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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

07
Dez18

[Ficção] Queria(-te) tanto!

Carolina Cruz

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Queria tanto saber de ti! 
Meu Deus, que louca que sou! Louca por sorrisos rasgados, felizes e sinceros e é isso que me apaixona em ti.
Não te assustes, não é amor ou paixão platónicos, sabes… sou da opinião que também nos apaixonamos pelas pessoas sem nutrir amor, mas admiração.
É isso, é exatamente isso que sinto, admiro-te e pensas tu “mas tu nem sequer me conheces”, pois não, mas consigo sentir com o coração quem são as pessoas de bem e não. Esses olhos dizem-me tudo!
Não imaginas o quanto me motivas e o quanto me fazes feliz sem saber. Vejo em ti um mistério de sonhos doces. Posso conhecer-te? 
Tenho a certeza de que não me engano, que serás fiel à imagem que tenho de ti.

25
Nov18

[Cinema] Pedro e Inês

Carolina Cruz

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O amor faz-nos dementes, transcende o imaginário, assola-nos. O amor é o motor da nossa vida, do nosso corpo, da alma, daquilo que somos.
Porém, nem todos compreendem o caminho que o amor nos faz seguir, não há passado, presente, nem futuro que os façam entender.
O amor abraça-nos, torna-nos mais leves, mas também nos mata…
“Pedro e Inês” é um filme poderoso, que tal como o amor nos transcende, nos movimenta, nos apega e nos aprisiona!
Baseado no romance de Rosa Lobato Faria intitulado “A trança de Inês” (o qual ainda não li, mas tenho bastante curiosidade), realizado e produzido por António Ferreira, é carregado de poesia e alguns talvez não entenderão a sua complexidade bonita. 
Continuo a dizer que temos muito boa produção em Portugal, que devíamos dar-lhe mais valor!
Eu adorei e vocês já viram?

 

01
Nov18

[Ficção] Louca?

Carolina Cruz

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Por mais distância, existe o meu amor por ti. 
Por mais tempo que passe esse mesmo amor parece não querer morrer, tem vida e vontades próprias...
Mas eu acredito neste amor. Talvez seja louca, mas acredito. Porque por maior que seja a tua ausência, eu já não sou do mundo, sou de ti. 
Como posso sentir-te tanto assim? Não com o coração, mas com o corpo inteiro... Sou tua, completamente tua. 
Queiras ou não queiras, estejas ou não, eu sou de ti, de mais ninguém.
Já não me conheço, já não sou eu... 
Quem sou eu sem ti? Sem viver-te no pensamento? Sem te sentir em mim?
Amo-te e não sei se isso é bom, mas amo-te tanto e, apesar de tudo isto, gosto de gostar de ti.
Serei mesmo louca?

31
Jan18

[Ficção] Louca, sim!

Carolina Cruz

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Ouçam-me… Quero gritar ao mundo!
Sei que é amor quando o amo pelo seu lado mais escuro.
Sei que é amor quando no feio, eu vejo o belo… quando o amo mesmo depois de todos os seus erros, das suas falhas, dos seus defeitos. 
Sei que é amor quando lhe toco e o sei de cor, quando fecho os olhos e sei que posso sorrir, por perdoar, por pertencer, por amar. 
Digam-me que sou louca por amor este bandido,pois mais bandido é o meu coração que se inflamou neste fogo ardente. Não se escolhe quem se ama, mas mesmo não escolhendo pode viver-se tanto por esse amor, que eu prefiro morrer louca que triste. 
Por mais pecados que ele possa ter cometido, eu fui o seu melhor pecado, ele será sempre o meu preferido, pois nos seus olhos eu vejo que a cura da sua alma está em mim. 
Deixem a minha vida, deixem de tentar pensar pela minha cabeça, com os meus pensamentos, sou crescida! Vivam as vossas vidas desinteressantes, seus mal-amados, o que vos falta é amor, amor poderoso e bem vivido que abre em flor e desmaia pelo prazer tamanho da paixão. 
Sou louca desmedida e quero continuar a sê-lo, a sentir, a senti-lo, a sentir que posso morrer de amor e continuar a viver intensamente.
 
