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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

25
Mai17

[O teu olhar] tudo faz parte!

Carolina Cruz

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Olha-te ao espelho. Chega de dizeres que não és mais tu, que estás mais gorda ou que já não és tão bonita como outrora.
Põe o teu colar preferido, o teu melhor batom e arrasa.
Não há mulher que não seja bonita se mostrar um pouco da sua atitude tão promissora.
Chega de te esconderes por detrás da imagem do que julgas que és. Chega de te esconderes na papelada do trabalho e não aproveitares a beleza da vida.
És bonita sim. Os rapazes olham-te e sorriem. Mas isso pouco importa, a tua maturidade é grande e tu já és crescida o suficiente para saber que o que os outros pensam de ti, não é quem tu és e que o que eles pensam não importa.
Quem virá para tornar a tua vida melhor e fazer-te acreditar de novo no amor, não será pelo teu decote ou pelas tuas formas bem-feitas. Será pela pessoa que és, pela tua luta, pelo teu interesse pela vida, pela tua forma de a encarar.
Por isso, parte à conquista do teu mundo. Põe a tua gargantilha e vai ser feliz. Vai dançar, vai aprender, vai sofrer de novo, se for preciso, porque tudo faz parte, tudo é viver.
 

 

 
(Fotografia da autoria da querida Carolina, que tem uma página de colares e tanta coisa maravilhosa, feita pelas suas mãos de boneca, visitem: M a n d a l a.)
09
Mai17

[Resenha Literária] Eu estive aqui

Carolina Cruz

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Não estamos sozinhos na dor. Nunca estaremos. É este o mote de Gayle Forman para o seu livro "eu estive aqui".
Este livro conta a história de Meg, uma jovem aparentemente feliz e de bem com a vida. No entanto, não é bem assim, pois a história é narrada por Cody, a sua melhor amiga, que fica destroçada ao saber do seu suícidio.
Cody, não se conformando com o destino trágico da amiga, vai em busca de factos, de pessoas e de lugares que possam estar ligados à morte de Meg.
Como conseguirá ela vingar a morte da amiga? Afinal quantas pessoas que tal como ela, se possam sentir culpadas? Quem é o verdadeiro culpado? Conseguirá Cody seguir em frente depois da morte da melhor amiga?
Gayle Forman, a minha autora favorita, não desilude! Apresenta um livro cheio de mistério, amor e coragem, deixando uma mensagem a todos os jovens que estejam a passar pela mesma dor ou que tenham alguém próximo que cometera o suícidio.
É um livro forte e interessante!

18
Mar17

[O teu olhar] Não vou desistir

Carolina Cruz

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Este é o meu percurso, o meu caminho. Não vou desistir porque sim, porque queres, ou porque o meu corpo se emaranha em cansaço. Não, não faz parte da minha pessoa. Muitos dizem que somos o que a alma nos transporta, que é a alma que nos move, junto dos nossos sonhos e eu concordo, e este… este é o meu sonho.
A minha vida é uma intensa corrida, um agarrar de sorrisos, um respirar de ar puro, sobre a serra, porque o meu coração ama tudo o que o faz bater, porque eu não vivo nem quero viver um dia sim e outro dia não, não fui feita para viver em vão.
Não, não penses, não me julgues, eu não vou parar, eu sou a força estampada no meu sorriso e na minha forma de ser. Os meus sonhos são o que sou, e eu sou livre.
Sinto a liberdade sob meus pés e o desejo de não parar faz-me sentir que a vida embora finita é uma enorme lembrança e continuidade, e se os sonhos se tornarem realidade, a tua jornada será eterna.

