[Ficção] O amor (que ainda) sinto por ti
Falas baixinho com a minha alma. Fecho os olhos e és só tu que estás, que permanece no meu pensamento. Na minha imaginação, andamos de mãos dadas, percorrendo o pequeno jardim que o mundo é e onde tanta falta tu lhe fazes.
Ainda consigo ouvir a tua voz, conhecê-la, como se tivesse sido ontem que a ouvi pela última vez e tantos anos se passaram.
Eu sei que te prometi que seguiria em frente, que a morte não é, nem pode ser o fim, mas a tua, foi a minha também.
Desculpa, sei que tudo muda, que tu se transforma, como dizias, mas não sei amar mais ninguém... Nem tão pouco, em momento algum fiz esse esforço porque não me sais do coração, pior da alma, e a alma é o que somos, como posso amar outro alguém assim?
É impossível. Há dias em que olho o céu e só te queria dizer (eu sei que me ouves), que ele é imenso, mas tão pequeno, para o amor (que ainda) sinto por ti.