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Gesto, Olhar e Sorriso

Palavras que têm vida.

26
Mai19

Sobre abraços

Carolina Cruz

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É sobre abraços que te quero falar. Daqueles que curam, que interpretam a alma quando as palavras não dizem nada. Aqueles abraços que matam as saudades que o tempo traz, mas a distância não afasta!
Um abraço quente, um abraço de gratidão, de amizade, um abraço que diz tudo aquilo que se lê no coração.
Se amas, abraça. 
Se perdoas, abraça. 
Se a tua alma, por qualquer razão, te dói, abraça! 
Abraça, com o coração. 
Dizem que os abraços são melhores que qualquer medicamento e eu não duvido. Quando o faço a quem amo o meu mundo sorri e o meu dia torna-se logo melhor!

30
Mai18

[Ficção] Pedi tempo e perdi...

Carolina Cruz

 

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Pedi tempo ao tempo. Perdi dias, meses, anos até, a confiar-te o meu amor, faltou-me a coragem de dizer-te o que sentia com medo de ser rejeitada. E agora? Agora é tarde demais, não há volta a dar, não há amanhã, não há dia, não há vida em ti. 
Só existe raiva em tudo o que sou. O medo foi-se contigo, o arrependimento dói demais.
Eras o meu melhor amigo e perder a tua amizade era como morrer, perder um pouco do que sou, esse mesmo pedaço da minha essência que partiu contigo. 
Eras tanto de mim, tanto para mim, e embora não soubesse tudo sobre ti, percebi que estavas apaixonado, que havia alguém a fazer bombear o teu coração. Como não percebi que era eu?
Foi preciso partires para ouvir a tua mãe dizer que eu era a menina dos teus olhos, que em ti havia muito mais que um carinho de amigo, havia em ti vontade de mais e medo, também medo. Medo de amar.
E esse amor por mim foi contigo sem se unir com o meu. 
Pergunto-me porque é que o tempo me ensinou da pior forma que não devemos perder tempo, nem dar tempo e coragem ao medo? Que devemos dizer aos outros o que sentimos porque não sabemos o amanhã?
Hoje permanece em mim a tristeza e a esperança que um dia te possa abraçar dizendo-te que nenhuma pessoa que habitou a minha vida teve nem metado do teu significado para mim.
Desculpa só dizer-te agora.
Mas, eu amo-te, amo-te tanto.

14
Mai18

[Ficção] Sou inteira!

Carolina Cruz

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O tempo. Esse maldito jogo onde nos perdemos, onde nem sempre vencemos.
Somos nós, tudo aquilo que vivemos, tudo aquilo que cobrámos à vida. Somos meias palavras, meias verdades, presentes incompletos e futuros incertos.
Somos tudo, somos nada. Somos o meio-termo e eu estou cansada. Cansada de não te viver a cem por cento, de não te poder amar na inquietude em que se deve viver um amor e eu embora não queira de todo perder-te, acho que vivo melhor sem ti.
És a felicidade e o desgosto, mas há tanta coisa em ti que me faz querer-te por perto e tanta coisa em mim também. Sabes o que permanece em mim e que te faz ficar? A baixa autoestima, o medo de não ter mais ninguém, esta falta de amor por mim própria, este tamanho amor por ti.
Queria que o tempo decidisse, queria que ele me oferecesse o melhor, porque eu já não tenho forças para dizer que não te quero mais, mesmo que te ame. 
Por isso, faço-me de forte, engulo as minhas lágrimas e respiro o tempo, olho o futuro e procuro fé no meu ser, sento-me e digo-te com um sorriso nos lábios: Não posso viver pela metade, sou inteira!

