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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

18
Mai19

[Resenha Literária] Vem à quinta-feira

Carolina Cruz

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Que escrita esta! Que pensamentos íntegros e de uma tamanha inteligência! Chegou-me a faltar o ar de tão bom! 
Uma poetisa contemporânea com muita garra nas palavras, que nos faz querer ler e chorar por mais! Com poemas e sentidos que me deixaram a pensar "que jogo maravilhoso de palavras"!
Este livro é uma compilação de vários poemas de Filipa Leal e aconselho vivamente aos fãs de poesia e a todos em geral!

06
Mar19

[Resenha Literária] Enquanto o tempo quiser

Carolina Cruz

“Enquanto o tempo quiser” é o primeiro livro da autora de Sara Macedo Afonso.
É um livro de poesia, com os primeiros poemas escritos pela Sara.
Esta leitura trouxe-me grandes sorrisos e fez-me recordar quando também eu escrevia poesia.
A autora aborda vários temas, muito pertinentes e muito interessantes!
Há juventude nas suas palavras, nota-se que é o princípio do seu trabalho, porém não é por essa razão que é menos importante ou menos intenso, muito pelo contrário, a poesia da Sara agarra-nos, faz-nos querer ler mais e mais, pois vivemos com a mesma intensidade que ela escreve, com força, com coragem, com a libertador de abraçar esta arte tão bonita das palavras.
Para quem gosta de poesia aconselho vivamente!

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Podem seguir a Sara Macedo Afonso através das suas redes sociais e conhecer melhor o seu trabalho:
https://www.facebook.com/pg/SarAnaMAfonso
https://www.instagram.com/sarana.m.afonso/


06
Fev19

[Ficção] Já dizia o poeta

Carolina Cruz

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Sinto que já não sei escrever, tropeço apenas na melancolia de necessitar de o fazer. Sou um velho que esconde a sabedoria num copo de água ardente, já não sou fiel à minha dor. Ai, quanto prefiro morrer!
As palavras vêm em catadupa, atropelam os meus sentidos quando já não encontro antídotos ou soluções, mas continuo a ser feito de sentimentos e amor à flor da pele.
Embora já sem vida e sem cura para este homem louco, sou como dizia o poeta: nada, de coisa nenhuma!
Para quê ficar se já não me lêem? Para quê manter os sonhos se sou um velho decadente? Já vivi tudo o que havia para viver, resta-me o tempo que não volta e a solidão.

16
Mar18

[Cinema] Butterfly dreams

Carolina Cruz

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"Butterfly dreams" é um filme baseado numa história verídica e é dedicado a todos os poetas esquecidos. 
Este filme conta a história de dois jovens que, na segunda guerra mundial, são obrigados a trabalhar nas minas. Tudo parece demasiado pesado, o trabalho ardúo, as doenças, mas é o amor que torna mais leve a vida malvada destes dois amigos.
Ao apaixonarem-se pela mesma rapariga competem entre si qual lhe escreve o melhor poema, por qual é que ela se apaixona primeiro através da poesia. 
Uma história arrebatadora, crua, dolorosa, poética misturada com sorrisos, gargalhadas e uma dose elegante de amor e amizade. 
Um hino e uma homenagem a todos aqueles que lutaram para serem poetas numa época em que a educação era apenas para ricos e a alfabetização era escassa. 
Um filme pouco falado (como os que eu gosto de ver e de vos apresentar) que nos arrebate. 
Está disponível no Netflix Portugal e acho que não deviam perder!

 

 

24
Set17

[Por aí] Alexander Search

Carolina Cruz

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Já não é novidade que sou fã da inteligência, da genialidade e competência musical de Salvador Sobral, uma pessoa com uma qualidade tamanha à qual Portugal não estava habituado, e o mais incrível é que não caminha sozinho nesta arte, traz sempre consigo (acompanham-se mutuamente) outro génio musical: o Júlio Resende, da qual também me tornei fã. 
Alexander Search, é o seu projeto mais recente e ainda não tinha falado dele convosco. 
É um projeto musical que a mim, amante de música e da literatura, me enche as medidas. E porquê?
Tudo começou com a leitura de um livro de poesia inglesa do poeta Fernando Pessoa. O leitor e criador desta banda é Júlio Resende.
A banda tem uma característica muito própria, cada membro tem um nome que é um heterónimo do poeta.
Enquanto Resende é "Alexander Search" (um pescador de Province Town), Salvador Sobral veste a pele de Benjamin Cymbra, uma personagem que é totalmente o contrário da sua personalidade, o que se torna um desafio maravilhoso, como diz o próprio.
Os outros membros da banda também foram dados heterónimos e sua caracterização: Sgt. William Byng (André Nascimento), Mr. Tagus (Joel Silva) e Marvell K. (Daniel Neto).
O disco foi lançado em maio deste ano e a estreia ao vivo foi no SuperBock Super Rock, a 13 de julho. 
É assim que eles se definem:

