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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

21
Out18

[Resenha Literária] O coração de Simon contra o mundo

Carolina Cruz

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"O coração de Simon contra o mundo" de Becky Albertalli é um livro, na minha opinião, de leitura obrigatória, sobretudo para quem, tal como eu, adora livros "Young Adult".
Este livro fala-nos da grande responsabilidade que é crescer, da dor de cabeça que é amadurecer, mas quão desafiador pode ser. 
Não é fácil crescer, mudar ou revelar quem somos. Receamos perder quem amamos, desiludir a família, perder os velhos amigos.
Simon sempre escondeu um segredo e desvandá-lo vai ser uma verdadeira dificuldade para ele e para os que o rodeiam - Simon é gay.

"Porque é que só os gays é que se devem assumir? Porque é que a heterossexualidade é a norma?" 

É o que Simon questiona e nos faz pensar. Afinal qual é a diferença? Não é amor?
Sim, é amor, e é isso que devemos preservar, querer na nossa vida, respeitar.
Este livro é uma verdadeira abertura mentalidades, uma motivação e uma coragem para quem vive na vida real o sentimento de Simon.
Um livro que homenageia o amor, a união, a família e os amigos, o respeito e a coragem, com um toque de doçura, diversão e espontaneidade.
Um livro que, como disse, devia ser de leitura obrigatória para todos. 

E vocês? Já leram?

02
Set18

[Resenha Literária] Há cabelos que sorriem

Carolina Cruz

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“Há cabelos que sorriem” é um romance terno e maravilhoso, narrado com o afeto e o olhar de uma criança.
Uma criança bastante adulta, com pensamentos e ações maduras, consequência da sua vivência familiar dura.
“Há cabelos que sorriem” fala-nos de um divórcio entre um casal que vive numa África utópica. Envolve-nos e prende-nos entre discussões e recordações de um rapaz que ainda tem tanto para viver, crescer, mas que parece já ter vivido uma vida longa.
A vergonha de se sentir diferente, a vergonha de amar e não ser correspondido, a falta de um amparo familiar e as saudades do velho avô, trazem a esta criança uma sensibilidade forte.
Um livro impecavelmente bem escrito, em prosa, mas com um sentido poético sobre a vida e os sentimentos.
Diogo é um escritor recente mas que, na minha opinião, tem um futuro promissor.
Leiam o seu livro porque vale mesmo a pena.

31
Ago18

[Resenha Literária] Agora e para sempre

Carolina Cruz

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“Hoje e para sempre” é o terceiro livro da trilogia “A todos os rapazes que amei” de Jenny Han.
Terminou, terminou neste terceiro livro e eu sinto uma pena e umas saudades descomunais, não pode ser só mais um livro Jenny?
Neste livro ficamos finalmente a conhecer a história final dos seus personagens e embora terminar um livro (para mim) seja sempre uma enorme tristeza, posso dizer-vos, sem abrir muito o pano, a Lara Jean e o Peter não podiam ter um final melhor ou mais realista.
Mais uma vez, Jenny Han apresenta-nos um livro apaixonante e divertido onde as personagens ganham vida e nos encantam.
Jenny Han tem um poder de nos fazer criar ligação com as pessoas que cria.
Esta é uma trilogia maravilhosa que termina, neste livro, mas nos faz chorar por mais!
Quem é fã do género “Young Adult” não pode perder esta trilogia.

O primeiro livro “A todos os rapazes que amei” já foi adaptado pela Netflix.

Quem também é fã desta trilogia?

04
Mai18

[Resenha Literária] Ondas de Calor

Carolina Cruz

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Agora que andamos numa de consumir séries como viciados (falo por mim também)...
Quem se lembra de Castle? Que saudades eu tenho desta série, uma das minhas de eleição!
É uma série que aborda crime, sedução, amor, escrita e muita comédia!
Richard Castle, na série, é um escritor que acompanha Beckett no seu trabalho como detetive, para escrever os seus livres de crime e de suspense, que são reais e já estão em Portugal desde 2015!
Usando as mesmas personagens da série, mas com os factos ficcionais que Castle escrevia nos seus livros, os livros falam-nos de Rook (baseado em Castle) é um jornalista que procura Nikki Heat (baseada em Beckett) para escrever uma notícia/crónica sobre aquele departamento de investigação.
"Ondas de Calor" é o primeiro livro  e fala-nos sobre um assassinato de um homem rico, detentor de uma grande galeria de obras de arte, viciado no jogo e nos negócios. Fala-nos também da relação de Nikki Heat com o seu trabalho, os seus colegas e com Rook.
Acompanhar as personagens do livro que caracterizam bem as personagens apresentadas na série, trouxe-me uma verdadeira nostalgia. 
Li o livro em duas ou três semanas por isso mesmo e não só, também por ser incrivelmente bem escrito, nada massudo e muito divertido! 
Creio que quem gostou da série, não pode perder a leitura dos seus livros...
Eu adorei este, venha o próximo!
E vocês? Conheciam?

