Bom dia, meus sorrisos!
Hoje venho apresentar-vos um texto diferente, feito a duas mãos. Hoje quem partilha comigo a escrita é o famoso e talentoso Miguel Alexandre Pereira do blog "Um mar de recordações".
Ele desafiou a minha escrita e espero estar à sua altura! Vamos lá, espero que gostem:
"Hoje era a grande noite, o calendário marcava o nosso terceiro aniversário de namoro. Esperava ansiosamente pelo grande momento! Até porque desde há uns dias para cá o Paulo estava a agir de forma misteriosa perante a proximidade desta data, prometendo-me uma surpresa inesquecível. Apesar de curiosa, fiquei admirada por ele escolher o restaurante do costume, pensei que ele me fosse levar a algum lugar especial…
Apesar de começar a ficar atrasada, ainda não estou completamente preparada para sair. Demoro algum tempo a calçar os saltos que ele tanto gosta. Na verdade, quero fazê-lo esperar propositadamente. Confesso que adoro este tipo de jogos de provocação, fazem parte de mim. Olho-me ao espelho demoradamente, um enorme sorriso nasce nos meus lábios carnudos. Escolhi usar um vestido preto que destacava o meu corpo definido e os meus cabelos loiros. Sentia que estava ao meu melhor nível!
Apenas faltava o último pormenor. Coloquei o colar que ele me tinha oferecido no primeiro aniversário. Estava pronta! Contudo, momentos antes de sair de casa, recebo uma mensagem do Paulo. Nela apenas estavam escritas umas coordenadas em GPS, acompanhadas de uma curta mensagem – Maria, estou aqui. “Bem, suponho que ele queira ir a um sítio antes do jantar”, pensei alto, sem dar grande importância ao seu conteúdo.
Rapidamente avancei para o meu Renault Clio cinza. Meti o carro a trabalhar e fui nessa direção, não iria demorar muito tempo. O local ficava apenas a cinco minutos de distância. Quando parei a viatura deparo-me com uma enorme moradia. Avanço num passo nervoso e toco à campainha daquela casa. Sem saber, tinha começado a noite mais selvagem da minha vida…"
Na grande moradia abandonada, vários quartos e divisões sem mobília estavam decorados com velas.
O primeiro quarto tinha um banquete onde várias frutas tropicais estavam envoltas de chocolate e pimenta e além da sobremesa, ele tinha encomendado sushi, que estava servido em pequenas travessas pela grande tenda montada no chão.
Tremi. Todo o meu corpo vibrou. Ainda estava sozinha, ele ainda não tinha chegado. No entanto, precisava urgentemente que ele viesse. Queria dizer-lhe que todas as nossas discussões que sempre tivemos não faziam qualquer sentido, o meu corpo necessitava dizer-lho sem que palavras fossem precisas.
Este mistério deixava-me ainda mais ansiosa. Onde estaria ele? Decidi então subir ao piso de cima quando sinto uma mão prender-me os braços e vendar-me os olhos.
A sua voz sedutora e misteriosa dizia para me deixar levar, o que fez o meu corpo explodir de desejo.
Deixei-me então levar, uma boa forma de dizer que o amava.
Levou-me até ao jardim, igualmente abandonado. Sentou-me numa cadeira. Despiu-me o vestido, deixando-me com a lingerie que tinha escolhido para a ocasião.
O meu corpo começava a ceder ao prazer.
Despiu-me por completo. Um pequeno gel doce parecia queimar-me o corpo enquanto me arrepiava por completo. Ele acompanhava-o com a boca e as mãos, que me beijavam continuamente, sob o meu corpo, sem que eu pudesse retribuir.
Embora eu sentisse que todos estes anos tivessem sido um pouco instáveis, com algumas separações e desavenças, eram estes momentos que faziam com me perdesse por completo e me deixasse rendida mesmo a todos os seus defeitos.
Quando me soltou as mãos, o desejo em mim transbordara e então eu prometera a mim mesma e a ele, em segredo, que mais ninguém, nem nós mesmos, nem nada, nos iria separar.
E o sushi e os frutos ficaram para segundo plano pois o mais profundo desta vida é saber como se ama, é sentir prazer por se amar.