 

«Alexander Search é uma banda de língua inglesa que cresceu na África do Sul, mas que está radicada na Europa, mais concretamente Portugal, "paraíso à beira mar plantado" como dizia o seu maior poeta, Fernando Pessoa. A sua música mistura influências da indie-pop, música electrónica e rock. As letras foram escritas maioritariamente por Alexander Search, membro da banda que morreu tragicamente ainda jovem, mas que granjeia o respeito e admiração dos seus pares como "the greatest conquerer of the beauty of words", o maior conquistador da beleza das palavras.
Augustus Search é o compositor de serviço da banda, toca piano e sintetizadores e faz a direcção musical. Benjamin Cymbra é um cantor extraordinário e traz na sua voz a garra rock n'roll do passado e as angústias e esperanças do presente. O futuro "é a possibilidade de tudo", dizia também Pessoa.
Sgt. William Byng comanda a vertente computacional e electrónica. Marvel K. tem uma guitarrada cortante e espacial. E Mr. Tagus, ex-baterista de jazz, ainda tem na música e 'groove' de África uma das suas maiores riquezas.
Alexander Search é uma banda que gosta de ousar, impaciente, à procura, sempre à procura, da quintessência. Nunca o conseguiu. Este é o disco de mais uma tentativa falhada.»

 

Fico grata ao Júlio, sobretudo, e aos que caminham com ele, por conseguir criar cultura musical e única como esta e nos dar o prazer de poder ouvi-la e fazer parte dela.

Vamos ouvir um pouco?

 

 

10
Mai17

[Poesia] Temperamento

Carolina Cruz

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Temperamento à margem,
Falta dele, falta de mim.
Falta também a coragem,
coragem de embarcar no sonho, por fim.

Por isso, escrevo poesia,
E deixo no covil da noite,
o calor do meu dia.

As lágrimas correm,
o escuro regressa.
Será que são os meus sonhos que morrem...
Por culpa da minha pressa?

Nada sou, nada tenho.
O meu amor levou-os para longe.
Agora só faço o que faz o monge,
esqueço o engenho,
e sobrevivo do hábito.

E assim habito,
Por fim, comigo.
Só.
 

24
Jan17

[Poesia] Há uma parte de mim.

Carolina Cruz

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Há uma parte de mim que sou eu…
Há uma parte de mim que é tua…
Há uma parte de mim que não sabe que existo
Enquanto não me canso de sofrer.
Há uma parte de mim que não se cansa de viver
E que tanto quer acreditar
Quer saltar e ver mais além.
Há uma parte de mim que não vive sem ti,
Não vive, vive só, não é ninguém.
É essa parte de mim que contradiz o suor
O suor da minha voz.
Há uma parte de mim que se junta ao outro lado,
O lado da emoção,
Essa parte que é nossa,
Há uma parte de mim que se chama coração.

 

26
Set16

Será sempre assim

Carolina Cruz

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Estranhamente sinto-me a voltar ao passado, mas é só pura imaginação.
Sinto a minha cabeça pesar e os meus braços a cansarem-se.
Sinto o meu coração bater suavemente à volta de uma recordação.
Elevei-me até ao céu ao som de um refrão, num profundo silêncio.
A alma encobre-me o estado lunático da tua harmonia cintilante.
O silêncio, o silêncio da tua voz é apaixonante.
Fechei os olhos e desesperei
A ver o tempo a passar….
Numa neblina transparente…
E eu sou aquela que ousou sonhar.
Para onde vais? Estás diferente…
Estás aqui…
Sou mais forte que o mundo, mas penso em ti.
Hoje em que tudo era nada, o nada passou a tudo.
As palavras faltam-me, e as lágrimas escorrem-me em serenidade.
Não quis ouvir a verdade,
Nunca quis.
Olha-me e diz:
 Mas que culpa tenho eu? Se o inferno pousou em mim?
Soluço e vês que hoje ainda tenho o mundo a teus pés.
E sempre será assim. 

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