 
 

 

08
Fev17

[Completas-me] com Cátia Madeira

Carolina Cruz

Hoje temos a querida Cátia, do blog "Em busca da felicidade" com um texto a duas mãos que é tudo menos feliz, no entanto, acredito que vos vai apegar do início ao fim. Espero que gostem tanto, como eu gostei desta parceria!

 

"As lágrimas que caem no meu rosto seguem o compasso das ondas que batem fortes na areia da praia. O som que me acalma os pensamentos. O coração. Os sentimentos. Tento acertar o bater do meu coração mas está descontrolado.
A mala a meu lado. Dois tarecos e meio. A saudade cá dentro. O medo de perder quando sei que fui eu que fugi.
Não queria ter virado costas. Pediste que ficasse. Que tudo se resolvia.
Resolvia?
- Às vezes parece que já não nos conhecemos.
- Mas como, se ninguém me conhece melhor que tu?
Como? Se nem eu me conheço como tu sabes o que sou? Como posso achar que já não nos conhecemos.
A minha cabeça. As minha dúvidas. A minha procura pela perfeição.
Não sei se te faço bem. Se sou o melhor para ti.
- És quem eu quero. Deixa-me ser eu a escolher.
Escolhi por ti. Bati a porta e saí.
O caminho não sei como o fiz e dei comigo em frente ao mar. Aquele que me lava a alma. Aquele com que acerto as batidas do meu coração. Aquele que espelha as lágrimas que trago no rosto. Dois mares salgados frente a frente. Um puro, outro ensombrado pela dor de quem escolheu da pior forma. De quem quer voltar atrás mas não tem coragem para isso.
Escolheste vir embora. Agora não podes voltar sem mais nem menos.
A minha mente comanda. O meu coração obedece.

Sinto passos atrás de mim. Como quero que sejas tu. Como quero que me abraces e me digas que tudo vai ficar bem. Que me amas mesmo louca. Que me envolvas nos teus braços. Ponhas o teu casaco sobre os meus ombros e pegues na minha mala.
- Vamos para casa. – dizias – para nossa casa.
E eu ia contigo.
Se me conheces como sei que sabes quem sou, encontras-me aqui. Neste espaço que me acalma as batidas do coração."

 

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Mas não, não eras tu. Nunca serás tu, depois de toda a desilusão que prendi em ti, nunca serei eu de volta ao teu coração. No entanto, no meu coração estarás sempre até ele deixar de bater. Apesar de tudo, amo-te. E o meu coração só deixará de te amar quando tudo terminar.
É isso, é isso mesmo. Quero que ele deixe de bater, já, agora.
As ondas estão revoltas, o mar está bravo, dispo a roupa, tal e qual como gostavas que me despisse para ti, ali estava o meu corpo nu a amar-te como uma louca, como se as ondas fossem a tua cama, como se o mar fosse o meu crematório.
Entrei a medo, a água gelada quebrou o meu corpo quente, naquele inverno frio. Não podia desistir, eu tinha sido fraca toda a vida, mas naquele momento tinha de ser forte, quebrar tudo, quebrar-me a mim. A louca não partira apenas da tua vida, mas do meu corpo também, partira para sempre.
O meu corpo começava a gelar, os meus pés não viam o fundo e eu via o meu fim à vista, estava a conseguir.
Estava prestes a perder os sentidos, quando ouvi uma voz dentro de mim, eras tu, a tua voz doce, que me fazia recuar, mas já não conseguia, os meus olhos já se tinham fechado.
Eras mesmo tu e não uma voz dentro de mim, eras tu que me agarravas, e choravas, só a minha alma te podia ver, o meu corpo já não te podia tocar.
Chegaste tarde demais, e eu parti demasiado cedo. Não devia, desculpa. Hoje choro, mas não serve de nada. Será que se arrependimento matasse, eu voltaria a viver?
Por vezes não entendemos que os nossos atos magoam os outros. Eu marquei-te e magoei-te para a vida toda, deixando partir a minha.
Sei que esse teu corpo é só apenas uma miragem, porque também desejas partir nesse mar, mas pensa em mim, e sempre que quiseres, se isso te liberta, vem lembrar-me, encontra-me aqui, talvez um dia quando houver pozinhos mágicos, eu possa voltar.