14
Mar18

[Resenha Literária] P.S. Ainda te amo

Carolina Cruz

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Depois do livro "A todos os rapazes que amei", Jenny Han presenteia-nos com a continuação da história de Lara Jean em "P.S. Ainda te amo", um livro tão fiel ao primeiro que nos deixa de novo sem respiração. 
Após a sua relação com Peter mudar, Lara Jean acredita que este seu primeiro amor pode mudar a sua vida, até porque Peter torna-se naquilo que sempre sonhou, é romântico, querido com a sua irmã mais nova, um verdadeiro companheiro de aventuras e respeita-a acima de tudo. 
Mas será apenas no início? Um engano? A paixão? A relação na sua fase inicial? Será que serão capazes de levar uma relação sem mentiras ou sem se magoarem um ao outro? 
No caminho de Peter e Lara Jean, ainda está Genevieve, a ex-namorada de Peter, mas além dela, John (um dos destinatários de Lara Jean) surge respondendo à carta há muito tempo sem resposta. 
Será que a relação deste casal é forte o suficiente para não se deixar quebrar com todas as pessoas importantes e factos à sua volta?

Um livro que nos faz (pelo menos a mim) afeiçoarmo-nos às personagens, ficar desiludidos com as suas atitudes ou pensamentos, felizes por pequenos detalhes e/ou vinganças. 
Um livro que nos faz ler, ler e ler e querer mais e mais.

Quando é que o terceiro sai em Portugal? Alguém sabe?
Ansiosa.

Até lá, leiam o primeiro e este! Vale mesmo a pena!

28
Dez17

Wonder - o livro e o filme!

Carolina Cruz

Wonder! Ai o Wonder, ainda não arranjei palavras para descrever coisa mais maravilhosa, tanto a nível da literatura como cinematográfico, estão ambos espetaculares! Wonderful, mesmo!

 

O livro

 

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Maravilhoso. Grande, mas não massudo, intenso sim, emocionante. 
Vivemos na pele dos personagens pela caracterização maravilhosa que a autora faz e pela primeira pessoa que oferece a cada uma das personagens a sua perspectiva de vida e sentir.
A história delicada e dolorosa de Auggie, um menino normal que nasceu com uma deformação na cara, que enfrenta pela primeira vez uma escola verdadira, torna-se deliciosa, embora Auggie e o leitor tenham de enfrentar terríveis desafios e pessoas maldosas.
Auggie é um miúdo normal, inteligente, super bem-disposto e divertido, mas conseguirá ele convencer os colegas de que o seu rosto não importa? Que se olharem bem no seu interior e o conhecerem inteiramente entenderão que é igual a todas as outras crianças e que é tão bonito e divertido que afinal o seu rosto nem é assim tão difícil de encarar?
Li o livro em duas semanas e tornou-se um dos meus livros de eleição.

 

 

 

 

O filme

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O filme foi, na minha opinião, dos livros que li, das melhores adaptações para cinema.
As personagens são tão emocionantes quanto no livro e a divisão de capítulos por personagens e perspetivas mantém-se, felizmente e incrivelmente bem feito. 
É tocante, não só pela história, mas pelo brilhante papel interpretado pelo tão querido Jacob Tremblay (Jack do filme "Room" de 2015). 
Todo o elenco está espetacular e o desenrolar do filme é tão emocionante quanto o livro (até para quem leu!)