 

[Fotografia da autoria de Carla Santos]

 

 

 

07
Mar17

[Por aí] Salvador Sobral e a Eurovisão

Carolina Cruz

 

Não sou uma pessoa de falar no blog, sobre assuntos mediáticos, mas lamento, tenho de falar da música escolhida para o festival da canção, que anda a ser demasiado falada.
Várias pessoas questionam esta escolha e chegam mesmo a ofendê-la nas redes sociais e nas bocas do mundo.
Na minha humilde opinião? Acho que não podiam ter escolhido melhor música. Salvador é um óptimo interprete e Luísa uma óptima compositora!
Concordo que não é festivaleira (ainda bem que não), já agora... onde está escrito que tem de ser festivaleira? Se formos ao histórico de músicas portuguesas a concorrer na Eurovisão, muitas delas não são "festivaleiras" e são as mais delicadas e mais bonitas. Recordo-me, por exemplo, de "A cidade até ser dia" de Anabela, de "Silêncio e tanta gente" de Maria Guinot, entre outras. Esta, da Eurovisão atual, dos irmãos Sobral, tem a categoria das (boas) músicas feitas, escritas e compostas para a Eurovisão de antigamente. Há muito que, na minha humilde opinião, não levavámos uma música tão bonita, com uma mensagem tão simples e com arte de escrever em português. Não era isto que devia ser levado ao festival? Uma música que logo após ter sido colocada no youtube, foi comentada positivamente e aplaudida por pessoas estrangeiras que a compararam com as belas composições da Walt Disney, acho que é para ser valorizada. 
E hoje foi destaque, uma vez que subiu para o top 10 no racking de apostas estrangeiras aos favoritos a vencer o festival (estando na 8ªposição).
O rapaz não é de todo desconhecido, em tempos foi participante do programa "Os ídolos" (tal como a irmã) e editou um disco há um ano. Diz-se que está agora na berra por esta atuação, mas ainda bem, pelo menos dá-se valor à musica de qualidade, ao contrário do que muitos fazem e que me entristece - só valorizar o que é comercial e por vezes o que é degredo. Somos um país que prefere encher agendas com Maria Leal do que com músicos como este, é realmente triste, muito triste. 

Se estamos mal representados?
As opiniões dividem-se, ora porque o rapaz se veste mal, ora porque tem demasiados tiques nervosos, ou porque está pedrado. No entanto, volto a defender que, não é qualquer um que apresenta a persistência e a luta após estar de fraco estado físico, não quero com isto dizer que devemos escolhê-lo e defendê-lo porque "coitado", nada disso. Só quero exaltar que Salvador, mesmo tendo sido operado a uma hérnia no umbigo de tamanho bastante grande (daí a roupa larga e o jeito curvado) se manteve disposto a lutar pela sua arte até ao fim.
Quanto à sua forma de estar em palco é um pouco diferente sim, mas é a sua forma de sentir a música, se experimentarem fechar os olhoss e sentir cada pedacinho de melodia vão perceber que não é dificil de fazer os seus gestos.

É certo que as opiniões se dividem volto a dizer, cada um tem direito à sua escolha, ao seu gosto, e eu não posso deixar de concordar com as palavras de Markl e de Miguel Araújo!

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E é isto, estamos bem representados, levamos uma música de qualidade. Vamos acreditar que o primeiro passo está dado e que, como diz Markl "vamos a eles", vamos mostrar que em Portugal também se faz música de qualidade. Isso basta-me, é mais importante que qualquer lugar na tabela!

Parabéns manos Sobral!

 

02
Mar17

[Completas-me] Com Cátia Cardoso

Carolina Cruz

Hoje, o completas-me veio à quinta-feira, mas o importante é vir e ser bem recebido, partilhado.
Hoje tenho o grande prazer de partilhar a escrita com a talentosa e comunicadora Cátia Cardoso, autora do livro "Linhas Delicadas" (visitem, vão adorar as suas palavras)
Apresentamos um texto simples mas com uma mensagem muito importante: "seguir os sonhos".