  

03
Dez16

Sento-me e sinto.

Carolina Cruz

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Sento-me, carrego comigo toda a mágoa que invade o ser humano e questiono-me sobre tudo o que vai na sua alma.
Hoje cansei-me dele, das suas intrigas, hoje tomei o partido da sensatez e sentei-me, onde o sol se põe e a tranquilidade aflora o simples som do mar, flutuante e calmo, constante, mesmo ali à minha altura.
Canso-me demasiado e inspiro como se morresse hoje arrastada pelas ondas, talvez fosse levada para o paraíso, talvez lá a humanidade não cairia no desumano, não falava em tudo e nada, não comentava e não empinava o nariz com autoritarismo.
Estaremos nós loucos? Que se passa? O que aconteceu ao nosso “eu”? À nossa união que fazia a força nem que fosse por um segundo? Que é feito do conceito de “Família”? Mudámos o nosso vocabulário, mudámos as coisas simples para futilidades, em mesquinhices e rancores, expiro, morri…este não é o meu mundo não é, enfim…
Sento-me e sinto-me, sensata.

16
Nov16

[Completas-me] Com a RP

Carolina Cruz

Hoje o "Completas-me" está de volta! Finalmente! - devem dizer vocês. É verdade, mas como disse no facebook, eu não gosto de fazer as coisas à pressa, mas sim dedicar-me de todo o coração àquilo que abraço. E esta rúbrica, como todas as outras, merece a minha perfeição, e como ela não existe, eu procuro dar o meu melhor. 
Hoje trago-vos a minha querida e simpática RP para um texto sobre quebra de monotonia e mudanças. E é engraçado que esta história fez-me sonhar que estava num avião com ela, não é curioso? :D

Vamos ler? Espero que gostem desta história escrita a duas mãos!

 

"Agora que o avião colocou as rodas no chão é que caí em mim. O meu estômago embrulha-se, tal é a minha ansiedade. Constato, agora que estou mais lúcida, que pouco me falta para ter um ataque de pânico. Mas onde é que estava com a cabeça? Como fui capaz de largar toda uma vida? Uma bagagem? Os amigos? A família? Os meus pais choraram tanto. Disseram que todos temos segundas oportunidades. Que fugir não é solução, nunca é! Não concordo. Acho que a pior das hipóteses era ficar. Voltar aos mesmos lugares, ver as mesmas pessoas. A cabeça quente achei que sair do país era o ideal. Mas não para a Europa já com um emprego e uma casa garantidos para os tempos de adaptação. Conheceria alguém. Isso resultaria em familiaridade, em questões, em voltar ao mesmo. Não queria isso. Tudo menos isso... Talvez o meu pânico se deva a sair da zona de conforto. Ao facto de não conhecer ninguém a quem recorrer, a não conhecer o lugar. Ou a ambos. Que raios! Lancei-me de cabeça. Nem sequer o idioma sei. Não tenho emprego. E se não arranjar? Não tenho conta bancária para uma estadia demasiado longa.   As portas do avião abriram. Nem sequer sei onde é a saída do aeroporto. Sigo a multidão. Faço neste momento parte do rebanho. Eu que sempre fui contra isso, que sempre me revoltei com as imposições. Aliás agora que penso nisso lembro-me das pessoas que tanto dececionei. Os meus pais que sempre batalharam para me darem uma vida estável. E cujas regras sempre me obstinei a cumprir. Os meus amigos que sempre me deram um apoio e conselhos e eu largo-os. O meu cão, até ele que tanto gosto dececionei ao não o trazer comigo. Todas as relações falhadas que tive. Não culpo nenhum deles. Culpo a minha pessoa, a insatisfação crónica, o só querer estar onde não estou... Eu fui a pessoa mais dececionante que lhes poderia passar na vida. E nenhum deles merece. Estão táxis à porta. Rabisco o nome do centro da cidade e mostro ao taxista que acena com a cabeça como quem diz que entendeu. Olho pela janela e reparo em como tudo é tão novo, o que me entusiasma, e tão estranho, o que me aterroriza ainda mais. O taxista deve ter reparado na minha cara porque o ouço a dizer com um sorriso encorajador: "No worries miss. It's safe!" Deve pensar que o facto de já terem sido alvos de terrorismo me amedronta. Como se isso não acontecesse cada vez mais na Europa. Olho para ele e devolvo o sorriso. Tenho mais medo da minha pessoa para ser sincera. Deixa-me no centro, pago e agradeço com a melhor pronúncia que consigo arranjar. Olho à minha volta. Toda a gente passa, todos se conhecem, todos parecem seguros para onde vão, todos estão no seu mundo, ninguém repara em mim. A pergunta que me assola é: "E agora? Para onde?".

