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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

26
Fev19

[Ficção] Desculpa, meu amor

Carolina Cruz

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Desculpa, meu amor.
Todas as noites mal dormidas que te dei…
Todos os pedaços imaturos da minha essência e também da minha ausência.
Não soube o que era amar até perder. O ser humano é mesmo assim, não é?
Antes de partir nunca dá valor.
E eu fui embora e deixei-te aí, ao abrigo de lágrimas, sem entender que não foi certo o que fiz, que merecias mais e melhor.
Ainda guardo uma fotografia nossa e quando olho para o teu sorriso não me consigo perdoar. Quem é que eu queria enganar? Não sei viver sem ti, mas agora vivo com esse castigo por te ter feito sofrer. É (tão) bem feito, pelo menos aprendi.
Depois de um ano espero que recordes o que de melhor ficou e que encontres noutro coração o sossego que mereces. Que sejas feliz e amada, como eu nunca te soube amar! Mas nunca duvides que o que sinto, não vou esquecer nunca mais, deixaste marca em mim para sempre.
 
 
 
 
25
Mar18

[Ficção] Por favor!

Carolina Cruz

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A música é calma, maravilhosa como o raiar dos teus cabelos loiros.
Encosta a tua cabeça no meu peito, ponho a mão na tua cintura e deixo-me levar. 
Deixa também, deixa que esta dança aconteça.
Deixa que eu te escreva todas as cartas de amor que nunca te escrevi antes e que tu tanto merecias.
Por favor, perdoa-me.
Deixa que esta dança seja a doença e não a cura, a loucura. Foi um erro usar-te para esquecê-la. 
Não mandamos em quem amamos, pois não?
Anda lá, dá-me uma segunda oportunidade para te mostrar que o que outrora sonhei nos braços dela é realmente passado. 
Por favor, deixar-me entrar nessa dança e não sair mais da tua vida, é aí que quero permanecer, acredita em mim.
Anda, dá um passo para mais perto de mim, anda minha melhor amiga! Venha quem vier, serás sempre a leveza do baile das palavras que escrevo, da música que ouço, a melodia que dançarei eternamente.
Sei que há erros imperdoáveis, mas por favor perdoa-me.
Dança comigo.
Encosta a tua cabeça no meu peito.
Somos só eu e tu. 
Agora.
Para sempre!
Por favor!

 

 

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Photo by alyssa in we heart it

23
Jan18

[Ficção] Traz o meu abraço contigo

Carolina Cruz

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Vem e traz o meu abraço contigo.
Não chores, princesa. Conta-me os teus problemas, senta-te no meu colo e deita-te sobre o meu leito. Vem que eu já estou de braços abertos. 
Lembras-te de eu te pedir para trazeres o meu abraço contigo? O meu abraço? Não é estranho dizer-te isto, não. Quero que tragas o abraço que nunca te dei com medo de te apertar o peito de dor. Hoje eu não tenho receio algum, sei que o tempo curou todas as feridas, por isso deixa-me curar-te essa que vejo pelos teus olhos que está aberta.
Anda, desliga-te do meu corpo e observa-me a alma. Esquece o passado e o que fomos, o que tivemos foi especial, mas eu errei, não soube ser bom namorado, mas isso não significa que seja mau amigo.
Vem, que este corpo que outrora te deu prazer, está arrumado nas gavetas da solidão, quer te dar um abraço, quer dar-te a mão, na condição de porto de abrigo, não de amor, mas de ombro amigo.
Vem que embora não tenhamos resultado no que toca ao amor, eu ainda acredito que não viverei bem com a minha consciência se não formos cúmplices para a vida toda.
Vem e deita-te no meu abraço.

05
Dez17

Nunca te esqueças de mim.

Carolina Cruz

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Falo para ti. Ouve-me.
Agora que o tempo sarou todas as feridas e já não existe raiva nas palavras que escrevo, digo-te em silêncio. Perdoa-me que eu perdoo-te também. 
Sei que não vou a tempo de recuperar o que eramos, o que tinhamos, o que sempre fomos, mas quero apenas que me perdoes. 
Eu perdoo-te toda a dor que direta ou indiretamente me causaste. 
Perdoo-te porque por mais tempo que passe, eu não te esqueço, porque à parte de todas as mágoas, traições ou ciúmes, eu ainda gosto de ti, eu ainda gosto tanto de ti. 
Por isso peço-te que, independentemente de tudo, nunca me esqueças também e espero que, se já não gostares de mim, ao menos que recordes com um sorriso aquilo que passámos juntos. E acredita, que eu acredito também, que o que tivemos não foi em vão e que nos deixou, apesar de tudo, uma marca para sempre. 
E para sempre, eu vou recordar-te de sorriso no rosto.
Nunca te esqueças de mim. 