 

“É frio o vento. Sopra com cada vez mais força. Os minutos passam e ela permanece no mesmo local. O anoitecer deu-se e ela ali ficou, a contemplar o vão, a fundir-se em pensamentos aleatórios e masoquistas. As lágrimas são cada vez mais espessas e geladas, porém, nada as afaga. Talvez, se tivesse nascido noutro sítio, noutra família, noutro século, noutro contexto... talvez, de uma forma diferente, tudo pudesse ter sido diferente e ela não tivesse de estar agora ali a lamentar-se pela sua pouca sorte.
Não há nada que a conforte. O céu parece preparar-se para que chova. É inverno, estava à espera de quê? Que um sol raiasse e a permitisse ficar ali toda a noite? Começa a chover, porém, ela não procura abrigar-se. Na verdade, nem se move. Permanece estática como se estivesse à espera que alguém lhe dissesse para sair dali e ir abrigar-se. A chuva molha as suas roupas, e funde-se nas lágrimas que lhe atravessam o rosto. Que horas serão? Dez da noite? Meia-noite? Três da madrugada? Perdeu a noção do tempo, e, sem querer, da vida. Está encharcada e parece não se importar com isso. Embora o frio seja cada vez mais incomodativo, nada a faz mover-se. É como se estivesse morta. Morta para a vida. Que outra morte existe, afinal?”

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Morremos se estagnarmos, morremos se nos acomodarmos, se nos permitimos parar. Nada mais existe em nós, depois de morrerem os sonhos.
Ela sentia-se como que uma alma vã que atravessava o mundo. Já não existiam razões para viver.
Porquê? Porquê aquilo acontecer? Porquê ela? E mais… porque é que ao morrer um sonho, ela morrera também ao invés de lutar por ele? Os sonhos só morrem se desistirmos deles. E ele só tinha morrido porque ela o matara ao não acreditar mais.
Chega de pensar e se… Se ela vivesse em outro lugar, noutro tempo, iria lutar da mesma maneira? Ou melhor, não iria lutar? O que queria ela? Receber tudo de mão beijada? Talvez fosse mais fácil, talvez soubesse bem receber e concretizar tudo o que sempre devera ser seu por direito. Mas não, não teria o mesmo sentido. Tudo é melhor se assim não for, tudo tem um sabor maior depois das quedas, depois de saber que o que temos foi por mérito próprio.
Houve uma voz, que lhe deu essa luz, que lhe disse que ao sentar-se e se lamentar não iria trazer o seu sonho de volta, não ia dar-lhe o que mais queria. Que lamentar só traz pensamentos negativos, dores na alma e moleza do corpo. Sem a força que o alimenta, ela morrerá por completo e sim, assim sendo os seus sonhos também morrerão.
Então ela deu-lhe razão, deu as mãos a esse pensamento positivo e mudou o seu destino.
Terá ela concretizado os seus sonhos? Pelo menos ao pensar de forma diferente, terá tido uma maior chance. 

15
Fev17

Rapariga, tu tens o teu mundo!

Carolina Cruz

rapariga, tu tens o teu mundo - por carolina cruz.

 

Hey! Acorda! Levanta-te!
Tu não estás caída no chão por tua culpa, não é por tua culpa que ele discutiu contigo. Deixa de pensar que és a culpada, só porque ele diz que o és. Diz-lhe sim – basta!
Basta de acreditares que a relação é a partilha de tudo, de palavras passe, de contas abertas e amigos selecionados.
Chega! Não te agarres a isso, não é verdade. Rapariga, tu tens o teu mundo, tens de ter os teus amigos, a tua privacidade, isso não significa que tens algo a esconder, mas sim que tens de ser tu e se numa relação tu não és tu por inteiro, por favor esquece-a, não é saudável e então não é amor.
“Não saias à rua com essa saia”, “não uses esse vestido, todos os homens vão olhar”, “és uma merda”, “amor desculpa-me, eu amo-te.”.
Desta vez não desculpes, não te rebaixes, não te deixes vitimizar. Isso não é amor, nem cuidado, é machismo, violência.
Desta vez diz “basta”, bate a porta, agarra uma nova vida, tu és forte e não dependes de ninguém para ser feliz, o bichinho da alegria vive dentro de ti, apenas se completa com outro alguém. Mas não alguém como ele, alguém que ame a mulher que tu és, sem controlos desmedidos e quebra de privacidade, mas sim que te conheça no teu todo, que te corrija os erros, mas que os aceite como uma parte de ti, afinal tu és um ser igual a ele, não inferior.
E quando bateres essa porta, procura o melhor de ti, não te deixes ir a baixo, tu és do mundo, és uma mulher e só por isso tens a tua garra, a tua força maior e percebe que quando o amor chegar também vai ser o melhor de ti, vais viver e namorar sem receios de dizer o que sentes, de vestir o teu mais sensual vestido, porque quem te ama não te prende, mas respeita-te como és e que tem orgulho em dizer – “Aquela mulher ali é minha namorada. Linda não é?”