17
Fev18

[Ficção] Desculpa-me

Carolina Cruz

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Desculpa-me.
Desculpa, mas não consigo amar-te de volta.
Desculpa por, mesmo ele já não merecer, a sua pele ainda viver em mim.
Desculpa, ainda não consigo amar outro alguém que não o homem com o qual me divorciei.
Desculpa, por ver esses olhos brilharem como esmeraldas, anunciando todo o amor do mundo e eu não poder sequer tocá-lo.
No meu peito ainda não há espaço para o teu coração. Há apenas um vazio enorme por amar quem já não me ama.
Pudesse eu ouvir-te cantar todas as canções do mundo, nessa tua forma doce de me amares, e me embalar nos teus braços. Mas não posso... 
Seria cruel e cobarde demais pedir que vivesses esse amor não correspondido e que amasses pelos dois.
És o homem de sonho de qualquer mulher... pudesse o coração escolher quem ama!
Esperaria anos a fio para que colasses todos os pedaços que se partiram no meu coração, mas pedi-lo era egoísta, tens uma vida à tua frente com esses olhos a brilhar.
Não esperes por mim.
Desculpa-me.

 

 

-- fotografia do filme "Newness" --

15
Ago17

[Ficção] Tempo?

Carolina Cruz

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Dá-me tempo, serenidade. Eu sei que gostas de mim, sei que esse amor te consome ainda que não o digas. E eu preciso que digas, que concretizes esse amor. Amares-me não basta, amar-te também não. 
Dá-me tempo, eu preciso de ti, mas preciso de mim por inteiro para pensar sobre nós. 
Porque não nos podemos ter? Porque não podemos amar simplesmente, se te amo e nos amamos tão completamente? 
Não fomos feitos para estar juntos. Será isso?
Somos pedaços de um mundo desfeito onde nenhum de nós se encontra!
Quero-te, queres-me, mas isso não basta. Consome-nos. Aperta-nos o peito. 
Tu és simplicidade, eu sou confusão. 
Tu és confiança, eu sou ilusão. 
Somos tão diferentes um do outro, como a noite e o dia, o sol e lua...
Não fará isso sentido? No sentido exato de que nos encaixamos na perfeição?
Por favor esqueçamos o destino, vamos amar de coração.

06
Jul17

[Cinema] Beleza Colateral

Carolina Cruz

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Há três coisas que os seres humanos têm em comum: o amor, o tempo e a morte.
O que dirias se pudesses escrever-lhes? Sim, ao amor, ao tempo e à morte…
Como te sentirias se deles obtivesses uma resposta?
Howard entra numa depressão após acontecer algo trágico na sua vida e ao escrever a estas três realidades com uma tamanha desilusão, desistindo de todas elas e implorando à morte que lhe leve a sua vida, é confrontado por elas, sendo que estas lhe chamam à razão.
Porque embora estas três coisas que nos ligam sejam difíceis de definir, assim como é difícil viver e vencer na vida depois de nos irmos abaixo, merecemos uma segunda oportunidade, merecemos dar uma nova oportunidade àquilo que somos, mas será que Howard está disposto a isso?
“Beleza colateral” é um filme com um elenco excecional, incluindo Will Smith, Kate Winslet e Edward Norton. É um filme que demonstra que todos carregamos uma história, com desilusões e erros, mas também com alegrias e com uma tamanha beleza. Não nos podemos desligar dessa beleza colateral que existe em cada uma das nossas vidas.
Um filme bonito e realista. Um filme que todos deveriamos assistir.
 

23
Mai17

[Ficção] Oh, meu amor!

Carolina Cruz

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Oh, meu amor...
Como o tempo passou!
Já não és mais a menina ladina de tranças, mas esses olhos cor de limão ainda permanecem com o mesmo brilho!
Como o tempo passou por nós...
Erámos meninos e eu vivia no teu coração!
Hoje vives também no meu, num casamento tão bonito.
Não me esqueço nunca como eras rabugenta, como eu me ria com o teu mau feitio. A mulher ciumenta que sempre se preocupou e que, na verdade, sempre amei.
Faltam-me as palavras...
Por ti, tudo quero.
Por ti, tudo fiz, tudo farei.
Por isso morrerei de desgosto ao ver-te partir...
Oh, meu amor...
 

