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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

10
Dez18

[Ficção] Num sonho meu

Carolina Cruz

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Tremo.
Sinto todo o meu corpo a tremer. 
Merda, preciso de ti, preciso tanto de ti, o meu corpo, a minha alma… És como uma droga que preciso de saciar, uma paixão em que preciso de me enamorar.
Perdoa-me meu amor, não imaginas as saudades que tenho tuas, é quase como morrer a cada dia. Preferia perder a vida, que tentar esquecer-te. Esquecer-te dói e é em vão. Os pensamentos cedem e o corpo esse é um poderoso tecido que não engana ninguém. 
Choro por dentro e por fora tudo se evapora, não quero nem existir se nunca te voltar a ter por perto. 
Quero os teus lábios nos meus, o teu corpo quente sobre o meu peito. 
Já te disse que te amo? Talvez me tenha esquecido enumeras vezes de o fazer, mas não imaginas como o arrependimento me toma. 
Quantas vezes me esqueci de dizer que eras uma quimera, que o teu sorriso brilhava em mim, como sempre foi importante a tua presença.
Pois, eu sei, agora é tarde… Mas… Ouve-me apenas, o meu corpo chora a ausência da tua pele, por isso deixa-me fechar os olhos, dar-te a mão, nem que seja um minuto, num sonho meu.

01
Dez18

[Ficção] Volta princesa

Carolina Cruz

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Foste poeira, maresia, princesa, magia. Olho-te ao longe e sob o sol, entre os raios que emergem por entre o teu rosto e o teu sorriso que fazem brilhar ainda mais a tua beleza. "Idiota", penso. Como estraguei tudo, como no passado destruí todo o nosso futuro, que é este presente, este abraço escuro e frio.
Reconheço-te até de olhos fechados e por mais anos que passem sonho todas as noites contigo. De nada serve ser marinheiro, se perdi o norte. E de que me serve ser rei se o meu trono é apenas história que passou? Somos isso mesmo, um passado em ruínas que tem a sua beleza e que agora nada é, por minha culpa.
Volta princesa, embarca comigo nesta maré, mata-me nesta saudade de ti que o tempo não leva, que o vento não mata, só o teu sorriso me quebra, vem e traz-me luz!

(fotografia da minha autoria)

27
Fev18

[Ficção] Deixar partir.

Carolina Cruz

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Consigo ver nos teus olhos, ainda a amas tanto, tanto que não consegues disfarçar.
Os olhos nunca mentem, os teus espelham admiração, lágrimas de saudade e de um velho amor que voltou.
Como achas que consigo aguentar isso? Se és tudo aquilo que sonhei, que amo acima de tudo.
Meu Deus, sinto tudo isso como farpas no coração, apetece-me desaparecer, apetece-me partir para longe.
Deixei tudo por ti, deixei a minha vida, deixei de ser quem era, em troca de um sonho que eras tu. Hoje vejo que não passou disso mesmo: um sonho que se tornou um pesadelo.
Podes pedir-me tudo, menos que fique a teu lado. Ainda tenho amor-próprio. Ainda sei que me devo respeito, que não mereço estar ao lado de alguém que pensa com o coração e que esse mesmo coração ainda ama outro alguém. Não quero ser um entrave na tua vida, prefiro morrer. Não quero estar sem me sentires, não quero ser tua namorada se não me amas.
Respeito que não mandamos em quem amamos, entendo que o passado voltou, mas não peço que compreendas esta dor que me arde no meu peito.
Fica em mim um sorriso doloroso do que acreditei que tivéssemos sido.
Obrigada por todos esses sonhos que me viveste. Por mais anos que passem, não esquecerei.
Porém, vou partir.
Deixar-te sozinho, para repensares quem és, quem amas…
Amar também é isso.
Dar tempo, partir…
Deixar partir.
12
Jan18

[Ficção] Amá-lo.

Carolina Cruz

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Nunca foi fácil amá-lo. Mas amá-lo e saber que ele me amava, independentemente de todos os erros que cometia era um desafio. Toda a minha vida levei dos outros a dor, preocupei-me sempre demais com eles, menos comigo. Nesse dia, em que me apaixonei por ele, comecei a preocupar-me comigo. Não porque achava inconsequente apaixonar-me por alguém assim, mas porque amá-lo era um desafio, pensei em mim e no que queria e por mais que eu soubesse que era difícil, tê-lo nas minhas mãos ainda que por tempo indeterminado soube-me pela eternidade.
Chamem-me louca, por ele ser alguém que todas as mulheres abominam, galã, rodado, cabrão, mas eu sei que um dia ele irá cair nos meus braços para sempre, até lá, não me importa, eu simplesmente vou tentando.
Eu sei que o brilho do seu olhar não é o mesmo, digam-me que é ilusão, podem dizer à vontade, que eu sei que não.
Amá-lo nunca foi fácil, desde o início que eu sabia que não o seria, mas precisamos de cometer loucuras, pelo menos uma vez na vida, e amá-lo é tão bom que não me inquieta se estou na minha pele ou demente, se o amor é um estado de sonho, eu não quero acordar nunca, mesmo que um dia amá-lo seja um pesadelo, quando assim for, eu saberei, quando assim for eu não morrerei, talvez sofra, mas ninguém morre de amor, apenas dói, e doer faz parte.
Não me importa o que virá, importa-me o presente, em que ele se deita ao meu lado. E eu sei que não é fácil amá-lo, mas é tão fácil fazê-lo sorrir, e é o que interessa: o lado bonito do amor, nada mais. Se o feio virá, cá estarei. Por enquanto, viverei o sonho. Se a moeda rodar, eu só sei que vou continuar.