 

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Sinto-me perdida, mas já que tomei esta decisão, não posso tornar-me mais cruel comigo mesma. Sei que ainda guardo os últimos tostões e se conseguir ainda me dão para alguns dias, mas não muitos. Trago a guitarra comigo. Faz tanto frio, estou encasacada como uma esquimó. Pareço uma idiota. Decerto haverá por aqui pousadas baratas. “Caramba” – penso – “Nova Iorque é um mundo e eu sou uma formiga em cada rua que passo”. Estou enganada, aqui ninguém se conhece, como vou eu conhecer alguém? Merda. Todos os pequenos seres são formigas que olham para o seu umbigo. Ainda agora cheguei e sinto-me impaciente, não quero isto, mas também não quero ceder aos meus medos. Creio que também eu olhei apenas pelo meu umbigo, e quando julgava que perdia o mundo, por perdê-lo a ele, por estupidez minha, perdi na verdade todos os que tinha à minha volta. Como voltar atrás? Como fazer diferente?
Agora não posso, e para me deixar de consciência tranquila vou fazer o melhor por mim. Se a vida me desse uma segunda oportunidade para amar eu seria a pessoa mais recompensada do mundo e então todos os meus fantasmas partiriam, mas a vida não é como nos filmes.
No exato momento em que pensava nisto, um rosto simpático mergulhado na penumbra veio falar-me… A sua mão pousara no meu ombro.
Com um português misturado num inglês dito a medo, perguntou-me onde podia jantar em conta, sem que precisasse de pagar muito.
Soltei uma gargalhada, não que tivesse piada, mas por instantes não me senti só.
- Eu falo português. – Disse eu depois de parar de rir.
- Uff. – Disse ele soltando um suspiro simpático, acabando por sorrir. – David. – Disse-me, apresentando e estendendo a mão ao mesmo tempo que me oferecia de novo um sorriso. Tinha uns olhos verdes quase da cor de lima e um olhar sonhador.
- Sofia. – Disse, retribuindo o aperto de mão.
Naquele instante em que ele me olhou, eu podia imaginar que tinha acreditado no amor à primeira vista e que o meu coração voltou a sonhar, mas não quis levantar falso alarme. Sim, estava cansada de falsos alarmes, de trair os outros como fiz com ele e comigo também.
- Felizmente não estou sozinha nisto. – Acabei por dizer.
- Quer ir a algum lado? Vamos procurar juntos algum lugar para jantar?
- Se me tratar por tu. Devemos ter a mesma idade.
Curiosamente tínhamos, a mesma idade, os meus gostos, as mesmas vontades, por incrível que pareça – os mesmos escapes.
Dividimos o maço de cigarros que ainda me restava e conversámos sobre tantas e variadas coisas pela noite fora, que parecia que o conhecia há mais de mil anos.
Ele tinha chegado há uns dois dias e andava tão perdido quanto eu, vinha de uma viagem pela Europa, em busca de mudança, vinha com intenções de mudar de vida e gastar pouco, aprender com o mundo, tal como eu fugia à monotonia, mas não me dissera quaisquer razões para a quebrar. O tempo encarregar-se-ia de mo dizer. Eu apenas desejava esse tempo para o conhecer melhor.
- O que pretendes? Ficar?
- Se tiver motivos. Porque não?
Por momentos, na minha inocência parva, sempre a chamar o coração, tive vontade de ser eu esse motivo, mas fantasia-lo, era, por si só, ridículo. Desde que partira naquele avião sentia-me uma louca à deriva, mas encontrar David foi, na verdade, o melhor que me podia ter acontecido.
Porque tempos mais tarde encontrámos razão um no outro para ficar, para ser, para estar. Ele concordou que eu devia fazer as pazes com o meu passado, pedir-me desculpa e depois fazer o mesmo com quem magoei.
Uma amizade verdadeira nasceu entre nós. Ele também era músico amador, mas juntos tomámos a música como opção, começando a tocar juntos nas ruelas, nas ruas mais movimentados, nos metros.
A primeira vez foi por brincadeira e, ao ver que fazíamos sucesso, a brincadeira tornou-se algo mais sério, um sonho, uma mudança no mundo, dos outros e do nosso.
Um ano mais tarde, fomos desafiados por uma discográfica, dividíamos um apartamento minúsculo sem nada haver entre nós, além da amizade profunda. Até ao dia, que o verdadeiro sonho de ambos se tornou real – o palco.
Aquele abraço na subida e no desejo de sorte, desenrolou-se no beijo mais especial de todos os tempos e, naquele momento e em todos os outros, em que a mudança foi a vitória da minha vida, eu agradeci ter partido, ter quebrado a minha tristeza, fugindo da rotina. Embora fugir nunca seja a solução, para mim foi a mudança. Hoje sou alguém bem resolvida com a minha pessoa, com quem sou, como o meu passado. E o meu presente? Com ele é especial, com a minha profissão, com o que somos, com o que temos – o mundo nas nossas mãos – e os seus dois dialetos universais – o amor e a música.