 

 

 

Tanto o livro como o filme, nos apresenta uma mensagem muito importante de que não importa a nossa condição ou aspeto, nós somos aquilo que fazemos, quem somos para com os outros, as nossas ações, as nossas escolhas, as partilhas, os gestos mais gentis, os sorrisos e a amizade. É preciso conhecermos interiormente as pessoas para perceber as razões que têm para agir de determinada forma ou para aprendermos igualmente a não julgarmos os outros pela aparência, porque cada um de nós é um ser especial, um ser que precisa de atenção e de amor. E como diz o nosso valente e "wonder" August Pullman "toda a gente no mundo devia ter direito a uma ovação de pé pelo menos uma vez na vida porque todos nós triunfamos no mundo".

Uma história baseada numa história real e que é também a vida real de muitas crianças, jovens e adultos vítimas de bullying e/ou discriminação.
Uma história que nos toca, nos emociona e nos ensina... e tanto!

Vejam e leiam porque ambos valem a pena :)

26
Nov17

[Resenha Literária] Fomos instantes e Mais do que instantes

Carolina Cruz

"Fomos instantes" é o primeiro livro de Débora Macedo Afonso. É um romance bonito, de fácil leitura e que nos deixa constantemente em plena ansiedade de querer saber mais. 
Fala-nos sobre Vitória, uma jovem estudante que se apaixona por Guilherme, com quem vive o seu primeiro amor. 
Porém Guilherme é inconstante e muitas vezes parece não saber o que quer, mas o amor que sentem um pelo outro, vai sempre levá-los ao encontro das sensações mais intensas e também mais bonitas.
Mas vencerá este amor? Apesar de todas as diferenças, distâncias e adversidades?
A curiosidade adoça-se a cada momento de leitura, foi isso que me agarrou a este livro: o suspense e a leveza.
"Fomos instantes" não termina por aqui e Débora oferece-nos um pouco mais de si e das suas personagens marcantes no seu segundo livro "Mais do que instantes".

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Em "Mais do que instantes" as personagens demonstram mudanças importantes no decorrer da sua história de amor. Irão eles perceber que muito os une ou muito os separa? 
Este livro começa de uma forma festiva: um casamento. De forma bonita, feliz. Porém não desvenda com quem Vitória acabou por casar. Será o seu tão amado Guilherme ou as suas vidas acabarão por se separar? 
Vitória vive neste livro o seu maior sonho: a representação e o teatro.
Reagirá bem Guilherme às suas escolhas de vida? Demonstrará mais apoio e menos atitudes inconstantes?
Neste livro o suspense e a simplicidade continuam a pautar o discurso e a escrita da autora. 

Dois livros que são bons instantes de leitura! 
 

24
Set17

[Por aí] Alexander Search

Carolina Cruz

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Já não é novidade que sou fã da inteligência, da genialidade e competência musical de Salvador Sobral, uma pessoa com uma qualidade tamanha à qual Portugal não estava habituado, e o mais incrível é que não caminha sozinho nesta arte, traz sempre consigo (acompanham-se mutuamente) outro génio musical: o Júlio Resende, da qual também me tornei fã. 
Alexander Search, é o seu projeto mais recente e ainda não tinha falado dele convosco. 
É um projeto musical que a mim, amante de música e da literatura, me enche as medidas. E porquê?
Tudo começou com a leitura de um livro de poesia inglesa do poeta Fernando Pessoa. O leitor e criador desta banda é Júlio Resende.
A banda tem uma característica muito própria, cada membro tem um nome que é um heterónimo do poeta.
Enquanto Resende é "Alexander Search" (um pescador de Province Town), Salvador Sobral veste a pele de Benjamin Cymbra, uma personagem que é totalmente o contrário da sua personalidade, o que se torna um desafio maravilhoso, como diz o próprio.
Os outros membros da banda também foram dados heterónimos e sua caracterização: Sgt. William Byng (André Nascimento), Mr. Tagus (Joel Silva) e Marvell K. (Daniel Neto).
O disco foi lançado em maio deste ano e a estreia ao vivo foi no SuperBock Super Rock, a 13 de julho. 
É assim que eles se definem:

 

