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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

03
Mar19

Música! *

Carolina Cruz

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Já fechaste os olhos, apreciaste uma música e te sentiste num mundo à parte e feliz? 
Quereres repetir uma e outra vez porque não tomaste atenção devida que ela merece?
Há sempre músicas que nos alegram ou que, se ao contrário, nos sentimos tristes, compreendem-nos.
Há sempre aquela melodia que bate certo com a nossa vida e a letra que nos parece conhecer por dentro. 
Há outras músicas que nos fazem dançar, sorrir, querer mais e agradecer a quem as fez.
O que seria da nossa vida sem música?
Conseguirias viver sem ela? 
A música acompanha-me diariamente, nos pequenos detalhes, nas grandes inspirações. Nos momentos em que estou sozinha e nos que me encontro acompanhada. 
Viver sem música é não sentir.
E tu como te sentes?

30
Abr18

[Por aí] "Casa", de Carolina Deslandes

Carolina Cruz

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Uma "Casa" onde nos sentimos verdadeiramente em casa. Em Portugal. Com a nossa tão bonita língua. 
Uma "Casa" onde nos emocionamos com cada palavra escrita por Carolina Deslandes, que se nota inteiramente vir do seu grande coração. 
Desde o primeiro instante que fiquei rendida a este disco, as letras são doces e tocam-nos, ficam no ouvido, Carolina parece falar de nós, connosco, enquanto fala genuínamente do que é, também, a sua essência.
Este albúm é uma verdadeira homenagem viva à vida de Carolina Deslandes, onde a cantora interpreta o seu dia-a-dia, o seu amor, a sua família, a sua saudade... fala-nos também de inocência, de desamor, de casamentos, de amizades, fala-nos ao coração com imensa doçura que lhe é tão característica!
Este albúm foi produzido pelo seu marido, o talentoso compositor e produtor Diogo Clemente. Entre as músicas mais conhecidas encontra-se o verdadeiro sucesso "A vida toda" e, "Avião de Papel" em dueto com Rui Veloso; contando ainda com outros duetos, com António Zambujo ("A coisa mais bonita") e Maro ("Não me deixes").
Está fabuloso!
Se, tal como eu, são  fãs da música portuguesa então será um verdadeiro erro não ouvirem este novo disco de Carolina Deslandes porque vão adorar!

Eu aconselho, vivamente! 

 

26
Set17

[Música] Bob Dylan

Carolina Cruz

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Uma das lendas vivas mais espectaculares da música, Bob Dylan, marcou e continua a marcar gerações.
Com a sua voz nostálgica para quem viveu no tempo do seu auge, Dylan traz recordações familiares e emocionantes a quem continua a ouvi-lo.
Harmónica na mão, um cigarro na boca e a revolução na alma, a favor da humanidade, da culturidade e de um mundo melhor, Dylan apresenta músicas vibrantes, uma sensibilidade e sonoridade únicas. 
Foi contestado o prémio Nobel da Literatura que venceu, mas as suas letras são, na minha opinião, uma verdadeira obra-prima.
Foi-me apresentado no meu lar há muitos anos atrás e pela sua onda country, comecei por ficar rendida. Hoje, é dos música intemporais que mais prezo ouvir. 
E vocês?!
 
 

 

 
 
 
 
24
Set17

[Por aí] Alexander Search

Carolina Cruz

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Já não é novidade que sou fã da inteligência, da genialidade e competência musical de Salvador Sobral, uma pessoa com uma qualidade tamanha à qual Portugal não estava habituado, e o mais incrível é que não caminha sozinho nesta arte, traz sempre consigo (acompanham-se mutuamente) outro génio musical: o Júlio Resende, da qual também me tornei fã. 
Alexander Search, é o seu projeto mais recente e ainda não tinha falado dele convosco. 
É um projeto musical que a mim, amante de música e da literatura, me enche as medidas. E porquê?
Tudo começou com a leitura de um livro de poesia inglesa do poeta Fernando Pessoa. O leitor e criador desta banda é Júlio Resende.
A banda tem uma característica muito própria, cada membro tem um nome que é um heterónimo do poeta.
Enquanto Resende é "Alexander Search" (um pescador de Province Town), Salvador Sobral veste a pele de Benjamin Cymbra, uma personagem que é totalmente o contrário da sua personalidade, o que se torna um desafio maravilhoso, como diz o próprio.
Os outros membros da banda também foram dados heterónimos e sua caracterização: Sgt. William Byng (André Nascimento), Mr. Tagus (Joel Silva) e Marvell K. (Daniel Neto).
O disco foi lançado em maio deste ano e a estreia ao vivo foi no SuperBock Super Rock, a 13 de julho. 
É assim que eles se definem:

 