 

Fotografia: tres metros sobre el cielo (filme)

13
Set17

[Ficção] Obrigada

Carolina Cruz

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Como eu tenho orgulho por te ter escolhido.
O meu marido, o pai dos meus filhos.
Meu bem, convosco sinto que não preciso de mais nada, basta ver-te a olhá-los.
A tua simplicidade torna tudo mais fácil.
Eu sou grata por seres assim, por veres nas pequenas coisas a tua maior felicidade.
Contigo, a nossa vida é um lugar feito de sorrisos, de brincadeiras, de um tão completo e doce amor.
Eles amam-te e eu amo-os por te amar e amo-te por eles te amarem tanto.
Obrigada por seres o pai mais feliz e mais companheiro do mundo.
Uma história ao deitar, cócegas ao acordar, milhares de mimos para nos dar.
És o que qualquer mulher sonha na sua vida.
Somos uma família que não é perfeita, mas que é bonita, por dentro e por fora.
Somos o que sempre sonhei, somos um sonho feliz.
Dizem que devemos agradecer antes que seja tarde demais, por isso…
Obrigada por lutares todos os dias por nós, por nos abraçares, por acreditares que estaremos sempre lá para ti, como tu estarás para nós.
Obrigada.

31
Mai17

Sabes a certeza

Carolina Cruz

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Cheiras a mar, sabes a certeza.
Provar-te é degustar profundamente o teu amor.
É sentir a tua pele ardente, com saber e sabor.
É como criar, esperar, sorrir, ser.
Brinco no teu leito e acalmo a minha alma em pequenos pedaços de prazer.
Sentir-me como parte do teu corpo é poder trincar o sonho e mordê-lo com provocação.
Ser-te fiel é tão certo, tão bom.
Podemos ficar nesta doçura toda a vida?
Embora te saiba seduzir. Embora saiba que o que temos não é tudo, que não é sério, eu quero-te para sempre. É por isso que eu te quero para sempre. És a perfeita metade de mim.
Se sei viver sem ti? Não sei se sei. Prefiro ficar na dúvida. Posso?
Envolve-te nos meus braços. Beija o meu peito e aquece-o por dentro, bem no fundo da minha alma.
Anda. Esqueçamos isso.
Tenho-te neste momento, é tudo o que importa. Tudo o que mais quero.

 

 

19
Mai17

[O teu olhar] Amar-te é ser feliz

Carolina Cruz

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Não sei se mereço esta nossa história de amor. Mas eu sempre sonhei com ela. Tu és um pedaço perfeito do meu sonho feito realidade. Sabes porquê?
Porque eu não preciso de mais ninguém se a tua respiração se mantiver por perto. Se é contigo que parto à aventura. Se é contigo que desabafo. Se és o acalento das minhas desordens.
És o suporte que pedi à alma que move o mundo. Não sei se é Deus ou outra força dinâmica, seja como for agradeço-lhe de coração aberto por te poder receber nos meus braços e amar-te sem medos.
O futuro é nosso, independentemente de como seja.
Ainda assim, eu agradeço ao meu presente, sou-lhe grata, porque te tenho a ti, apertando bem a minha mão. És o meu melhor amigo. A nossa amizade é um mar infinito de certezas e uma bênção. Sei que é para sempre, que serás sempre alguém que jamais partirá. Ficarás mesmo quando a maré alta baixar, mesmo quando todos os barcos do porto encalharem, mesmo que todos os marinheiros partam. Serás sempre o meu farol, a minha luz, o meu pôr-do-sol e a vontade de amanhecer todos os dias.
Obrigada é pouco, amar-te é ser feliz.

 

 

 

Fotografia da autoria de Diana Rodrigues :)

13
Abr17

13 # Existirá destino sem os sonhos?