16
Ago17

[Resenha Literária] Eu dou-te o sol

Carolina Cruz

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"Eu dou-te o sol" é um livro para jovens adultos, considerado o melhor do género em 2014. 
Quem o ler vai perceber porquê. 
É um livro leve, bonito e que nos deixa a refletir.
Contando a história de dois irmãos gémeos (Noah e Jude) com um elo de ligação bastante forte que se quebra após a morte da mãe, este livro leva-nos ao encontro do amor e do perdão. 
É verdade que não podemos escolher a nossafamília, mas podemos escolher como vivenciar com ela. 
Noah e Jude depois de ultrapassarem milhares de rumos e experiências diferentes vão entender que há milhares de outras coisas que ainda os liga. 
Porém, será que tudo se irá manter depois de tantas mentiras e segredos revelados? 
Leiam, vale mesmo a pena!
 
 

 

04
Mai17

[Ficção] Da minha história

Carolina Cruz

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É isso mesmo, o que o Diogo Piçarra já escreveu: “Sempre serás o fim e o início da minha história”.
És sim, sempre serás.
És o meu início porque sempre sonhei contigo. Mesmo sem te conhecer, era contigo que eu sonhava, como alguém como tu, para me viver, para me amar por completo.
Sim, também serás o meu fim, porque mesmo encobertos deste nojento orgulho perverso e autodestrutivo, sabemos que seremos sempre parte um do outro, da história pessoal de cada um, de cada coração que bate em nós.
Nunca te agradeci. Não. Fui cobarde em não ter gratidão suficiente para manter esse amor que construímos, essa mesma história que virou passado. Desculpa, em vez de me desculpar, devia agradecer-te. Eu nunca mereci cada pedaço de sonho que viveste do meu lado e agora eu vou morrer sozinho, sem ti.
Desculpa, peço-te, por não te agradecer. Mas é em vão. Neste orgulho que me invade eu nada sou sem ti. Morrerei incompleto.
Quem sabe noutra vida, renasceremos nesse amor que outrora foi nosso e nos apaixonaremos de novo, de mãos dadas e de gratidão amarrado ao peito.
Ainda assim aceito que se vieres estarei de braços abertos, sem nunca te abandonar. Errei mas nunca deixei de te amar.

 

 

22
Abr17

[Ficção] Não tenhas dúvidas

Carolina Cruz

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Desculpa-me, eu disse-te que mudava, mais estúpido fui eu que prometi que o faria. É certo que o disse e que volto com a palavra atrás, mas há factos sobre mim que vais ter de aceitar.
Contigo sempre serei coerente, sempre te respeitarei, sem pressas, com todo o amor que prometi dar-te.
Tu és a minha paz, o meu porto seguro, sem ti, eu sou sempre o que fui, não há volta a dar. Impulsivo, descontrolado talvez, amante da adrenalina e da aventura, da velocidade e da paixão que arrebata tudo. Mas estou contigo, isso não muda, nunca mudará. Prometo-te apenas isso, se algo houver entre nós, nada mais haverá entre nós que nos derrube. Faço-me entender?
Agora faz a tua escolha, sei que não mandaste no teu coração ao te apaixonares por mim, que não tiveste escolha, mas agora tens.
Serás tu capaz de me deixar apenas por isto ou o amor é essa certeza que ninguém entende?
Decide, eu estarei aqui, à tua porta, aguardando um beijo de olhos molhados. Amo-te, disso não tenhas dúvidas.
 
