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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

14
Abr17

14 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

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Ela sorriu.
Ele continuou a desabotoar-lhe a túnica, a desapertar-lhe o soutien, a beijar-lhe os seios.
Ela pregou-lhe firmemente as unhas nas suas costas e despiu-lhe a camisa.
E se alguém aparecesse? E se John telefonasse? Que iria ela dizer? De cada vez que Manuel a puxava para si, ela esquecia todas as dúvidas, todas as questões, a sua mente era um mundo à parte do seu corpo.
Fechava os olhos de cada vez que ele lhe tocava. Abrir os olhos era aperceber-se que não estava a sonhar. Então todo o passado estava ali naquele ato tão sonhado, tão imaginado.
- Era isto que tinhas guardado para mim? – disse ela numa gargalhada.
- O tempo amadureceu os nossos corpos, a saudade que eles tinham, tornou este sabor mais forte. Não é melhor que dar as mãos apenas?
Ela riu de novo. Demais. Ele deu-lhe a mão e prendeu-a para si. A sua forma de o ter para si era tão perfeita que não havia dor naquela intensidade, havia prazer inundado de beijos por todo o corpo, de uma pertença que voltava a existir catorze anos depois, dois corpos nus, uma aventura silenciosa e imprudente, duas pessoas traídas, outras duas que ao consumar o ato eram felizes, quase sem culpa, porque toda a vida haviam pertencido uma à outra, como os seus corpos pareciam encaixar-se de forma tão certa um no outro.
Mas será que o destino comemorava com eles? E o mundo lá fora?

 

(Continua...)

13
Abr17

13 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

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Sara estremeceu. Arrepiou-se, era um arrepio bom, desafiador, talvez estivesse a sonhar alto ou a pensar o que não devia. Mas, de outra forma, porque trancaria ele a porta?
- Vivi a minha vida toda à espera deste momento. – disse-lhe ele. – Há uma sede incontrolável de te conquistar de novo.
- Há qualquer coisa em nós que nunca terminou, por isso eu não sei ter outra pessoa. Dou voltas à minha cabeça, mas no meu coração estás sempre lá tu.
- Não foi isso que me pareceu. – disse Manuel.
- Olha quem fala, aquela rapariga loira atiçada! – disse Sara com desdém. - Eu não disse que não tive ou não tenho. Tive e tenho, mas nenhuma será tão especial, nem tão intensa como tu, como o que tivemos.
- O que tivemos? Mãos dadas, um simples beijo? – perguntou Manuel.
- Para mim, vale mais que o sexo mais prazeroso do mundo.
Será que as suas palavras eram verdade? Estaria ele tão mudado assim? Sara não hesitou.
- Diz-me que nunca esqueceste o que tivemos. Ou os meus catorze anos eram uma simples brincadeira para ti?
- Nunca esqueci. Nunca conseguirei pertencer a ninguém sem lembrar que entre nós ficou tanto por fazer, tanto por completar. Foi amor puro o que senti por ti. A minha pergunta foi só mais uma forma de te desafiar. Não mudaste nem um bocadinho, continuas a mesma menina com esses olhos teimosos e sedutores.
- Andei a vida inteira a querer-te nos meus braços, não posso perder-te agora. – disse-lhe ela.
E a razão pela qual ele tinha trancado a porta do gabinete não era um pensamento idiota mas um ato consumado.
Ele pegou-lhe no rosto e ao beijar-lhe delicadamente os lábios deixou acontecer o que há tanto era sonhado pelos dois.
Desceu a sua boca até ao pescoço dela e levemente começou a desabotoar-lhe a túnica que lhe cobria o corpo que ele estava ansioso por tocar, por beijar, por despertar prazer.

 

(Continua...)

18
Fev17

[Ficção] Ela mudou-o, para sempre

Carolina Cruz

 

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 (Foto do filme "Bravetown")

 

Ele era um verdadeiro galã, gostava de ser conhecido como Don Juan, de seu nome do meio – cavalheiro.
Era bonito, alto, sedutor, todas as raparigas caíam a seus pés, não era muito difícil conseguir uma em cada noite, até ao dia… em que ela apareceu. Ela que era diferente de todas as outras, na sua personalidade, no gosto e na sua inteligência.
Ele nunca a tinha tido, nem conquistado, mas ela sabia como tê-lo na mão. Ao contrário de todas as outras vezes, era ele que se deixava derreter.
Continuava a ter todas as outras a acordarem ao seu lado, mas o sabor da ausência dela mudara toda a sua vida.
Era hora de dizer para si mesmo que não queria aquela sensação, aquele viver, e que ela era a razão para assentar.
Mas como dizer-lhe? Ele sabia que as suas conversas eram cúmplices, que os seus olhares divagavam e que os lábios sorriam.
Ela gostava dele, mas achava que ele gostava de todas… como mudar isso? Não queria amar alguém que a qualquer momento a trocasse por outra ou que pudesse ver como um caso de uma noite.
Ele amava-a mas não dizia. Ela era perdida de amores por ele mas permanecia calada.
Até ao dia… em que numa discussão disseram tudo aquilo que sentiam e em vez de seguirem caminhos diferentes, entrelaçaram as complicações num abraço apertado, com mil segredos num beijo e numa noite que jamais teve fim.
Se era tão certo, porquê complicar o amor que sentiam?

 

 

31
Dez15

Amanhã é outro dia, contigo.

Carolina Cruz

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É tão bom saber que, independentemente de tudo o que possa acontecer, eu sei que acordo e me vejo num sorriso feliz, porque acordo e a minha memória logo se lembra que te pertenço, assim como a minha felicidade.
Todo o mundo vê o meu olhar brilhante, esplêndido de amor, o meu olhar também fala mais que qualquer palavra, têm o poder de seduzir-te a cada minuto e de ver além de tudo aquilo que há além de mim e de ti, procurando sempre um nós, tão certo.
O meu conforto é o teu abraço e a minha vida caminha ao teu lado, num percurso que jamais terá um fim. Então eu deito-me com um sorriso, porque amanhã é outro dia, contigo.

 

E que em 2016 todos os dias sejam os nossos dias. 
Que os vossos dias de 2016 sejam sempre recheados de cumplicidade, amor e felicidade :)

Boas entradas!!!

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