«Alexander Search é uma banda de língua inglesa que cresceu na África do Sul, mas que está radicada na Europa, mais concretamente Portugal, "paraíso à beira mar plantado" como dizia o seu maior poeta, Fernando Pessoa. A sua música mistura influências da indie-pop, música electrónica e rock. As letras foram escritas maioritariamente por Alexander Search, membro da banda que morreu tragicamente ainda jovem, mas que granjeia o respeito e admiração dos seus pares como "the greatest conquerer of the beauty of words", o maior conquistador da beleza das palavras.
Augustus Search é o compositor de serviço da banda, toca piano e sintetizadores e faz a direcção musical. Benjamin Cymbra é um cantor extraordinário e traz na sua voz a garra rock n'roll do passado e as angústias e esperanças do presente. O futuro "é a possibilidade de tudo", dizia também Pessoa.
Sgt. William Byng comanda a vertente computacional e electrónica. Marvel K. tem uma guitarrada cortante e espacial. E Mr. Tagus, ex-baterista de jazz, ainda tem na música e 'groove' de África uma das suas maiores riquezas.
Alexander Search é uma banda que gosta de ousar, impaciente, à procura, sempre à procura, da quintessência. Nunca o conseguiu. Este é o disco de mais uma tentativa falhada.»

 

Fico grata ao Júlio, sobretudo, e aos que caminham com ele, por conseguir criar cultura musical e única como esta e nos dar o prazer de poder ouvi-la e fazer parte dela.

Vamos ouvir um pouco?

 

 

22
Jul17

[Por aí] Oh Chester!

Carolina Cruz

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A frase da sua música não me sai da cabeça, tem andado a acompanhar-me estes dias. Parece-me que "shadow of the day" é tudo o que consigo dizer ou pensar.
Ainda me faltam as palavras para descrever esta enorme perda. 
Falar de Chester é falar de Linkin Park e falar deles é falar sobre a minha infância. Desde que me lembro que os ouço. 
Confesso que já não sigo/seguia os Linkin Park desde o álbum da "New Divide", pelo facto de terem mudado de registo com o qual não me identifiquei.
Porém, ouvir "Hybrid Theory", "Meteora" e "Minutes to Midnight" é algo que faço com regularidade.
São músicas que ganham vida na minha playlist e trazem memórias que nunca poderei esquecer. Mas, hoje, as memórias que elas me trazem são recentes e eu ainda não consegui dizer uma palavra sobre isso, pois lamento tanto que Chester tenha partido tão cedo, com tanto ainda para dar, para inspirar. 
Mas foi a sua escolha, só podemos respeitar sem julgar o que é, na minha opinião, um ato de tamanha coragem e, não como tantos dizem, de fraqueza. 
Parte mais uma voz incrível, uma voz inconfundível, uma voz que marcou a minha geração, a minha infância. 
Vai ser mais uma estrela a brilhar e a encantar lá em cima. 
Por aqui, tenho a certeza, o seu legado será bem recebido, recordado, sempre com saudade e com a ovação que tanto merece. 
Oh Chester, rest in peace. 
Oh Chester, shine up there!

 

14
Mai17

[Por aí] Obrigada manos Sobral!

Carolina Cruz

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Ainda não estou em mim.
Afinal a verdadeira cultura musical acabou por vencer de forma justa.
Numa sociedade em que a música pop fabricada é a mais valorizada, entre corpos nus e bem feitos, barulho, brilho e luzes, a simplicidade venceu!
Depois de ser criticado, julgado como esquisito e diferente, tendo muitos dito que não era música para festival, Salvador sagrou-se vencedor.
Venceu a simplicidade, a cultura, "a música feita para sentir". 
Uma verdadeira chapada de luva branca!
Tenho muito orgulho neste final feliz que pode ser o começo de uma mudança de consciência musical e tenho orgulho também em poder dizer que desde o início que acredito que esta música nos colocaria na melhor posição de Portugal na Eurovisão e... aqui está a prova, vencemos! 
Obrigada Salvador, obrigada Luísa, por esta forma genuína de ser e de fazer música, com um talento sem fim! 
Obrigada por nessa forma simples nos mostrarem que o amor ainda move o mundo e que a música nacional e de qualidade tem um valor infinito. Por nos mostrarem também que é possível sonhar e, mais que isso, concretizar os nossos sonhos! 

Muitos parabéns!

 

 

11
Mai17

[Música] Diogo Piçarra

Carolina Cruz

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Esta nova geração de artistas portugueses tem recebido um maior afeto das pessoas, em especial dos jovens, à música portuguesa e tem levado igualmente à valorização do que é nacional.
Esta nova geração, que é a minha geração (dos 20!), tem muito bons artistas, artistas para todos os gostos. No entanto, nem todos me cativam ou me chamam à atenção.
Diogo Piçarra é um dos que veio para marcar, e cativou-me, de facto.
Na minha opinião (e quiçá a de muitos), foi o ídolo do programa “Ídolos” de Portugal, que mais sucesso fez até hoje e esse facto não se deveu apenas à sorte, mas ao crescimento e à luta do mesmo.
Diogo Piçarra consegue chegar a todas as faixas etárias, com músicas mais populares e outras menos, mais mexidas e outras mais calmas, fala do dia-a-dia, do amor e de sentimentos. As suas palavras são sentidas e quem as ouve não fica indiferente.
“Volta” fala da perda, “Café curto” é inspirador, “Tu e eu” cativa-nos e fala-nos sobre o amor, mostrando que ninguém é “perfeito”.
Recentemente lançou “História” e é isso que eu creio que ele vai fazer na música portuguesa, pois o seu “dialeto” é muito simples, fazer uso da sua simpatia e criatividade!