 

 

02
Fev17

[Ficção] Esta tua ausência

Carolina Cruz

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Esta tua ausência que me mata.
Esta tua ausência que vive numa saudade infinita, numa presença distante que não perdura.
Um amor que morre no meu peito mesmo antes de ter nascido.
Esta inconstância de te ter tido apenas numa noite não deixa o amor que sinto por ti terminar, há uma sede interminável de te ter.
Se ao menos eu te pudesse escrever, mas não tenho contacto nenhum teu, quero sonhar que te tenho e ter-te na realidade de um sonho teu,
Porque só uma noite não chega, pois um dia pode ser tarde demais.

 

 

07
Jan17

Melhores dias virão.

Carolina Cruz

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Eu sei que a regra é seres feliz, que a sorte está em encarar as adversidades sempre com ar lutador e um sorriso nos lábios, mas também sei, sim sei perfeitamente que ha dias assim.
Dias em que nem tu te compreendes, dias em que só te apetece chorar ou partir. Mesmo quando dizem que o importante é dares valor ao que tens porque muitos sonhavam tê-lo, tu sabes disso mas isso não te chega, porque o que tens não é o bastante, não te satisfaz, não foi o que sonhaste.
Hoje faltam-te as asas para voar, falta-te a força, mas por favor peço que nunca falte a esperança, a mim e a ti, de que melhores dias virão.

 

 

26
Nov16

[Ficção] Eu escolho ficar

Carolina Cruz

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Sento-me, as lágrimas permanecem aqui, fechadas, comigo, porque tal como elas eu permaneço e assim hei-de ficar.
A dor ainda é a mesma, o sentimento vai devagarinho tocando-me no meu ponto mais fraco: a saudade.
Hás-de voltar e a dor ainda permanece na esperança de se transformar na felicidade por apenas um abraço.
Voltaste e os braços que me apertaram naquele dia não eram os mesmos, não os senti.
Química ou desenlace? Palavras que não fazem sentido. Não há guerra que não termine, o meu coração está feito numa batalha e a cabeça ainda luta.
Sou aquela que enfrenta o problema com jeito de ironia, com um sorriso.
" - Que escolhes tu? "
" - Eu? Escolho ficar. "

23
Nov16

[O teu olhar] Depois de toda a luta

Carolina Cruz

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Atravessei a areia, não alcancei o que desejava, corri pela água sobre o rio da minha vida.
Meu Deus, tantos obstáculos e adversidades empataram o meu caminho, mas ainda bem que surgiram para eu dar valor na hora em que cheguei à meta.
Se eu tivesse escolhido o caminho mais fácil, sem nenhum desafio ou sem qualquer cascata de medos e frustrações, eu não teria história alguma para contar. De que me serviria chegar à meta por chegar? Se calhar era apenas mais uma vitória que não teria qualquer significado, que passado poucos dias iria esquecer.
O mesmo acontece com os sonhos e com a vida. Custa lutar, custa sofrer, cair, mas levantarmo-nos é o mais importante.
Depois de toda a luta e sofrimento, a vitória é a luz mais feliz do caminho e então aí saberemos agradecer de coração.

 

[Fotografia da autoria de Telma Cardoso]

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