 

12
Mai17

[Ficção] Tu não me dás amor

Carolina Cruz

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Tu não me dás amor.
Mudaste e partiste como se o teu corpo tivesse morrido, mas quem partiu foi a tua alma.
Não dá mais amar-te. Não dá mais te querer sem me quereres a mim.
Amar não é mentir, omitir, ou esquecer todo o bem que fiz por ti, tudo aquilo que deixei de fazer por mim, para fazer para ti.
Quando todos não te entendiam e não te estendiam os braços, eu estava cá. Ainda assim foste ingrata, esqueceste o passado antes mesmo de eu o fazer. Pediste-me um tempo e não arriscaste magoar-me dizendo que era comum, que era alma do destino a nossa separação. O tanas! Tu simplesmente não quiseste tentar conquistar-me. Não mereces a minha amizade, muito menos isto, todo o amor que sinto por ti.
Magoo-me de todas as vezes que voltas a dizer-me que estás aí para mim, que vens e que ficas, mas sem ficares. Que corriges os teus erros, quando acabas por me culpar por todos eles.
É inquieta essa tua forma de ser, mas se tivesses querido, acontecia... E o nosso rumo mudava. Porém, só nos resta o tempo, esse engano onde sempre voltamos a cair.

 

 

12
Fev17

[Ficção] Basta!

Carolina Cruz

Diz-me: O que é que é mais importante? A fama ou o amor?
Perdes demasiado tempo a querer atenção de quem não te a dá e perdes a verdadeira atenção, de quem te a oferece de coração cheio, sem pedir nada em troca.
És meticuloso, mesquinho, criaste uma família para proteger o teu amor, mas tu não a proteges, apenas queres que sejamos o teu colo antes de partires.
Não consigo aguentar mais. Basta!
Se queres continuar com essa tua feia indiferença de que essa tua profissão é mais importante, tudo bem, continua, que eu não aplaudo.
Estou farta de te querer e não te ter. Estou cansada de esperar pelo tempo, pela altura em que te irás arrepender e pedir desculpa por aquilo que tu não deixaste que acontecesse.
Talvez voltarás um dia para pedires perdão mas nesse dia, serei eu a ter partido e então será tarde demais.
Se tens essa noção, trata já disso, amanhã posso não estar mais.
Se é amor que sentes, basta olhares nos nossos olhos, eles jamais mentem.
Se amas, porque complicas?

 

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06
Fev17

Com o tempo aprendes...

Carolina Cruz

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Com o tempo aprendes a dar tempo. A dar tempo ao amor, às amizades. Porque aprendes que o que é verdadeiro seja a que distância for, espacial ou temporal, nunca morre.
Amigo não é aquele que não te larga o braço ou aquele que sabe realmente tudo sobre ti atempadamente, que fala contigo todos os dias e te manda mensagens a todo o minuto. Não, nada disso.
Um amigo é aquele que te abraça mesmo de longe, que vive as tuas felicidades e te agarra nas derrotas. O verdadeiro amigo não precisa dizer que está aqui todos os dias, porque ele está, e tu sabes disso quando passa o tempo que passar e a conversa desenrola-se como se ontem tivessem estado juntos.
Um verdadeiro amigo conhece-te muito bem e gosta de toda a tua pessoa, até dos defeitos, porque foram as tuas características e as dele, que plantaram na terra todos os vossos momentos, os bons e os maus. Se não quebrou, fez parte, fortaleceu.
Um verdadeiro amigo aparece quando todos os outros partem, quando as adversidades acontecem, amigo é aquele que está lá para o que der e vier, basta ligares, basta chorares, sorrires. Não precisa de morar na tua casa, mas no teu coração.
Amigo é aquele que partilha contigo memórias e deseja criar ainda mais lembranças, porque os tempos mudam, as vontades e a maneira de ser pode mudar, mas a amizade jamais!
Não implores, nem mendigues amor, porque tudo surge, tudo se revela e tudo se mantém, para sempre, se for verdadeiro, fica, permanece.

 

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