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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

01
Dez18

[Ficção] Volta princesa

Carolina Cruz

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Foste poeira, maresia, princesa, magia. Olho-te ao longe e sob o sol, entre os raios que emergem por entre o teu rosto e o teu sorriso que fazem brilhar ainda mais a tua beleza. "Idiota", penso. Como estraguei tudo, como no passado destruí todo o nosso futuro, que é este presente, este abraço escuro e frio.
Reconheço-te até de olhos fechados e por mais anos que passem sonho todas as noites contigo. De nada serve ser marinheiro, se perdi o norte. E de que me serve ser rei se o meu trono é apenas história que passou? Somos isso mesmo, um passado em ruínas que tem a sua beleza e que agora nada é, por minha culpa.
Volta princesa, embarca comigo nesta maré, mata-me nesta saudade de ti que o tempo não leva, que o vento não mata, só o teu sorriso me quebra, vem e traz-me luz!

(fotografia da minha autoria)

13
Mar18

Escritor...

Carolina Cruz

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Um cálice de vinho do Porto, águas bravas, chuva lá fora, escuridão, noite. 
Qualquer escritor sabe que é nas bravuras da madrugada que a vida nos inquieta, que a solidão chega para abraçar o dia que nada mais é que a luz da escrita, das folhas, das palavras que se cospem para um qualquer papel de rascunho.
O que se escreve é o que corre nas veias, a amargura, o despeito, o fim de um amor, um coração desfeito, a perda e a ficção, tantas vezes baseadas nos próprios acontecimentos diários que nada têm a ver com o que se escreve.
Vive-se constantemente a inventar uma história que não é nossa, um amor que não é real, bem se dizia que um “poeta é sempre um fingidor”, finge o que sente e o que não sente, intrigando-se com o que sentem os outros, inspira porque expira tudo aquilo que crê que lhe vá na alma.
Dorme mal e quando dorme é para se inspirar, para sonhar, para analisar, para viver também nos sonhos que sonha e que quer tornar realidade. 
É difícil compreender um escritor, mas se por ti ele se apaixonar, acredita, na dor que lhe provocas, no amor que lhe tens, na vida e na morte serás eterno. 
Escritor de sentimentos, falácia de pensamentos, grandeza de coração, a inspiração surge, mesmo no ímpeto da escuridão.
 
10
Mai17

[Poesia] Temperamento

Carolina Cruz

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Temperamento à margem,
Falta dele, falta de mim.
Falta também a coragem,
coragem de embarcar no sonho, por fim.

Por isso, escrevo poesia,
E deixo no covil da noite,
o calor do meu dia.

As lágrimas correm,
o escuro regressa.
Será que são os meus sonhos que morrem...
Por culpa da minha pressa?

Nada sou, nada tenho.
O meu amor levou-os para longe.
Agora só faço o que faz o monge,
esqueço o engenho,
e sobrevivo do hábito.

E assim habito,
Por fim, comigo.
Só.
 

02
Fev17

[Ficção] Esta tua ausência

Carolina Cruz

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Esta tua ausência que me mata.
Esta tua ausência que vive numa saudade infinita, numa presença distante que não perdura.
Um amor que morre no meu peito mesmo antes de ter nascido.
Esta inconstância de te ter tido apenas numa noite não deixa o amor que sinto por ti terminar, há uma sede interminável de te ter.
Se ao menos eu te pudesse escrever, mas não tenho contacto nenhum teu, quero sonhar que te tenho e ter-te na realidade de um sonho teu,
Porque só uma noite não chega, pois um dia pode ser tarde demais.

 

 

30
Out16

Sorte ou azar? - parte 3

Carolina Cruz

Nessa noite, como combinado, Joana dormiu em casa da amiga.
- Nem imaginas o que aconteceu Marta… - Disse Joana à amiga.
- Pela tua cara corada quase posso imaginar! – Disse Marta.
- Oh não gozes… Ele beijou-me, ou melhor… beijámo-nos e eu nem sei quem ele é… Nem o nome, nada.
- Isso é uma história para recordar… Parece quase uma cena de um filme. – Disse Marta entusiasmada.
- Ele foi tão atencioso com os meus medos estúpidos.
- Confessa lá que conseguiste esquecer essa tua paixão platónica pelo Tomás.
- Eu não a via como platónica, tu é que sempre achaste que sim…
- Joana, tu nunca falaste com ele, ele nunca reparou em ti. – Afirmou a amiga. – E este rapaz provou que gosta de ti.
- Segunda-feira vou saber quem ele é. Mal posso esperar. – Disse Joana ansiosa. – E pronto, tenho de concordar que tens razão…
- Finalmente percebeste que já é tempo de esqueceres o Tomás? – Perguntou Marta.
- Quem? – Disse Joana, brincando com a situação!
- Exatamente. – Disse Marta abraçando a amiga.