 

 

09
Abr17

9 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

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- Sim e perguntou por ti.
O coração palpitava cada vez mais, Sara tentava ignorar, mas as suas perguntas pareciam procurar um caminho até ele.
- E onde é a sede? – Questionou Sara.
- É mesmo no centro, junto à pastelaria Sonhos Doces.
- Sei perfeitamente.
- Combinem um pequeno-almoço, o John até fica a conhecê-lo.
“Ok”, pensou alto Sara, não muito entusiasmada com a ideia. Um lado dela pedia para se reencontrarem, para fazer todas as questões ao tempo, a ele, a eles enquanto passado, enquanto presente e sentimentos desvanecidos ou não. Por outro lado, estava feliz, embora pensasse nele, não queria mexer no seu presente. Estava feliz, John era um bom rapaz, adorava a sua família e eles adoravam-no a ele. Ainda assim havia muitas reticências pelo meio, por causa de um começo de algo que não tivera fim e sim, apenas e só, uma despedida, que jamais fora esquecida.
Sempre que lembrava, tentava esquecer de novo. Era sábado, os irmãos tinha-lhes prometido apresentar-lhes novos restaurantes, fariam um roteiro a todos os bares, dos mais novos, aos mais rústicos, passando por clássicos, tabernas e bares com música ao vivo. Não poderia ir ter com Manuel a lado nenhum, não tinha o seu contacto, ao fim-de-semana, decerto, ele não trabalharia. Oh, na volta, já era casado e procura-lo era perda de tempo, e como o tempo nem sempre se esquece, beber e divertir-se ajuda!
Nessa noite, Sara recordou velhos tempos com os irmãos e nessa jornada pelos bares, John foi um companheiro. Entre sorrisos, penaltis e shots, gargalhadas surgiam, assim como olhares enternecedores e lábios com vontade de serem beijados.
Sara era a rapariga ideal de qualquer homem, era astuta, aguçada, inteligente, e em todas as suas qualidades apresentava uma sensualidade tremenda, ninguém lhe resistia, nem mesmo os desconhecidos, que olhavam de alto a baixo, ao verem-na passar.
John estava a conseguir naquela noite o que nunca conseguira em muito tempo. Embora dormissem juntos e fizessem sexo casual, aquela noite estava a ser muito mais do que ele sonhara, especialmente quando, antes de entrarem no último bar, com música ao vivo, Sara descera a calçada às cavalitas de John. Ao descer para o chão no seu olhar acendeu-se um beijo intenso, os seus lábios estavam quentes e a sua língua sabia a álcool, como se estivesse puro ao ponto de lhe queimar a boca e intensificar todo o seu corpo. Nunca antes tivera sido tão intenso, pelo menos com tanto sentimento da parte dela, sedução sempre houve, disso não havia dúvida.
Sara também o sentia, mas quis o destino que nesse bar reencontrasse o seu passado.

 

(Continua...)

15
Mar17

[Música] DAMA

Carolina Cruz

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Com um espírito livre na alma e a fazer da alma coração e do coração o sonho, esse mesmo sonho que tem vindo a ser tornado realidade, os DAMA levam aos mais novos, importantes mensagens, sobre a forma positiva de como levar a vida.
Mais centrados no público jovem, não é novidade que os DAMA já conquistaram os mais velhos pela sua simplicidade, sensatez e maturidade que apresentam na sua forma de ser.
São, sem dúvida, um bom exemplo, uma boa influência, não só nas músicas que escrevem mas na forma humilde como traçam a sua carreira.
De forma a incutir bons ideais, os DAMA têm boas músicas de intervenção: "Eu sou o maior" (com o lema de que se conduzir não beba), "Eu não faço questão" (para seguirmos os nossos sonhos, libertando-nos da rotina, pedindo aos jovens que se afastem do comodismo.) e este verão aliaram-se à "Liga Portuguesa contra o Cancro" alertando para os malefícios de apanhar sol nas horas de maior calor e a ausência do protetor solar (com a música "Joni").
Em todas as suas canções há um talento que destaco nestes três jovens músicos - o facto de serem canta-autores e produzirem rimas de forma artística e a forma como jogam com elas.
Porque eu sou da opinião que os DAMA não são uma banda com talento como nenhuma outra. No entanto como eles dizem, de forma bastante humilde, juntos fazem a diferença e juntos fazem magia, tendo esgotado recentemente o Meo Arena, um sonho que trilharam com garra, sem nunca baixarem os braços.
Bem haja a eles, pelo gosto de viver e por esse sonho que tem um nome: música nacional!

 

 

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