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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

01
Nov18

[Ficção] Louca?

Carolina Cruz

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Por mais distância, existe o meu amor por ti. 
Por mais tempo que passe esse mesmo amor parece não querer morrer, tem vida e vontades próprias...
Mas eu acredito neste amor. Talvez seja louca, mas acredito. Porque por maior que seja a tua ausência, eu já não sou do mundo, sou de ti. 
Como posso sentir-te tanto assim? Não com o coração, mas com o corpo inteiro... Sou tua, completamente tua. 
Queiras ou não queiras, estejas ou não, eu sou de ti, de mais ninguém.
Já não me conheço, já não sou eu... 
Quem sou eu sem ti? Sem viver-te no pensamento? Sem te sentir em mim?
Amo-te e não sei se isso é bom, mas amo-te tanto e, apesar de tudo isto, gosto de gostar de ti.
Serei mesmo louca?

17
Mai17

Eternamente

Carolina Cruz

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Percebe uma coisa: É a ti que eu quero, mais ninguém.
Abraçar, beijar, chatear, discutir, abraçar de novo, aparvalhar, amar.
És só tu mais ninguém. É só contigo, mais ninguém.
Não vou amar mais ninguém o resto da minha vida, não vou querer me seduzir por alguém que não tu.
Por isso mesmo quero que entendas que eu não sou uma terra conquistada como faziam os mouros. Não sou uma propriedade tua ou uma medalha que abanas e que julgas que vences.
Eu só te quero a ti, porque nunca me julgaste assim, porque se um dia o fizeres, talvez o meu pensamento mude. Eu quero que sejamos assim o resto da vida, a querer o bem um do outro sem pedir nada em troca.
Eu quero desejar-te e mimar-te para sempre. Também quero que me conquistes todos os dias em que caminhamos lado a lado. Não apenas hoje, mas amanhã também. Não enquanto eu for jovem, bonita e tu um homem atraente e sensual. Não! Eu quero que tu me aceites e me ames aos vinte, quando tudo começou. Aos trinta, quando nos juntarmos numa vida a dois. Aos quarenta, quando for uma mãe por vezes chata ou mandona. Aos cinquenta, quando achar que a vida é uma chatice e me achar que não sou tão bonita como outrora. Aos sessenta e setenta ou quando a morte chegar perto, eu quero que tu sejas vida em mim. Porque eu amar-te-ei de todas essas vezes, em todos os teus recantos, os teus vinte tão bonitos, os teus trinta tão responsáveis, os teus quarenta extremosos e os teus cinquenta a berrar com o futebol. Os teus sessenta e setenta de rugas vincadas e amores-perfeitos.
Amar-nos-emos até quando os nossos corpos não puderem mais, até a nossa alma falar por nós e nos beijar, eternamente.

 

 

13
Abr17

13 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

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Sara estremeceu. Arrepiou-se, era um arrepio bom, desafiador, talvez estivesse a sonhar alto ou a pensar o que não devia. Mas, de outra forma, porque trancaria ele a porta?
- Vivi a minha vida toda à espera deste momento. – disse-lhe ele. – Há uma sede incontrolável de te conquistar de novo.
- Há qualquer coisa em nós que nunca terminou, por isso eu não sei ter outra pessoa. Dou voltas à minha cabeça, mas no meu coração estás sempre lá tu.
- Não foi isso que me pareceu. – disse Manuel.
- Olha quem fala, aquela rapariga loira atiçada! – disse Sara com desdém. - Eu não disse que não tive ou não tenho. Tive e tenho, mas nenhuma será tão especial, nem tão intensa como tu, como o que tivemos.
- O que tivemos? Mãos dadas, um simples beijo? – perguntou Manuel.
- Para mim, vale mais que o sexo mais prazeroso do mundo.
Será que as suas palavras eram verdade? Estaria ele tão mudado assim? Sara não hesitou.
- Diz-me que nunca esqueceste o que tivemos. Ou os meus catorze anos eram uma simples brincadeira para ti?
- Nunca esqueci. Nunca conseguirei pertencer a ninguém sem lembrar que entre nós ficou tanto por fazer, tanto por completar. Foi amor puro o que senti por ti. A minha pergunta foi só mais uma forma de te desafiar. Não mudaste nem um bocadinho, continuas a mesma menina com esses olhos teimosos e sedutores.
- Andei a vida inteira a querer-te nos meus braços, não posso perder-te agora. – disse-lhe ela.
E a razão pela qual ele tinha trancado a porta do gabinete não era um pensamento idiota mas um ato consumado.
Ele pegou-lhe no rosto e ao beijar-lhe delicadamente os lábios deixou acontecer o que há tanto era sonhado pelos dois.
Desceu a sua boca até ao pescoço dela e levemente começou a desabotoar-lhe a túnica que lhe cobria o corpo que ele estava ansioso por tocar, por beijar, por despertar prazer.