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(fotografia do filme "Walk the line")

16
Jul16

[Simplicidades da vida] rir até chorar!

Carolina Cruz

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Não, não! Chega, não dá mais, mas não consigo parar, sinto-me bem e também com falta de ar, mas sabe tão bem soltar uma gargalhada ou rir bem fundo, um ataque de riso sem saber controlar! 
Faz-nos sentir vivos e loucos, daqueles sábios que sabem como levar a vida: vivendo a sorrir!

 

Foto do filme "O amor e outras drogas"

24
Abr16

Minha loucura

Carolina Cruz

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Lembro de ela partir sem dizer o nome, mas quase diria chamar-se Madalena, pois tal como a música, de seu nome, me fez chorar.
As formas do seu corpo eram leves mas ainda assim pareciam aprofundar-se numa sensualidade inata.
Apetecia-me senti-la nos meus sonhos, acordar e ainda tê-la a meu lado debaixo dos mesmo lençóis.
Como se pode desejar alguém que minimamente se conhece?
Eu sei... Ela trazia luz consigo, como algo que queima e arde por dentro num prazer que parece não ter fim.
Se pudesse dir-lhe-ia tudo o que em mim se invade, tudo por sua culpa. Chamar-me-ia de louco e eu convidaria-a para prova um pouco ou tanto desta minha loucura.

24
Fev16

Loucos um pelo outro

Carolina Cruz

Meu amor, és tudo aquilo que desejo, julgar-me sem ti é morrer-me um pouco de tanto que é de mim que não vive sem te abraçar, sem beber um pouco da saudade de um beijo roubado e do teu jeito que me consola.
Sabes meu amor, podemos discordar de tudo um pouco, mas de uma coisa ninguém duvida: que nascemos um para o outro. Que somos guerreiros aos olhos do amor, porque vencemos todas as batalhas que não nos matam, mas que nos tornam aquilo que sempre fomos e seremos: um.
Porque eu sei, doa o que doer, iremos dar as mãos depois de discutir e sorrir depois de virar as costas e nos abraçaremos depois de uma pedido de desculpas. 
Porque no fundo, meu amor, seremos sempre loucos um pelo outro e nada seremos sós.

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Photo: Novela "A Guerreira"

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