 

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Na segunda-feira, ao chegar à escola Joana sentia-se ansiosa, sentia algo diferente no olhar dos colegas, em especial dos rapazes. Olhavam-na, como que a prestar atenção nela, de forma alegre, fazendo comentários positivos, Joana sentia-se feliz por isso, e em cada rapaz tentava identificar o seu mascarado, mas tudo era uma incerteza inquietante – naquela noite estava escuro, não se apercebera se ele era grande ou pequeno, não sabia a cor dos seus olhos, muito menos o seu rosto…
No entanto, às dez tinham encontro marcado e ela mal podia esperar.
Às dez em ponto, mal acabara de tocar, Joana já estava no largo do jardim da escola a sentar-se, esperando o seu misterioso amado, e passado uns minutos lá estava ele, ele e todos os seus sonhos realizados, a sua felicidade plena, a contemplação de que nada é impossível até acontecer…
- Tomás?
Os seus olhos brilharam e os seus lábios sorriram à espera de uma resposta, um “sim” dito com um beijo.

 

22
Out16

O teu amor é o (meu) aconchego

Carolina Cruz

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Quando acordo a minha alma sente que há um vazio em mim, ela sabe que um pedaço de mim se sente incompleto, não estou em casa.
As lágrimas abraçam-me o sorriso de um voltar e de um olhar.
Os teus braços são o lar onde moro e o teu amor é o aconchego onde durmo todas as noites.
Quero-te, quero-te tanto, não saberia não ser tua, o teu abraço é onde habita a minha vida e o amor que se junta e se faz tão simplesmente, mora na nessa alma que me conhece que chora quando está só.
Juntos somos a alma de um só corpo e a forma como cada um de nós vive este amor é a certeza que o que chamamos de magia tem "um para sempre", sempre.

 

(Fotografia do filme "Uma vida a teu lado")

18
Out16

Em busca do que sonhei ser um dia

Carolina Cruz

 

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Vejo a noite crescer lá fora, aprisiono-me de pensamentos vãos e deixo-me consumir pela incerteza. Olho o luar e receio-me a mim mesma.
Tanta coisa há que não volta, tudo termina. Porque é que tudo tem um fim? Porque é que não há apenas uma simples espera para saber o que se sente mais?
Tudo se evapora no escuro, vivemos com muitas sensações que não queremos, com algo que jamais sonhámos. Eu não sou eu.
Que vontade de partir, partir sem destino em busca das respostas certas. Em busca do que sonhei ser um dia.

09
Out16

Como eu gosto..

Carolina Cruz

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Como eu gosto de pensar que a vida é simples.
Como eu gosto de pessoas que não desistem, que vão ao encontro dos seus sonhos contra as suas adversidades, que não têm medo de largar o colo aconchegado do seu lar.
Gosto de quem vai à aventura, quem procura o saber pela experiência e não pelo que se ouve ou se fala.
Gosto de pessoas que amam a noite e o dia e dançam como se a vida durasse a apenas um segundo.
Eu gosto das pessoas que não se lamentam por tudo e por nada, mas sim que vivem o que melhor tem a vida, que é tanto.

 

Fotografia do filme "Like crazy"

10
Set16

A luz que me guia.

Carolina Cruz

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Por vezes preciso de me libertar somente do meu espaço. Preciso de caminhar rumo a um lugar que eu mesmo nem sei onde me leva. Não importa.
Necessito de me sentir livre como um peixe que vive nas profundezas do mar, na maravilha e na beleza que é o seu mundo.
Sim, eu quero uma rua calma para caminhar, quero olhar o luar e as luzes da noite escura, quero encontrar a paz, em estado nirvana e então aí sim, ir por onde me leva o coração.
Procurar que alguém que me acompanhe, que dê vida aos meus passos e que me deixa repousar no seu regaço quando me sentir cansada.
Esse alguém apareceu, esse alguém é a luz que guia o meu caminho, porque a vida não é nem o ponto de partida, nem o de chegada, é o que fazemos até chegarmos ao fim do nosso fim.
Contigo jamais me sinto perdida, és o luar que me deixa escorregar na ilusão do escuro, sem ter medo, pois tu és a luz, a minha luz.

 

Fotografia do filme "entrelaçados"

12
Ago16

[O teu olhar] Dia de te ter.

Carolina Cruz

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O sol pôs-se, nesse dia que foi feito e só de te ter.
Nunca me abandones meu amor, não sabes a falta que me fazes na tua ausência. Deixa-me pertencer-te todos os dias das nossas vidas.
Olhar-te nos olhos, dar-te um beijo doce adormecendo, desejando acordar com um bom dia e um abraço apertado.
Ter-te comigo é desejar que o dia não tenha fim e ao invés adorar o pôr do sol, dando-lhe um toque de magia. Porque afinal de contas o final de um dia e no cair da noite não só tão só e agradeço a Deus por te ter comigo, desejando o infinito, a brisa e o nosso brilhar mesmo depois do sol se esconder sobre o mar.

 

Foto da autoria de Alexandra Suse da lojinha BSmart, visitem tem coisas maravilhosas :)

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