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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

14
Set17

[Ficção] Dói.

Carolina Cruz

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Dói-me o corpo todo.
Dói-me olhar-te e não ver mais nada se não o espelho da minha falta de dignidade, do meu rancor, da minha frustração, do meu medo, do meu pesadelo.
Bebo mais um golo de whisky, misturo-lhe vodka pura, que explosão louca, mas não maior que aquela que provocas no meu coração e consequentemente na minha alma, por ferires o meu corpo.
Bato a porta, mas não sei para onde vou, volto a entrar, já nem consigo tomar conta de mim, o que tu fazes tão bem, dizes tu de uma forma tão imperativa.
Controlas este meu corpo como sendo inteiramente teu, magoas, violas, torturas, este corpo que já está mais morto que propriamente vivo, enquanto se mantém nos teus braços.
Assim não quero mais permanecer, eu que não tenho mais confiança em mim, eu que não acredito que sou capaz, que melhores dias virão e que te venham buscar.
Mesmo que o viessem, mesmo que te levassem da minha vida, eu não seria mais a mesma, não conseguiria voltar a ser eu mesma, a mulher linda e confiante de cabelos ruivos que amava tanto a loucura, mesmo sendo sensata.
Agora nada sou além de ti, sou um espelho do que não quero ser. Por isso, por não saber o que faço deste lado, por ter perdido o norte ou tendo morrido ainda que viva, termino com tudo o que dói e à vodka e ao whisky junto milhares de capsulas que me levam à loucura, à overdose e à sensação de alívio. Deixei tudo para encarares, deixei o meu corpo, a minha alma livre e jovem viaja agora para outro lugar.
Não sei se tomei a atitude certa, mas não há volta a dar.
Não sei se tomei a atitude certa, mas sinto-me melhor.
Morri, por tua culpa.
Morri, sem ti.
Morri triste, mas agora estou feliz, em paz.

29
Mai17

A ti, que me lês

Carolina Cruz

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Vendo bem não é preciso muito, pois não?
Um lugar sossegado, um papel e uma caneta. Rodeada de paz e de sentimentos que me inspiram.
Uma mão cheia de felicidade, um balde cheio de amor, um pingo de saudade e uma pitada de magia.
Sem a chuva nada floresce. Assim sendo, junto-lhe um pouco de amargura e um tanto dos erros que me fizeram crescer. De que vale acreditar e não sofrer?
Se eu não sofresse, se eu não errasse, todas as minhas páginas estariam em branco. A minha inspiração talvez não existisse e então eu não seria ninguém.
Todas as palavras que escrevo são fruto de quem fui e de onde vim. Hoje? Hoje apenas preciso dessa caneta, desse papel, desse lugar para ser feliz.
Sinto que a paz deste mundo só existe aqui, nas palavras que escrevo e naquilo que me dou a conhecer, a mim mesma e a ti, que me lês.

 

 

19
Abr17

Diz-me.

Carolina Cruz

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Diz-me, por favor, que nada em nós vai falhar e se falhar os sentimentos vão sempre seguir os nossos corações e dizer o que sentem, unindo-nos de novo, num abraço.
Diz-me que crescerei ainda mais a teu lado e que a nossa casa será o nosso ninho, onde viverá a paz e o sossego.
Diz-me que agarrarás as minhas mãos quando elas estiverem frias e todos os dias esperarás que adormeça a teu lado para também o fazeres e então aí sentires-te feliz e completo. 
Diz-me que os nossos afastamentos, se existirem, que serão passageiros e que quando nos magoarmos podemos limpar as lágrimas um do outro ou até chorarmos junto, encarando a realidade de sermos só um, metades iguais.

 

 

30
Mar17

[Cinema] The light between oceans

Carolina Cruz

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“The light between oceans” é, como tenho vindo a dizer, um filme incrível, forte, soberbo.
Fala com a nossa consciência e a sua moral é simples, num filme tão intenso e complexo.
A verdade é que existem erros que mudam toda a história de uma vida, os erros principais desta trama mudam o rumo da vida de meia dúzia de pessoas, todas elas, claramente ligadas entre si.
Erros esses que são tidos como imperdoáveis, mas é aqui que podemos falar sobre a moral deste filme e também sobre o perdão.
Jamais conseguiremos viver em paz e com um sorriso, felizes connosco mesmos sem nos perdoarmos a nós mesmos e aos outros.
Este é um filme não só de reflexão, mas que nos deixa intrigados – afinal, podemos nós fazemos juízos de valor perante o sofrimento de alguém?
Uma história dramática, de amor intenso, que entrou diretamente para o meu top de filmes.
Vejam, na minha opinião vale realmente a pena.

