Anota
Se um dia quiseres casar comigo, se um dia vieres para me amar. Aprende, anota, fixa bem, senão jamais te pertencerei, jamais terás o meu amor.
Eu serei a tua mulher, aquela que te irá amar incondicionalmente, se me respeitares então terás o mundo, no teu abraço eu serei aquela que permanecerá para sempre, até olhar nos teus olhos e os verem partir, ou vice-versa. Hei-de ser aquela que tu terás orgulho, que te apoiará, que estará lá para (quase) tudo.
Quando digo quase, quero dizer-te que, se me vires como apenas a tua mulher então eu não serei nada realmente, então não merecerás o meu amor, nem tão pouco a minha compreensão.
Posso ser substituível, infelizmente todos podemos sê-lo, numa altura ou outra da vida. No entanto, se sou assim tão substituível prefiro não ser rigorosamente nada para ti.
Porque se me queres pertencer um dia, fica a saber que eu não sou mais uma que entra na tua vida, que não sou uma medalha, uma escrava tua, ou um objeto ou objetivo em que usas como capricho, eu não sou o teu apêndice, não viverei apenas para ti, ou para te seguir ou seguir as tuas ordens.
É isto que te quero escrever, porque se me quiseres realmente, de peito aberto, quero que saibas que eu também tenho defeitos e problemas, mas que não me faço de vítima, que sou uma mulher e não apenas e só do sexo feminino, tenho amor-próprio e não vais ser tu que me fazes querer matar ou morrer por alguém. Se me amares, antes disso respeita-me enquanto pessoa e então terás o que vou querer dar-te: todo o meu amor, não a minha escravidão ou prisão, mas o que sou, sem rodeios, sem receios, o melhor de mim.