«Alexander Search é uma banda de língua inglesa que cresceu na África do Sul, mas que está radicada na Europa, mais concretamente Portugal, "paraíso à beira mar plantado" como dizia o seu maior poeta, Fernando Pessoa. A sua música mistura influências da indie-pop, música electrónica e rock. As letras foram escritas maioritariamente por Alexander Search, membro da banda que morreu tragicamente ainda jovem, mas que granjeia o respeito e admiração dos seus pares como "the greatest conquerer of the beauty of words", o maior conquistador da beleza das palavras.
Augustus Search é o compositor de serviço da banda, toca piano e sintetizadores e faz a direcção musical. Benjamin Cymbra é um cantor extraordinário e traz na sua voz a garra rock n'roll do passado e as angústias e esperanças do presente. O futuro "é a possibilidade de tudo", dizia também Pessoa.
Sgt. William Byng comanda a vertente computacional e electrónica. Marvel K. tem uma guitarrada cortante e espacial. E Mr. Tagus, ex-baterista de jazz, ainda tem na música e 'groove' de África uma das suas maiores riquezas.
Alexander Search é uma banda que gosta de ousar, impaciente, à procura, sempre à procura, da quintessência. Nunca o conseguiu. Este é o disco de mais uma tentativa falhada.»

 

Fico grata ao Júlio, sobretudo, e aos que caminham com ele, por conseguir criar cultura musical e única como esta e nos dar o prazer de poder ouvi-la e fazer parte dela.

Vamos ouvir um pouco?

 

 

25
Ago17

[Por aí] Miguel Araújo na Visão

Carolina Cruz

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Já não é recente a minha admiração por este senhor e quem segue o meu blog sabe-o, é impossível esconder, pois é, na minha opinião, um dos maiores génios da música portuguesa do momento.
Tal como a minha admiração, a sua estreia como colunista na Visão também não é recente. Ainda assim, tinha de fazer este post para dar a conhecer aos mais distraídos este (não novo) dote para a escrita deste homem dos sete ofícios. 
Miguel Araújo após a saída de "Os Azeitonas" (final de 2016), agarrou novos desafios este ano de 2017, começando em Janeiro a escrever para a consagrada Revista "Visão", estreando-se com a crónica intitulada "Pop de trás para a frente lê-se na mesma Pop"
Vários temas são abordados pelo artista, desde a música, a temas mais pessoais como a sua origem, o Porto, famíliacolegas. Falando também de situações diárias do mundo e opiniões próprias e muito pertinentes.
Sem entrar demasiado em pormenor na sua vida pessoal, Miguel dá-se a conhecer um pouco mais. 
Usando uma simplicidade que lhe é tão característica, tem uma escrita atrativa, mas desengane-se quem ache que as suas palavras são simples demais. Nada disso! Leiam todos as hiperligações que fiz!
Araújo tem o dom de contar histórias, como é claramente visivel nas suas músicas e, agora, nas suas publicações de opinião.
Este dom a que me refiro vai muito além do bonito ou do simples facto de escrever. Miguel tem um toque literário especial, palavras maravilhosamente bem escritas e pensamentos tão geniais e tão claros e igualmente complexos, que nos perguntamos (pelo menos eu!) - "como nunca pensei nisto?". 

Espero que seja uma crónica para manter por muitos e longos anos, porque é com grande agrado que a leio e que com com bastante orgulho vos falo dela!

19
Mar17

[Resenha Literária] Um dia disseste que devia escrever um livro

Carolina Cruz

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"Um dia disseste que devia escrever um livro" é o primeiro livro da autora Patrícia Rebelo.
Este primeiro livro de Patrícia é uma biografia onde narra a história da perda de dois anos de memória após ter sido operada a um ouvido.
Patrícia leva-nos a pensar no que faríamos se já não nos lembrássemos de quem somos, porque quando acordou da operação, Patrícia não se lembrava do ano em questão, é como se tivesse entrado numa máquina do tempo e tudo o que parece ficção é, na verdade, uma história bem real.
Patrícia acorda e não se recorda de Filipe, o namorado, pois se retrocedermos a dois anos (e uns outros antes - o começo do livro) o seu coração palpitava por Diogo, por quem volta a palpitar devido à perda de memória.
Como terá sobrevivido Patrícia a este encontro sem saber que é com o passado ou mesmo sabendo vai ao encontro da ausência de sentimentos por parte do seu querido amado?
Neste livro, a autora demonstra um grande crescimento ao longo dos tempos, a sua força e coragem para viver uma nova vida e mil e um sentimentos com que lidar, numa escrita de fácil leitura.
Um livro com uma mensagem forte que nos faz pensar que, podemos e devemos recomeçar, mesmo quando não existem forças em nós, porque cada dia não é apenas um dia mas sim uma aprendizagem para sermos melhores. Uma aprendizagem para toda a vida.

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