 

 

22
Fev17

[O teu olhar] Agradece à natureza

Carolina Cruz

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Eu gosto de perguntar muitas vezes. Juro que gosto de me questionar porque é que o ser humano não poupa a natureza? E é nestes momentos em que me sento e me sinto só eu e o mundo, que penso que perdemos tanto por fazê-lo. Muito mais que julgar que ganhamos, nós sabemos que estamos a perder.
E por isso não ganhamos nada, rigorosamente nada. Estamos a perder a nossa dignidade, o nosso ar puro, a nossa vida.
Os que muito têm, na verdade não têm nada, porque a vida é muito mais que um bolso cheio, é poder sentar-se aqui, ter tempo para respirar e agradecer à natureza pelo seu ar puro, quando o faço sinto que não necessito de nada, que tenho tudo. Agradeço.
Agradecer faz tão bem, sinto que muitas pessoas não o fazem, resignam-se à sua mestria, à sua rotina, àquilo que acham que têm de melhor, que é melhor do que o dos outros.
Sou da opinião, que se a maioria da gente a quem o coração bate, agradecesse, o mundo tornar-se-ia um lugar melhor, as pessoas aprendiam a agradecer o que têm, sem depender do dinheiro que lhes pagam ou lhes devem, seriam mais calmas, mais generosas, e mais pacificas como ensina a natureza, porque se ela se enfurece foi porque o homem não foi de todo simpático para com ela.
Por isso, senta-te, inspira, expira, agradece pelo que tens, à simplicidade da tua natureza e sê feliz, depois o amor nasce, a amizade cresce, e o teu ego também.
É tão simples não é? Agradece.

 

(Fotografia da autoria de Daniela Marinho, autora inspiradora do blog fantástico - "Not my cup of tea")

 

 

30
Dez16

[O teu olhar] A minha paz

Carolina Cruz

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Aqui nasce a minha paz, a minha certeza de que tudo o que sonhamos pode acontecer se lutarmos por isso. Aqui reflito sobre tudo o que preciso para ser feliz e na verdade não é preciso muito, preciso de encontrar apenas aquilo que me completa.
Aqui a natureza tem lugar, brilha em efeitos de cor, é uma magia total, os passarinhos cantam, as flores renascem, quem lutou descansa por fim em paz, com um sonho construído, com um segredo contado baixinho para alimentar o que o mundo tem de melhor.
Aqui não preciso de máscaras, de make up, de ser bonita para mim, de ser bonita para o mundo, preciso de um bom livro, de um bom aconchego, de amor, amor puro que só o rio traz consigo junto das mais belas recordações da minha vida.

 

Fotografia da autoria de Catarina Cruz (a minha irmã!)

25
Nov16

[Cinema] Song of the sea

Carolina Cruz

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Que paz, que magia sentimos ao assistir ao filme “Song of the sea”, um filme de animação que nos fala sobre quanto a vida pode ser mágica se lutarmos a favor de quem nos ama!
Para quem é apaixonado por cinema, aconselho que assistam a esta longa metragem, o seu design é fantástico, a banda sonora é ainda mais incrível, as suas personagens são autenticamente doces. Parece que estamos a abrir um livro de um conto que nos faz viajar e sentir que se pintarmos o nosso mundo de cores felizes então ele mudará e será melhor.
Uma história onde o amor e a paz de espírito aliada ao perdão move marés de sabedoria, uma história que encanta velhos e novos!
Vejam, eu amei!

 

 

16
Nov16

[Cinema] Away & Back

Carolina Cruz

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A natureza é uma canção encantadora, tem magia que só o ser humano de alma limpa pode ver e acreditar na sua beleza.
“Away & Back” (“A mudança das estações” em português) é, como dissemos ao vê-lo, um filme “zen”, um filme com uma paz incrível, com paisagens e sons maravilhosos.
Todos sabemos que o tempo tudo cura, no entanto nem sempre acreditamos, e para quem acredita e sonha os seus ideais são apenas mudanças, como as das estações, como a migração dos pássaros.
Um filme que conta a história da paixão de uma ornitologista com um agricultor viúvo com três filhos, um deles uma miúda com um espírito encantador, que nos mostra que se damos valor então temos de lutar de alma e coração e se o fizermos então a natureza sempre nos demonstra que o mais importante nem sempre vemos, porque as mais pequenas coisas da vida são as mais essenciais à nossa vida.

 Vejam para vos deixar tranquilos, pois a natureza é tão bonita, o homem é que a torna revoltante.

 

 

11
Nov16

[Por aí] Cohen jamais morrerá!

Carolina Cruz

2016, 2016, queres todas as estrelas no céu?
Leonard Cohen, o Gentleman, a voz grossa, o disco de eleição da minha mãe, que se tornou também um gosto (muito bom) da minha parte, parte hoje aos 82 anos.
Parte apenas da Terra, porque este senhor será sempre uma das eternas lendas da música.
Um poeta, um homem cheio de charme, de romantismo, que deixa tanto de si ao mundo, que acredito que ninguém passa mesmo na vida em vão, há sempre um dom, uma memória, uma paixão e um sentimento que nos torna eternos. É o caso deste senhor que tanto aqueceu e continuará a aquecer o coração e a alma de quem o ouve, porque basta fechar os olhos para sentir a liberdade e a consciência limpa e é exatamente isso que lhe desejo - todo esse paraíso, paz e serenidade que ele nos proporciona ao ouvi-lo!

 

Obrigada, Cohen. 

 

20
Out16

Tenho-te a ti, tenho o mundo

Carolina Cruz

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Necessito de paz, do lugar em que as nossas vozes se difundem no eco dos nossos sorrisos.
Necessito da aprendizagem para não cometer erros, para não pensar demais e esquecer.
És o meu refúgio, é no teu colo que o aconchego conhece o verdadeiro significado.
É nos teus braços, sobre o teu abraço que o meu coração descansa.
Não preciso de coisas fúteis que necessita a humanidade, tenho-te a ti, tenho o mundo!

 

(fotografia do filme "uma vida a teu lado")

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