, que é teu pequenino ao pé da grandeza dos teus sonhos. 
Vem, voa, sem medos… 
Tu tens a cor da luta, tens a imagem de um sorriso infinito de braço dado com a tua loucura saudável de que chamas de amor, inteiramente com o coração, com a força de uma vida que aí vem e que será sempre tua.

 

Fotografia da autoria de Carla Santos :)

08
Jul17

[Ficção] O meu corpo

Carolina Cruz

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O meu corpo sujo nas tuas mãos. 
Ou serão as tuas mãos sujas no meu corpo? Não tens direito... Não tens direito de me magoares assim, de achares que tenho de estar ciente e sabedora de que eu sou a culpada, que te provoquei, a estas horas, com a roupa que trazia vestida. O tanas. 
As tuas mãos sujas no meu corpo. Não tens o direito, não tens de ser portador do prazer se eu não o quero contigo. Só porque és homem? 
Essas mãos sujas não mandam em mim, esse olhar de "eu mando, tu obedeces" há de morrer, não comigo, contigo. 
As mil facas espetadas no meu coração, sentidas no meu corpo, são embaladas para outra alma, qual a tua...? 
Embora não a tenhas, essas facadas que te dou (agora que prometo matar-te para não morrer por ti) são as imensas dores que toda a vida me deste. 
A violência doméstica não é apenas bater. Há muitas formas de cuidar e muitas formas de dizer "quero que morras", mil formas de se ser maltratado, de sofrer violência. 
O meu corpo sujo, repudiado de ódio e rancor, não existe mais nas tuas mãos. Essas tuas mãos sujas morreram na ação, numa justiça feita pelas minhas mãos carregadas de medo, na busca de proteção, na busca de um futuro sem ti. 
Jamais morrerei por ti, por isso o meu amor-próprio defendeu-se, vi-te morrer nos meus braços e, então, o alívio da minha alma sorriu.
 
 

 

 

 
16
Mai17

[Cinema] Jackie

Carolina Cruz

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Finalmente pude ver “Jackie”. Finalmente pude vê-lo para comentar e então confirmar o tão poderoso papel de Natalie Portman como Jacqueline Kennedy, a inesperada viúva de John Kennedy.
É um filme poderoso, forte, muito forte, que nos conta uma história verdadeira, a história de um poder perdido, da morte do 35º presidente dos Estados Unidos da América.
John Kennedy, foi assassinado no Texas, a 22 de novembro de 1963, nos braços da sua amada mulher.
Como fica a sua esposa depois de presenciar tudo? Sem poder fazer nada para o salvar? O que faz com todo o poder que tinham? Como manter vivo o seu marido para ela e para o mundo?
Como será voltar ao anonimato, depois de ser tão acarinhada? Como será viver depois de tudo o que se tornou numa história terrível?
A história da viúva do tão querido Kennedy, dias após a sua trágica morte, a explicação aos filhos, as entrevistas, a sua família, o seu amor, a sua luta em manter a história e o legado do seu amado marido, tão bem interpretada por Portman.
Um filme que não desilude, que prende e que nos emociona.

 

07
Mai17

[O teu olhar] Dias...

Carolina Cruz

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Há dias em que tens de acreditar.
Há dias em que tens de ter fé a dobrar, confiança a dobrar, sorrisos a dobrar, lágrimas se for preciso chorar.
Há dias em que tudo desaba, sim.
Há dias em que parece mesmo que nada mais existe contigo, senão a dor.
E é nesses dias que tu precisas de ti mesma. De te sentares, de confiares em ti, de te confidenciares.
Ninguém disse que era fácil pois não?
Ninguém disse que a vida o era, certo?
Então senta-te aí e escuta a tua voz, ainda que pareça vir do outro lado do oceano, onde as lágrimas são um mar perpétuo, um sofrimento sem fim.
Tu tens algo para dizer a ti própria, que és forte, guerreira, sonhadora, e que concretizas todos os teus sonhos.
Se alguém disser que não, mando-a à merda.

  

 

 

 Fotografia da autoria da simpática Simple Girl 
06
Mai17

[Resenha Literária] A rapariga que roubava livros

Carolina Cruz

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O ser humano, esse ser, pior que qualquer irracional. O Homem, o único, que mata por prazer. Guerras, mortes inocentes e um imperialismo que conta a história que Hitler escreveu. Triste, repugnante, horrorosa. Muitos mais adjetivos podiam descrever o holocausto, mas por mais anos que passem, é impossível.
"A rapariga que roubava livros" é um livro que narra a história de quem viveu nessa época.
Esta trama é narrada por alguém que teve grande destaque na 2° guerra mundial, sobretudo entre os judeus - a morte.
Ela conta a história de Liesel, uma menina a quem roubaram a esperança e que ainda assim nunca deixou de sonhar. Agarrou-se às palavras, aos livros e aos que mais amava e o mundo, ainda que cinzento, tornara-se cor-de-rosa.
A ânsia de roubar um livro era tão forte que cada dia se tornava numa aventura, ao lado do seu amigo Rudy.
Uma história de ficção envolvendo a história mundial, sobre a inocência, o amor, o afeto, a lealdade e a esperança num mundo onde a morte e a crueldade entram a cada instante.

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