Carolina Cruz

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Sara estremeceu. Arrepiou-se, era um arrepio bom, desafiador, talvez estivesse a sonhar alto ou a pensar o que não devia. Mas, de outra forma, porque trancaria ele a porta?
- Vivi a minha vida toda à espera deste momento. – disse-lhe ele. – Há uma sede incontrolável de te conquistar de novo.
- Há qualquer coisa em nós que nunca terminou, por isso eu não sei ter outra pessoa. Dou voltas à minha cabeça, mas no meu coração estás sempre lá tu.
- Não foi isso que me pareceu. – disse Manuel.
- Olha quem fala, aquela rapariga loira atiçada! – disse Sara com desdém. - Eu não disse que não tive ou não tenho. Tive e tenho, mas nenhuma será tão especial, nem tão intensa como tu, como o que tivemos.
- O que tivemos? Mãos dadas, um simples beijo? – perguntou Manuel.
- Para mim, vale mais que o sexo mais prazeroso do mundo.
Será que as suas palavras eram verdade? Estaria ele tão mudado assim? Sara não hesitou.
- Diz-me que nunca esqueceste o que tivemos. Ou os meus catorze anos eram uma simples brincadeira para ti?
- Nunca esqueci. Nunca conseguirei pertencer a ninguém sem lembrar que entre nós ficou tanto por fazer, tanto por completar. Foi amor puro o que senti por ti. A minha pergunta foi só mais uma forma de te desafiar. Não mudaste nem um bocadinho, continuas a mesma menina com esses olhos teimosos e sedutores.
- Andei a vida inteira a querer-te nos meus braços, não posso perder-te agora. – disse-lhe ela.
E a razão pela qual ele tinha trancado a porta do gabinete não era um pensamento idiota mas um ato consumado.
Ele pegou-lhe no rosto e ao beijar-lhe delicadamente os lábios deixou acontecer o que há tanto era sonhado pelos dois.
Desceu a sua boca até ao pescoço dela e levemente começou a desabotoar-lhe a túnica que lhe cobria o corpo que ele estava ansioso por tocar, por beijar, por despertar prazer.

 

(Continua...)

18
Mar17

[O teu olhar] Não vou desistir

Carolina Cruz

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Este é o meu percurso, o meu caminho. Não vou desistir porque sim, porque queres, ou porque o meu corpo se emaranha em cansaço. Não, não faz parte da minha pessoa. Muitos dizem que somos o que a alma nos transporta, que é a alma que nos move, junto dos nossos sonhos e eu concordo, e este… este é o meu sonho.
A minha vida é uma intensa corrida, um agarrar de sorrisos, um respirar de ar puro, sobre a serra, porque o meu coração ama tudo o que o faz bater, porque eu não vivo nem quero viver um dia sim e outro dia não, não fui feita para viver em vão.
Não, não penses, não me julgues, eu não vou parar, eu sou a força estampada no meu sorriso e na minha forma de ser. Os meus sonhos são o que sou, e eu sou livre.
Sinto a liberdade sob meus pés e o desejo de não parar faz-me sentir que a vida embora finita é uma enorme lembrança e continuidade, e se os sonhos se tornarem realidade, a tua jornada será eterna.

 

[Fotografia da autoria de Carla Santos]

 

 

 

28
Fev17

Eterna

Carolina Cruz

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Sob os olhos chovem lágrimas, que esborratam a cara e sujam a boca.
Não dá mais, não agora. Às vezes precisas de deitar tudo cá para fora, de seres tu, mais ninguém.
Desabafa contigo mesma, porque só tu sentes essa ausência que mais ninguém compreende, essa vontade de ser feliz e que não vem, essa fome de consumir todas as saudades que morrem no peito.
Chora, porque não podes ser forte a vida inteira. Não dá mais. Não agora.
Não deixes que ninguém queime o teu corpo, desejando matar o teu sonho. Tu não estás sozinha, tu és forte, mas precisas de uma pausa. Não dá mais. Não agora.
Mas amanhã, amanhã tudo volta. Amanhã volta essa sede de viver, por ti, mais ninguém.
De lutares por esse sonho que é só teu, de mais ninguém. Não ouças as vozes que, com relutância, te dizem para parar, que não consegues. Eu sei que hoje só as consegues ouvir, que hoje não consegues lutar. Não dá mais. Não agora.
No entanto, diz que as palavras que escreves são o mote para seres feliz, que é esse o teu sonho, que mesmo quando toda a gente te tenta deitar abaixo, tu levantas a cabeça após caíres e lhes dizes que as palavras que dás o mundo também são a tua forma de agradecer e dar alguém essa alma forte que tens, mas que hoje não dá mais. Não agora.
Não precisas de ser forte todos os dias da tua vida, também precisas de cair para te segurares, também precisas de perder para ganhar, de chorar para amanhã mostrares que esse teu sorriso valeu todas as lágrimas.
Não chores mais. Não agora. Levanta, voa, vive essas palavras, que são quem tu és, a simplicidade de um lugar melhor, de um coração que sangra por viver e amar demais.
Não te lamentes por ele ser tão sentimental e tem a noção que é isso que te torna especial, eterna.

 

 

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