 

 

 
 
 

 

18
Abr17

18 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

“Pois merecemos. E termos um final feliz é aceitar que não temos mais nada a ver um com outro a não ser nas memórias. Iludi-me sim, sonhei muito alto, perdi-me no teu corpo, soube-me bem, senti prazer. No entanto, tenho maior prazer ainda em dizer que me desiludiste, o tempo muda as pessoas. Já não és o meu Manel do passado. Perdoo-te sim, ao fechar os olhos e lembrar que o que passou não passou de uma história terminada. Se eu tinha dúvidas hoje não as tenho mais. Tu adoras a sensação de me teres a teus pés, não a minha pessoa propriamente. Não nego nem duvido que me tenhas amado, mas mudaste. E não é a tua pessoa que eu quero na minha vida. Poderei cumprimentar-te, tomar café quando regressar a Portugal, somente isso. Amizade, nada mais. Perdoo-te sim e agradeço-te por teres-me ajudado a virar a página.
Sê feliz, beijinhos”

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Bloqueou o telemóvel e dirigiu-se à cozinha. John que se encontrava a escorrer a massa, recebeu um abraço. Sara abraçou-lhe as costas. Ele virou-se num repente delicioso.
- Vou dar o meu melhor. Virei a página. Agora, serás a única pessoa que eu hei-de querer ler. Vou fazer por merecer o teu amor. Por inteiro. Sei que dói, mas vamos fazer por isso?
John sorriu, olhou-a e só conseguiu beijá-la.
- I love you. – disse ele.
- Me too.
Sara voltou a Londres, aos recitais de Shakespeare, à enfermagem e nos braços de John manteve o seu sonho. Não há destino se não seguirmos os nossos sonhos, não há destino se os sonhos dos outros mudaram e só um fala de paixão, de amor, ou de futuro. Só existe destino, se ambos quiserem. Sonhos morrem e nascem todos os dias. Os verdadeiros, os nossos, permanecerão.

 

(fim.)

28
Mar17

[Ficção] Eu nunca perdoaria?

Carolina Cruz

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«Estou aqui, abre a porta.»
O meu coração batia com força. Ele estava ali à minha frente. Sem rosas ou chocolates, apenas com desculpas, com vontades, com mil perdões. Os seus olhos azuis imploravam perdão e o seu sorriso era encantador. Como podia um rapaz ter tanto de mim na sua alma?
Ele dizia ter sido um idiota, que não havia mulher que mais amasse, por mais que desse a volto ao mundo não haveria rapariga mais bonita, mais especial, que eu era perfeita para ele. As paixões que tivera não se igualaram à minha presença, à marca que deixara no seu coração, porque eu não era banal como as outras, não me deixava ir tão facilmente, era forte e não mais uma. Eu era a tal.
Pedia desculpa por só agora ter visto tudo isso, que não merecia uma segunda oportunidade, que era uma besta. As suas lágrimas corriam pelo rosto, ainda que não quisesse chorar. O seu sorriso envergonhado fez-me abraçá-lo.
É estúpido quando não estando na situação dizemos “eu nunca perdoaria”, talvez tenha dito também, mas há perdões feitos que valem a pena toda a vida, apercebi-me disso naquele dia. Tudo o que ele tinha dito, tudo o que tinha feito, naquela hora não me importava, as suas lágrimas diziam tudo, falavam sobre si, sobre nós, sobre o amor intenso que sempre houvera entre nós.
Aquele abraço durou o tempo suficiente para ambos chorarmos, para curar e colar todos os pedacinhos partidos, chorar e sorrir, beijar muito, abraçarmo-nos de novo e entrelaçámos as mãos para toda a vida.
Por vezes precisamos de abrir os olhos e ver que, num instante, podemos perder o amor da nossa vida, ele percebeu que eu era o dele, pois não houve mais ninguém na sua vida até então.
 
 

 

 

 
 

 

25
Nov16

[Cinema] Song of the sea

Carolina Cruz

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Que paz, que magia sentimos ao assistir ao filme “Song of the sea”, um filme de animação que nos fala sobre quanto a vida pode ser mágica se lutarmos a favor de quem nos ama!
Para quem é apaixonado por cinema, aconselho que assistam a esta longa metragem, o seu design é fantástico, a banda sonora é ainda mais incrível, as suas personagens são autenticamente doces. Parece que estamos a abrir um livro de um conto que nos faz viajar e sentir que se pintarmos o nosso mundo de cores felizes então ele mudará e será melhor.
Uma história onde o amor e a paz de espírito aliada ao perdão move marés de sabedoria, uma história que encanta velhos e novos!
Vejam, eu amei!

 

 

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