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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

13
Mar18

Escritor...

Carolina Cruz

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Um cálice de vinho do Porto, águas bravas, chuva lá fora, escuridão, noite. 
Qualquer escritor sabe que é nas bravuras da madrugada que a vida nos inquieta, que a solidão chega para abraçar o dia que nada mais é que a luz da escrita, das folhas, das palavras que se cospem para um qualquer papel de rascunho.
O que se escreve é o que corre nas veias, a amargura, o despeito, o fim de um amor, um coração desfeito, a perda e a ficção, tantas vezes baseadas nos próprios acontecimentos diários que nada têm a ver com o que se escreve.
Vive-se constantemente a inventar uma história que não é nossa, um amor que não é real, bem se dizia que um “poeta é sempre um fingidor”, finge o que sente e o que não sente, intrigando-se com o que sentem os outros, inspira porque expira tudo aquilo que crê que lhe vá na alma.
Dorme mal e quando dorme é para se inspirar, para sonhar, para analisar, para viver também nos sonhos que sonha e que quer tornar realidade. 
É difícil compreender um escritor, mas se por ti ele se apaixonar, acredita, na dor que lhe provocas, no amor que lhe tens, na vida e na morte serás eterno. 
Escritor de sentimentos, falácia de pensamentos, grandeza de coração, a inspiração surge, mesmo no ímpeto da escuridão.
 
05
Dez17

Nunca te esqueças de mim.

Carolina Cruz

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Falo para ti. Ouve-me.
Agora que o tempo sarou todas as feridas e já não existe raiva nas palavras que escrevo, digo-te em silêncio. Perdoa-me que eu perdoo-te também. 
Sei que não vou a tempo de recuperar o que eramos, o que tinhamos, o que sempre fomos, mas quero apenas que me perdoes. 
Eu perdoo-te toda a dor que direta ou indiretamente me causaste. 
Perdoo-te porque por mais tempo que passe, eu não te esqueço, porque à parte de todas as mágoas, traições ou ciúmes, eu ainda gosto de ti, eu ainda gosto tanto de ti. 
Por isso peço-te que, independentemente de tudo, nunca me esqueças também e espero que, se já não gostares de mim, ao menos que recordes com um sorriso aquilo que passámos juntos. E acredita, que eu acredito também, que o que tivemos não foi em vão e que nos deixou, apesar de tudo, uma marca para sempre. 
E para sempre, eu vou recordar-te de sorriso no rosto.
Nunca te esqueças de mim. 

28
Jan17

[Ficção] Tu não me deixas viver

Carolina Cruz

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Não dás valor a nada do que faço, para ti sou e serei sempre aquele fracasso, aquele olhar perdido entristecido na presença do teu sorriso escasso, escondido.
No fundo, não paro de te amar, porque um dia sonho, sonho sempre que voltas ao mundo que eras, ao mundo em que ainda sabias o que era amar!
Não te julgo, nem te quero julgar, muito menos eu que não me canso de te amar. Mas o que sinto é tão puro, tão forte, mas encontro tudo tão escuro, tenho medo de um dia me encontrar com a morte.
Fala-me do que sentes, solta a mágoa que guardas dentro de ti. Eu sei que sentes, mas mentes, mentes sem fim, tentas ser forte, encorajar até a morte mas cada pedaço de ti se torna mais corda em vez de laço, e a mágoa invade o teu espaço.
Mudaste tanto o que há em ti, existe tanta história, tanta mágoa que eu já esqueci para não te fazer sofrer mas a cada passo, tu é que não me deixas viver.

 

 

01
Out16

Folhas caídas no chão

Carolina Cruz

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Em todas as histórias das nossas vidas há sempre algo por contar, algo que não se sabe, que não se cura, marca e deixa saudade.
Há histórias guardadas em silêncio, choro, mágoa de um prazer passado, hoje só murmura o segredo, e o sorriso toma conta de algo que será sempre em vão. Teremos sempre azar quando não lutarmos pelo que acreditamos mas é frustrante quando se deu tudo e as esperanças desabam no chão como uma folha que cai num Outono gelado.
Não, custa esquecer, custa acreditar, mas hoje tirei o dia para pensar em mim, não sou o papel que se escreveu, em que se fez uma marca e se deitou fora, não, sou muito mais que isso, sou uma história com um passado contado e um futuro feito para contar, não tenho nada para oferecer nem nada por onde me agarrar mas… a vida sempre me ensinou a dar a volta por cima, a ser mais forte que qualquer obstáculo e hoje? Hoje faço-te frente, sou mais forte que a tua própria força e a minha indiferença toma conta desse esquecimento que inicialmente foi teu e hoje...é nosso.

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