 

(Continua...)

24
Ago16

[Completas-me] com Andreia de "O meu poema"

Carolina Cruz

E lá vamos nós, para uma viagem a duas mãos, as minhas e as talentosas mãos de escrita da Andreia, do fantástico blog "O meu poema"
Espero que gostem tanto, quanto eu gostei desta partilha. 

 

“Encosta a porta.
Deixa que o vento te sussurre ao ouvido, enquanto gemem, em rebuliço, os cravos cor de sangue imortal. Deixa que o tempo leve de arrastão as lembranças que entrelaçaram os nossos caminhos. Deixa que o adormecer da madrugada te traga o silêncio de um lampião à escuta, a fuga das estrelas, o sentido das palavras feitas nas entrelinhas.
Lê, uma vez mais, as cartas que eu nunca te escrevi, os beijos quentes de outono, os passeios longos, as conversas banais…
Guarda em ti o nosso pretérito mais que perfeito, onde cabiam todos os sonhos do mundo, uma vida inteira sem último dia, um lugar sem pressa, sem futuro, sem questões.
Depois, quando a estação mudar, não penses mais!
Rasga os versos que escreveste e atira para o mar. Rasga a pele que há em ti e rompe a saudade mordaz que te prende, que te amarra, que te queima, que te destrói.
Denuncia-te!
Levanta os teus sonhos, ao nível dos olhos, e arrasta a poeira de cada calafrio. Levanta-te sem que destruas a história que te deixou ver o amor sem pernas e sem braços, sem dias a mais ou filas de espera. Esvazia o tempo em contrarrelógio, porque houve um dia em que contruímos o nosso castelo na areia, enquanto se deixavam bater, pelas ondas, as memórias de um refúgio antigo, de um desejo secreto, de uma mágoa apagada.
Por agora, agarra bem a almofada. Prende-te à humidade das lágrimas salgadas que irrompem do escuro, do relento de uma alma sem destino, de um ritmo descompassado, de uma angústia em tempo morto, onde a única certeza…”

 

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...é inutil. Cerca-te de uma coisa, de um pensamento que te encaminha à realidade: ele não voltará, como não volta a revolução de Abril. Tal como a história de outrora, ele apenas mora no teu pensamento, em cada recordação tua, do teu passado. Deixa que alguém mais tarde ocupe o seu lugar, ele será apenas uma lágrima, um pedaço de sangue que não te merecerá jamais.

Viveres nessa amargura, é só idiotice tua, não escarneças a tua pessoa. Vive. Abandona todas as dúvidas e segue o teu sonho, aquele que ninguém vivenciará por ti, tu és dona disso, da tua certeza, da tua vida, não deixes que ninguém diga para onde vais, se não é esse o teu caminho. Conta as horas, vive cada segundo e mostra o mundo que não és as muralhas desse castelo mas a rainha que ficou na história não por morrer pelo amado, mas por ser a primeira a vencer a mais terrível das batalhas.

 

04
Abr16

Adeus

Carolina Cruz

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Hoje sonhei contigo e por mais que tentes pensar que isso me fez feliz, travo-te esse teu pensamento.
Melhor que não me fazer sofrer, é ser-me indiferente, queria-me desligar daquele sonho como um pesadelo, o meu sorriso era feliz e era enorme por isso queria acordar, esse sorriso hoje sei, é ilusão, inacessível ao teu lado, se me julgas por não me fazer diferença, eu não me julgo por ser diferente de ti.
Sou alguém que não ousou olhar para além do destino que foi traçado e do que "houve em nós" que foi tão inacabado, respeito o passado e olho em frente.
Quando os nossos olhares se cruzarem de novo, quando olhares para mim, eu? Serei uma pessoa nova dentro do meu ser.
Porque enquanto relembras com saudade porque só agora deste valor, eu faço por esquecer.
Cansei-me dessas vidas amorosas, esqueci de me esquecer que sou alguém que se quer amar a si mesma.
Vou amar a vida, cansei de procurar o príncipe encantado, de procurar a pessoa certa, ela encontrar-me-á com o tempo.
Será que conheces o significado de um coração poderoso que ama sem pedir nada em troca? Amor, cansei de viver a minha vida pensando primeiro em ti.
E se hoje desse mais prioridade a quem sou? O raio bate mas não fere e a vida existe para vivê-la e aproveitá-la.
Deixei de fazer planos se o sorriso me está gravado no rosto.
Não sou o ideal? Disseste, então foge e procura em outro lugar qualquer. És a minha perda, mas também pura perda de tempo.
Olho-te ao longe sem esperar um nada. Adeus.

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