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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

18
Out18

[Ficção] No sorriso de um louco

Carolina Cruz

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Num sorriso de um louco, há sempre um amor doce.
Foi exatamente isto que pensei quando o olhei, tinha muito mais que a minha idade, com cabelo grisalho e olhos de bom sonhador. Não havia coração de velho na sua alma e por mais anos que tivesse além de mim o seu sorriso tornara-o jovem. 
Que importa a idade se o amor nos faz sempre retomar a infância e nos faz ser crianças de novo? 
Era isso que importava, mais nada. 
Os meus olhos de rapariga maior de idade apaixonou-se pelos seus, vinte anos mais velhos. 
Foi difícil amá-lo aos olhos da sociedade, mas o amor completa tudo o que a vida tende em separar.
Vivemos toda a vida assim, até a morte nos separar fisicamente, porque os que amamos nunca partem do nosso coração. Ele viveu eternamente comigo.

10
Abr18

Como o poeta...

Carolina Cruz

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O meu futuro é finito. 
Não sei para que nasci, mas sei que como o Poeta tenho em mim todos os sonhos do mundo. 
E o meu sonho, o meu sonho crepita nas palavras que escrevo.
Não sei se nasci para isto, se todos irão ler o que escrevo, se o sucesso está ao meu alcance. 
Todos sonhamos, todos queremos um pouco de atenção, mas não é por isso que escrevo, mal seria se o fizesse, morreria. 
Morreria, já que morro de amores por esta arte tão inquieta que é viver nas palavras que inteiramente me saem do corpo, que vive nas veias e traz sede às minhas entranhas. 
Não escrevo para que todos me leiam, escrevo porque o faço com o coração. 
Não sei como começou, sei que saiu da mais bonita essência de mim e o que me faz continuar é esta engrenagem de amor por isto. Eu escrevo porque amo a vida, porque quero dar-me a esse amor, transborda-lo, fazê-lo sentir, oferecer aos outros esse amor. Este amor que pela escrita tenho, este amor que me faz ser Poeta como Pessoa, embora não tenha nem metade do seu talento. Este amor que me faz escrever tudo aquilo que não sei dizer através da minha voz, este amor com que amo a vida, pois escrever ajuda-me a perdoar por todos os erros do passado que são imperdoáveis, por todas as pessoas que amei ou magoei. Escrevo por acreditar que há uma razão para tudo acontecer, e escrever é o meu destino. Podia ser uma profissão, mas nunca o será, se o fizer de coração. 
Já sou um homem de meia-idade, já ninguém quer as minhas palavras, talvez me darão valor quando morrer, quando o corpo perder a tinta e a alma apenas puder meditar sem escrever. Talvez aí seja lembrado, talvez aí eu veja na minha escrita sucesso, hoje só vejo vida, hoje nos papéis e nas histórias que escrevo só encontro um coração que bate e uma boca que sorri.

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