[Cinema] Leo
O que fazes com o teu passado é tu que escolhes, mas essa escolha pode ser determinante na tua vida e na vida dos outros.
Por vezes um erro grave de um momento pode durar uma vida inteira, em sentimentos de culpa, frustração e dor que nos consomem e nos fazem julgar os que estão à nossa volta, repugna-los, interpretá-los mal, acusá-los, pois a culpa só em nós é que pode viver, mas quando não se transborda em lágrimas, a raiva surge.
Por vezes duvidamos de quem mais amamos e a vida surpreende-nos, mostra-nos que podemos ser melhores do que aquilo que fomos, mas o passado esse não podemos mudar, mas podemos escrevê-lo para ser explicado, compreendido, arrumado.
Leo escreveu quem era, sem rodeios, sem medos, pois o seu silêncio foi a sua defesa e o seu escape. No entanto todo o mal que sentiu, aquele que nunca disse, o que sempre omitiu em voz, escreveu-o, tornando-o alguém mais forte.
“Leo” é um filme pouco conhecido, mas que eu me atrevo a dizer que é dos melhores filmes de suspense e drama que vi até então, porque nos apega e nos entristece como se na história entrássemos. Entristecer não é no mau sentido, é no sentido em que nos prova ser uma boa produção.
Vejam, vale a pena.