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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

28
Mai18

[Ficção] O resto dos meus dias

Carolina Cruz

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O meu corpo pede, a minha alma implora, e tu não estás. Adormeço sobre o teu ventre imaginário já que aqui, onde pouso a cabeça, não resta nada de ti a não ser a tua memória e a minha dor por teres partido. 
Ninguém compreende esta saudade que me invade desde que me morreste há mais de vinte anos.
A verdade é que desde partiste, um vazio nasceu, nunca mais soube viver, apenas existir. Tento olhar para trás, perceber que vivia antes de te conhecer, mas não consigo, foste tu que deste cor à minha vida.
Nunca quis mais ninguém, meu amor. A imagem da minha lembrança de ti, faz-me abraçar-te todos os dias. 
Pareço louco, mas ao beijar outro corpo eu sinto que não te sou leal, que traio a mulher da minha vida. 
Dissemos no ato do nosso matrimónio "até que a morte nos separe", mas eu sei, melhor que ninguém, que nem a morte pode separar um grande e verdadeiro amor como o nosso.
Por isso, sento-me aqui, a contar os minutos à espera, sim, esperarei o resto dos meus dias para te abraçar.

 

02
Ago17

[Ficção] Corpo morto e só

Carolina Cruz

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Morreste-me nos braços.
Foi praticamente isso.
Foi exatamente isso que senti.

Fiquei sem ti, fiquei sem chão.
Quem sou eu sem ti? Onde estou? Como sou?
Vagueio-me e deixo-me fugir, andar somente por aí.
Partiste sem uma palavra, uma desculpa ou um perdão.
Eu não merecia isto.
Eu não merecia isto.
Não, repito, não merecia.


Dói-me o peito só de pensar.
Respirar era essencial, agora sinto que nem disso preciso.
Não preciso de nada sem ti, não quero mais nada.


Morreste-me.

Perdes-te, perdi-te, perdemo-nos.
Tudo fomos, nada somos, nada mais seremos.
Tu escolheste, tu partiste, tu foste sem mim.
Tu quiseste, tu viverás bem assim.
Mas então porque me falta o ar desta forma se não mereces?
Não entendo.
Não te entendo.
Não me entenderei nunca por te ter amado assim.
Morro sem nada, vivi com tudo, contigo.
Sou uma levre brisa que assenta no tempo,
Sou pó,
Corpo morto e só.

23
Mai17

[Ficção] Oh, meu amor!

Carolina Cruz

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Oh, meu amor...
Como o tempo passou!
Já não és mais a menina ladina de tranças, mas esses olhos cor de limão ainda permanecem com o mesmo brilho!
Como o tempo passou por nós...
Erámos meninos e eu vivia no teu coração!
Hoje vives também no meu, num casamento tão bonito.
Não me esqueço nunca como eras rabugenta, como eu me ria com o teu mau feitio. A mulher ciumenta que sempre se preocupou e que, na verdade, sempre amei.
Faltam-me as palavras...
Por ti, tudo quero.
Por ti, tudo fiz, tudo farei.
Por isso morrerei de desgosto ao ver-te partir...
Oh, meu amor...
 

 

06
Dez16

[Ficção] Recordo esse verão.

Carolina Cruz

voltar àquele verão.jpg

 

 

Há dias em que sinto saudades daquelas tardes de verão, do calor do teu corpo sobre o meu, na areia fria, abafada pelas ondas que iam mergulhando em nós.
Recordo esse verão, o meu primeiro beijo, não o teu, mas aquele beijo especial para ambos.
As noites eram longos, os dias intermináveis, erámos só tu e eu, abandonados na certeza de pertencermos ao mundo, por inteiro.
Naquele amor pleno estavam horas de sabedoria e paixão infinita que não esmoreceu em mim, mas para ti foi só mais um amor de verão na hora de partires. Deves colecionar milhares de paixões assim e lágrimas de remorsos por te amarmos tanto, nós mulheres, raparigas a quem prometes amar demais, mas tudo o que sabes fazer é despedaçar amor, corações.
Eu queria voltar àquele verão, sinceramente, queria, sentir-te de novo, mudar-te, não te deixar partir, não deixar que existisse nenhuma outra mulher na tua vida.
Será que conseguiria? Será que ficarias? Resta-me sonhar apenas.

22
Mar16

2 filmes de Nicholas Sparks

Carolina Cruz

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The Last Song

Quanto dói a partida de alguém que amamos mesmo que ainda não tenhamos percebido o quanto?
Quando julgamos que tudo ao lado de alguém poderá falhar é junto dessa pessoa que a nossa vida se cria no melhor que algumas vezes vivemos. 
Não será tarde demais quando realmente nos apercebemos disso? Não de todo, já dizia alguém que "Tudo o que é bom dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível", o importante é levar do caminho com os outros a mensagem e os dias bons e menos bons que aprendemos com os que mais amamos, se realmente existir amor, existirá de certo o perdão e então qualquer momento que se vive, por menos tempo que dure, sabe-se o quanto é importante, o quanto poderá ser inesquecível.

 

75.jpgMessage in a botle

 

Não devemos deixar nada por dizer em momento algum da nossa vida e além disso devemos evitar ter medo de sentir quando aquilo que está à flor da pele é a verdade de estarmos vivos. Por isso se tivermos medo de sentir, vivamos na mesma, porque sempre existe uma razão para acontecer, para nos apaixonarmos.
Precisamos de ficar mais longe do passado, não nos devemos prender a algo que foi nosso mas que já não é mais e que vive apenas nas nossas memórias. 
É normal que nos sintamos condenados se a vida nos falhou, mas mais importante que isso é que por mais que digamos não conseguir seguir em frente, fazê-lo, porque a vida continua. 
No entanto, independentemente de tudo isto que possamos pensar e fazer, parece que existem caminhos traçados que estão escritos e que por isso nos devemos agarrar às palavras que precisam de ser ditas antes que seja tarde.
É a mensagem do filme "Message in a bottle" com palavras que nos enchem o coração e nos arrepiam.
Um filme brilhante para românticos incuráveis! 

 

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